A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

05
Out 10

Neste dia, em que se comemoram os 100 anos da implantação da República, tenho olhado, de vez em quando, para a televisão e, muito no seguimento do que se tem passado nos últimos tempos, “cheira-me” muito a plástico e a chouriços enchidos com produto de qualidade duvidosa.

 

Para além do que da história é, por direito, de alguns documentários rigorosos, de uma ou mais séries transmitidas na RTP e dos discursos de circunstância da parte da manhã, e dos comentários e observações (a propósito e a despropósito) dos jornalistas de serviço, tudo o resto é demais.

 

Para um cidadão comum, como eu – republicano por nascimento e educação mas também por opção, com abertura de “espírito” e pensamento neste mundo globalizado à infinita potência – o mais importante para qualquer democracia Ocidental, não é ser república ou monarquia.

 

Dado por adquirido este citado pragmatismo, parece-me sempre demais e sem sentido, os infindáveis tempos de antena para pregadores de tantas virtudes da república, que, por serem em tamanha quantidade, não existem disponíveis mais folhas A4 para as transcreverem.

 

Por outro lado, os confessados monárquicos, ficam-se pelos bons exemplos das monarquias europeias, e daí, para a construção e explicação de bons argumentos, não conseguem sair.

 

SBF

publicado por voltadoduche às 20:07

03
Out 10

Comparativamente, o regime de organização política de cariz republicano, é mais certo e justo para as sociedades modernas do que as monarquias.

 

Não quer dizer que todas as repúblicas proporcionem aos seus cidadãos melhor vida do que muitas monarquias. Há bons e maus governos em ambos os regimes.

 

Do que se trata, é a injustiça da atribuição de poder sobre os seus concidadãos, por razão do nascimento, ou seja, o chamado “príncipe” na monarquia, pelo fato de ter determinada ascendência, vai, mais tarde, ser investido (coroado Rei ou Rainha) Chefe de Estado. Enquanto o Presidente da República é investido nessa função, por sufrágio direto e universal ou por colégio parlamentar, expressando-se assim a vontade da sociedade através do voto popular.

 

Em qualquer dos casos, hoje, as monarquias ocidentais existentes são todas constitucionais, não tendo poder executivo ou legislativo. Ficam-se pela representação do Estado e pouco mais.

 

Acho que, nesta época, na Europa e duma maneira abrangente, no Ocidente, não se justificam mudanças em qualquer dos sentidos – As monarquias estão bem e as repúblicas igualmente.

 

No caso de Portugal, a propósito das comemorações dos 100 anos da implantação da República, embora haja uma razoável corrente monárquica organizada e mesmo um pretendente oficial ao trono, D. Duarte Nuno o Duque de Bragança, penso não haver dúvidas sobre a preferência republicana dos portugueses.

 

Ainda assim, considerando a forma violenta como a monarquia foi deposta, estes, deveriam ter oportunidade de dar a conhecer aos portugueses a sua versão de regime e também as suas “dores”, porque também é disso que se trata. Nestes últimos meses, os escaparates das nossas livrarias, os jornais e as televisões, têm sido invadidos por motivos republicanos sendo estes naturalmente os “bons”, anulando por completo, qualquer sinal monárquico.

 

É bom lembrar que os revolucionários republicanos de 1910 – porque culpavam a monarquia de todos os males – prometeram resolver todos os problemas existentes no País. Sabemos como andamos até hoje, passando pelos difíceis golpes e contra-golpes até 1926 com condições de vida – mesmo comparando com o resto da Europa – degradantes e a ditadura até 1974. Será que em monarquia estávamos diferentes? Melhores? Piores? Ou na mesma?

 

SBF

publicado por voltadoduche às 01:39

14
Ago 09

 

A propósito da acção de marketing, levada a cabo pelos monárquicos do blogue “31 da Armada”, com a colocação da bandeira nacional monárquica, na varanda dos Paços do Concelho em Lisboa, várias personalidades, republicanas e monárquicas, se pronunciaram por sua iniciativa ou por terem sido questionadas nesse sentido.
Claro que, D. Duarte de Bragança, seria das primeiras pessoas a comentar a aventura dos do “31 da Armada”. Evidentemente que achou interessante mas conteve-se de fazer outras considerações mais sérias, até porque a questão foi encarado com a necessária ligeireza.
O facto de D. Duarte ter dito alguma coisa, mesmo que pouca, foi o suficiente para José Saramago se ocupar do assunto na sua crónica diária no Diário de Notícias de 4ª Feira dia 12. E, como não perdoa que D. Duarte se tenha referido em tempos à sua obra, “O Evangelho sobre Jesus Cristo”, pela negativa, vai daí, atira com uma crónica inteira, dizendo de D. Duarte, o pior que se pode dizer de qualquer pessoa. Ainda por cima enganou-se, e disse que a obra criticada tinha sido “Memorial do Convento”.
Eu gosto do escritor e de alguns dos seus romances, fiquei orgulhoso com o prémio Nobel, mas, como já muitas vezes disse, exactamente por causa destas e doutras parecidas, não consigo simpatizar com o homem.  
O D. Duarte não faz mal a uma mosca, é educado com toda a gente, é bom vizinho, é popular no bom sentido, é simpático e bom conversador, mas tem as suas opiniões como todos têm, e, não é por não ter gostado do livro de Sua Excelência, “O Nobel”, que deixa de merecer respeito e consideração, e, muito menos, de ser mal tratado como o foi.
Todos sabemos que o sucesso de uma sociedade (ou um País), considerando os parâmetros ocidentais, não depende de ser república ou monarquia. A nossa Europa é disso um bom exemplo.
SBF
publicado por voltadoduche às 17:53

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