A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

17
Nov 10

 

Como é sabido, porque o próprio o contou, a Biblioteca Municipal instalada no Palácio Galveias, ao Campo Pequeno em Lisboa, era local habitual de aprendizagem no que respeitava a livros e, o que, da literatura portuguesa lhe podia transmitir.

 

José Saramago, pelos anos 30 do século passado, nas idades efervescentes de 16/17 anos, desviava-se para as bibliotecas. Pois o seu futuro ditado, era industrial e, para isso, queimava as pestanas (e os dedos) na Afonso Domingues em Xabregas. Mas as letras, tomavam a dianteira na sua formação intelectual e, pelos poemas de Ricardo Reis que não era, viria a passar toda a vocação de singular escrita premiada pelos cultos e odiada pelos ignorantes.

 

Continuo a surpreender-me com Pilar Del Rio, viúva de José Saramago. Contava, depois da morte do marido, com um apagamento silencioso e um regresso natural a Espanha e à sua vida profissional. Ao invés disso, comprova-se uma mulher ativa, instala-se em Portugal, Pátria de Saramago regressado, dedicando-se por inteiro ao trabalho iniciado, perpetuando e amplificando a importância da obra e do seu autor.

 

Nesta Terça-feira, foi inaugurada a “Sala José Saramago” na Biblioteca Municipal do Palácio Galveias. Padrinhos do evento, com os nomes a constarem na respetiva placa: Pilar Del Rio e António Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. A viúva do Prémio Nobel da Literatura, ainda teve o ensejo de assinar o Livro de Ouro da Biblioteca do Palácio Galveias.

 

Em protesto contra os ignorantes…..

 

Que viva a memória e a obra do Nobel Saramago!

 

SBF

(Imagem e Dicas: DN Online)

publicado por voltadoduche às 17:22

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