Neste dia, em que se comemoram os 100 anos da implantação da República, tenho olhado, de vez em quando, para a televisão e, muito no seguimento do que se tem passado nos últimos tempos, “cheira-me” muito a plástico e a chouriços enchidos com produto de qualidade duvidosa.
Para além do que da história é, por direito, de alguns documentários rigorosos, de uma ou mais séries transmitidas na RTP e dos discursos de circunstância da parte da manhã, e dos comentários e observações (a propósito e a despropósito) dos jornalistas de serviço, tudo o resto é demais.
Para um cidadão comum, como eu – republicano por nascimento e educação mas também por opção, com abertura de “espírito” e pensamento neste mundo globalizado à infinita potência – o mais importante para qualquer democracia Ocidental, não é ser república ou monarquia.
Dado por adquirido este citado pragmatismo, parece-me sempre demais e sem sentido, os infindáveis tempos de antena para pregadores de tantas virtudes da república, que, por serem em tamanha quantidade, não existem disponíveis mais folhas A4 para as transcreverem.
Por outro lado, os confessados monárquicos, ficam-se pelos bons exemplos das monarquias europeias, e daí, para a construção e explicação de bons argumentos, não conseguem sair.
SBF