A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

30
Jun 12

Completamente desajustados os elogios à ação dos Comandos durante a Guerra Colonial…não havia necessidade.

 

As comemorações dos 50 anos do Regimento de Comandos merecem ocorrer com dignidade, não sendo preciso que Cavaco destaque no “alinhamento”, um dos períodos mais sombrios da nossa história contemporânea.

 

Os Comandos e as Forças Armadas portuguesas, duma forma geral, merecem todas as homenagens dos portugueses que, em união, conquistaram a Liberdade e a Democracia para o nosso País. É neste enquadramento que devemos engradecer a nossa retaguarda patriótica protagonizada pelos nossos Militares e não, recordando feitos coloniais ao serviço duma ditadura com o prazo de validade ultrapassado.

 

A polémica “leitura” histórica que o Presidente, mais uma vez demonstra ter, não contribui para o prestígio do Órgão que representa.

 

Silvestre Félix


09
Mar 12

Cavaco Silva, desvalorizando completamente a responsabilidade institucional das suas funções e o que se lhe exige, no que respeita à estabilidade da democracia e ao seu desejável papel de árbitro nas relações dos vários intervenientes, escreveu, em prefácio de livro hoje tornado público, palavras, frases e expressões, diabolizando o antigo Primeiro-Ministro José Sócrates duma forma descabida e extemporânea.

 

Em circunstâncias normais, Cavaco Silva ainda será o mais alto magistrado da Nação durante mais quatro anos, não lhe ficando bem referir-se aos protagonistas da governação da maneira como o faz hoje, relativamente a José Sócrates. Mesmo que a razão lhe assistisse por inteiro, que não é o caso, digo eu, não o deveria ter fazer. Muito menos quando os seus telhados de vidro são enormes e também se podem partir.

 

Estou com muita curiosidade em ouvir o que António José Seguro tem a dizer sobre esta “prenda” de Cavaco Silva a José Sócrates.

 

Silvestre Félix


22
Jan 12

Seria justo e seríamos mais felizes se nos lembrássemos só das coisas boas da vida. Mas como? A (habitual) injustiça ganharia porque a “taluda” sairia só a quem já tivesse conhecido coisas boas. Os restantes, a quem nunca calhou mais nada a não ser a “fava”, ficariam na mesma, ou seja, infelizes e de bolso vazio.

 

É um problema de justiça e de memória que, por estes dias, tem andado (a memória) mais curta que o normal.

 

De facto, muitos eleitores do atual Presidente da República mostraram-se surpreendidos e alguns até indignados (??) com os valores das pensões e outros rendimentos auferidos pelo Professor quando, há menos de um ano, durante a campanha eleitoral para as presidenciais, esta questão foi completamente escrutinada mas que, ainda assim, a maioria dos boletins de voto mereceram uma cruzinha à frente da foto de Aníbal Cavaco Silva.

 

Uma coisa é a forma atabalhoada como Cavaco tentou “lamentar-se” da eventualidade de não vir a receber os subsídios de férias e Natal do BdP. Outra é, não sendo de maneira nenhuma sua intenção, ter dito ao País que desconhece ou que se está borrifando para a situação de pobreza duma grande parte dos portugueses. Não é a primeira vez que faz afirmações que vão neste sentido e muito provavelmente não será a última. Se é o que pensa ou não, pouco importa, porque, nas funções que desempenha; «não basta ser, é preciso parecer».

 

Por isso, para quê tanto espalhafato?

 

Comem todos à mesma mesa sempre bem farta!

 

Muitos dos que agora clicam no “gosto” de mais uma fotomontagem do “Aníbal pedinte”, não voltam a votar nele porque este é o último mandato.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 19:24

29
Set 11

Não vi em direto a entrevista a Cavaco Silva e, às 11h da noite, quando dei conta da gravíssima falha, (??) fiquei preocupadíssimo! Tinha perdido (???) uma oportunidade única de assistir à “magistratura ativa” em ação.

 

Logo me recompus. Os canais de notícias tinham assunto p’ra noite e estavam todos a falar da mesma coisa: A entrevista do professor. Como é hábito, o que disse à Judite de Sousa, não atrasou nem adiantou e as opiniões dos comentadores, variam entre os que são seus apoiantes e os que não são.

 

Hoje, nos jornais e nas rádios, o assunto foi ocupando a manhã informativa e, de tudo o que fui vendo e ouvindo, incluindo alguns resumos da entrevista, destaco três coisas:

 

- Há 2 ou 3 anos, a mesma pessoa e no mesmo cargo, assustou os portugueses com o anúncio duma comunicação ao País com tal formalidade e “intenção” grave, que todos começamos a pôr a imaginação a trabalhar para tentar adivinhar que desgraça tinha acontecido.– “A montanha pariu um rato.” – Cavaco Silva, diretamente do Palácio de Belém, comunicou-nos que não concordava com uma cláusula ou duas (mera questão administrativa) do proposto “Estatuto Autonómico dos Açores”. 

 

Neste ano de 2011, descobriu-se que o Governo PSD da Madeira tinha ocultado (não orçamentada e não escriturada de propósito) durante vários anos uma elevada dívida. Este facto (grave, como tem sido classificado pela generalidade dos intervenientes) tem merecido, da parte da mesma pessoa e no mesmo cargo, quase nada! As poucas referências que tem feito ao “buraco da Madeira”, têm sido condescendentes e contraditórias com a propagandeada “magistratura ativa”.

 

- Disse que vai convocar o Conselho de Estado para ouvir os conselheiros sobre a “incidência da situação política, económica e financeira” em Portugal. Para quê? Que problemas concretos é que já alguma vez foram resolvidos neste Órgão de Soberania?

 

- O Órgão de que é titular Cavaco Silva, precisava, nesta fase da vida portuguesa, de transmitir confiança aos portugueses. Na presença de constantes contradições dos políticos executivos, no Governo ou na oposição, era, mais do nunca importante, uma postura verdadeiramente independente que, falando verdade, fizesse a diferença e em quem pudéssemos acreditar.

  

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:24

27
Ago 11

Cavaco Silva disse estar surpreendido com as propostas de criar um imposto para os mais ricos e que, em vez disso, se devia recuperar o imposto sobre heranças e doações.

 

O Presidente da República continua a estar melhor calado do que a falar.

 

Diz ele que quem herda não contribuiu para a herança. Como é que pode afirmar isto por regra e duma forma tão linear?

 

Não seria o imposto das fortunas, em si, que resolveria o problema do País mas, que o capital devia ser mais tributado, considerando o nível de sacrifício às costas do português comum, ninguém já tem dúvidas.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 20:00

16
Jul 11

O Presidente da República descobriu… que a solidariedade na União (?) Europeia, hoje, é uma treta!

 

Sensacional, o nosso mais alto Magistrado da Nação, munido de toda a clarividência do mundo, vê as coisas mais claras agora na época pós-Sócrates.

 

Vale mais tarde do que nunca!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 23:58

21
Jun 11

Há muito tempo que não assistia a uma sessão parlamentar pela TV com gosto. Tal como se previa, a questão do Presidente da Assembleia ficou resolvida rapidamente e com uma votação favorável significativa e com direito a um aplauso de todas as bancadas.

 

Assunção Esteves foi de facto uma boa escolha e merece estar onde está.

 

O PSD desembaraçou-se bem da situação confrangedora de ontem. «Há males que vêm por bem» e «para grandes males, grandes remédios», é o que se pode dizer sobre o que aconteceu hoje no Parlamento Português.

 

No Palácio da Ajuda assistimos ao outro lado do início do novo ciclo político. Tudo como previsto, declarações dos que entram e dos que saem sem reparos, discurso do Primeiro-Ministro empossado com um vocabulário diferente, contrastando bem com o gasto e repisado palavreado do Presidente da República. À medida que Cavaco Silva teimava em continuar com o arrazoado, alguns dos novos Ministros lá iam disfarçando a necessidade de abrir a boca em sinal do sono que aquelas palavras lhes sugeriam.

 

Aqueles dois ou três que no exterior se esforçavam para contestar o que lá dentro se passava, deram a nota do ridículo a que alguns continuam a prestar-se.

 

Silvestre Félix


06
Jun 11

Sempre entendi que o voto não é só um direito mas também um dever de cidadania. Ainda assim, considero a decisão de abstenção uma opção democrática e, como tal, respeitável como qualquer outra.

 

Todos sabemos que há Países onde o voto eleitoral é obrigatório e os abstencionistas estão sujeitos a multa. Em Portugal, em 1975/76, quando foi discutida e aprovada a primeira Constituição Democrática, a questão do voto ser ou não obrigatório, foi longamente debatida tendo vencido a possibilidade do eleitor se abster legitimando esta opção.

 

Mais uma vez, o Professor Cavaco Silva não esteve bem na comunicação ao País do passado Sábado, afirmando (não estou a citar) que quem não fosse votar neste Domingo, perdia legitimidade para criticar ou pronunciar-se sobre o Governo saído das eleições.

 

Não sei se é desconhecimento histórico, se é mesmo falta de cultura democrática ou ainda problemas com o português – língua. O problema da abstenção está a montante do momento de votar e, como tal, a forma como o Presidente da República pretendeu discriminar os abstencionistas foi completamente despropositada.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 23:39

23
Mai 11

«É preciso trabalhar melhor e poupar mais»

 

Esta é a frase preferida do Presidente da República nos últimos tempos. Só que, quando a diz (a frase), está a dirigir-se à generalidade dos portugueses. Foi o que aconteceu na última comunicação ao País transmitida pelas televisões e, pelos vistos, o registo continua a ser o mesmo porque hoje voltou a usar a mesma terminologia.

 

O senhor professor está equivocado. Pode dizer isto e muito mais mas tem de se dirigir aos verdadeiros culpados da situação complicada que se vive em Portugal.

 

Cavaco Silva pode e deve falar, principalmente, para os políticos com responsabilidades de (má) governação nos últimos 25 anos. Eu compreendo que seja embaraçoso porque inclui parte dos seus governos mas, alguns dos nossos maiores problemas de hoje, começaram ainda na década de oitenta e evoluíram pela de noventa.

 

É completamente “ao lado” repetir esta frase ou esta ideia falando para todos os portugueses. É entendido como nos esteja a culpar a todos e que devemos poupar aquilo que já não temos – O dinheiro.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 18:53

08
Abr 11

Eu sou daqueles que acham que o Presidente da República não está isento de culpas na atual situação do País. Por acaso até, em “dois carrinhos”.

 

Primeiro “carrinho”: Alguns dos problemas estruturais do nosso sistema, nasceram no tempo em que Cavaco Silva era Primeiro-Ministro.

 

Segundo “carrinho”: Enquanto Presidente da República, falou de coisas despropositadas e em alturas inconvenientes, deixando o essencial e bem assente nos seus poderes Constitucionais, para o Parlamento ou, pura e simplesmente, pairando qualquer coisa sobre as nossas cabeças como nuvens negras.

 

Na verdade, a partir de certa altura, com a sua inação, Cavaco Silva despejou a função de qualquer utilidade, tendo optado pela oposição frontal ao Governo, materializada naquele célebre discurso de tomada de posse.

 

A inutilidade da sua função foi mais clara com o intencional silêncio e afastamento aquando da apresentação do PEC (chamado 4). Aqui, deveria ter assumido um papel pró-ativo promovendo entendimentos que levassem à aprovação das medidas de austeridade propostas, decerto menos penalizantes do que as, que aí vêm.

 

Já corre por aí nalguns meios, que a função presidencial vai ser posta à prova nos próximos tempos. Os poderes do Presidente podem ser mexidos na próxima revisão constitucional. Menos ou mais poderes, mais ou menos presidencialismo ou mais Parlamento? De uma coisa tenho a certeza, para ter um Presidente da República como este, não é necessário ser eleito por voto secreto e universal.

 

Entretanto há muito boa gente a criar demasiadas expectativas na ação presidencial pós-eleitoral. Eu acho que, mais uma vez, vai atirar o ónus para o Parlamento e continuará a mandar “recados”.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:55

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