A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

06
Set 11

Entre a “Fúria das Vinhas” de Francisco Moita Flores, “Enquanto Salazar Dormia” de Domingos Amaral, “Ilha Teresa” de Richard Zimler e “Jerusalém” de Gonçalo M. Tavares, vou ziguezagueando pelos caminhos que as narrativas dos diferentes autores percorrem. Nunca os tenho – os livros – no mesmo sítio, é como se; para cada hora ou para cada momento caseiro, sentisse desejo de interagir com esta ou aquela personagem ou com necessidade de desenrolar o novelo de uma das histórias.

 

Estes tempos, vazios de substância, precisam de ser compensados de maneira a não nos deixarmos vergar com o peso deprimente dos noticiários televisivos e parangonas dos jornais de “referência”. Todos os elementos devem entrar na dose certa para que, na altura de os calibrar – os tempos – os valores saiam mais ou menos bem.  

 

A criação pela escrita transmite o pensamento e a imaginação de quem o faz. O leitor tem toda a liberdade de se misturar ou encarnar qualquer figurante literário: A D. Antónia na luta contra a filoxera que destruía as vinhas do Douro e o seu afilhado Vespúcio na perseguição do misterioso assassino, o Jack Gil Mascarenhas à caça dos espiões nazis que surgiam como cogumelos por todo o País, a jovem Teresa que, em Nova Iorque, perdendo o Pai se sente perdida e a esquizofrénica Mina passando pela complicada vida entre o manicómio e o grande amor da sua existência.

 

Os meus dias pelas Terras do Sul são enriquecidos com afago do Sol, com as batidas da maré, às vezes com o Suão que sopra e, como cereja no cimo do bolo, o sabor do peixinho que o Chico, a cada refeição, me põe na mesa. Não se pense que não acontece o inesperado, faz parte do tempero e, neste caso, tem sabor a amizade de infância e juventude. Aquele “rizotto” do Zé Barros não é para todos, é outra música…

 

Toda esta “riqueza”é complementada pelos capítulos de leitura e escrita que me vão ajudando a respirar as coisas boas da vida. Isto, porque das más, embora avisado, não me queixo nem me lembro. 

     

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 15:24

02
Jul 10

Por esta altura, “t’asse” bem em Altura.

 

Não está terriola ao abandono, mas menos de meia-cheia de gente com o “lombo” queimado e salgado de molho marítimo.

 

A alfarroba em tarte e a amêndoa em toucinho-do-céu ou, então, a crepe com chocolate quente que já não posso.

 

O Chico de Barcar’augusta e os robalos, as enchovas, as ferreiras, as douradas, os carapaus, e as sardinhas como não sabem de “sabor” em mais lado nenhum.

 

Lá na margem do Guadiana em frente, a branquinha Ayamonte de braço dado com a Vila Real do Marquês, sucessora bem “sucedida” de Castro Marim sobressaída do sapal por enquanto bem guardado dos especuladores imobiliários.

 

A longa baía da ponta da ria até à foz, e a Manta Rota ao lado da “fábrica” e histórica e medieval Cacela Velha. Aqui, a torre resistente ao tempo e aos terramotos, e as maravilhosas ostras na esplanada do largo. Depois do Girão em Tavira, pelo caminho da Nova, vamos até à serra e à Corte onde há 19 de tempo contados em anos, a Fernanda me serviu às dez da noite, num alguidar de barro vermelho, uma açorda de galinha e eu espantado e que gosto.

 

Dos “pezinhos na areia” na verde e nas esplanadas abarrotadas de Monte Gordo, banhamo-nos de turista, na volta passamos pela “Tasca do Zé” e abancamos na esplanada do Central de Alagoa à frente, e o meu amigo Pires ausente e amarga se faz a amêndoa na mesa.

 

“T’asse” bem pelo Sul!

 

SBF

publicado por voltadoduche às 16:23

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