A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

11
Out 12

 

 

Têm ou não, os portugueses, razões de queixa da forma como os atuais partidos políticos vêm (des) governando o País?

 

Claro que sim!


Se dúvidas houvesse, basta consultar os resultados das últimas legislativas em que, entre abstenções, votos brancos e nulos, se contam praticamente metade dos eleitores. Creio que, se fosse hoje e a “jogo” estivessem os mesmos protagonistas, a participação do povo no ato eleitoral seria bem menos do quSilvestre Félixe em 2011.

 

Disse, nestes dias Mário Soares que; «A campanha sistemática antipolítica e antipartidos, a que temos assistido, tem de ser combatida a sério».

 

O Senador da República, ao contrário do que acontece a maior parte das vezes que fala, desta vez não tem razão ou, pelo menos não se expressou corretamente. A verdade é que os partidos têm “posto o corpo a jeito” para que este sentimento antipartidário varra a sociedade portuguesa duma ponta à outra. Há décadas que não têm respeito pelo País. Sistematicamente prometam nas campanhas eleitorais o que, já no poder, fazem exatamente o contrário. Criticam o poder quando estão na oposição relativamente aos mesmos pontos e medidas que defenderam quando estavam na posição inversa.

 

Reconheço que a situação é perigosa para a democracia mas não são o milhão de portugueses que saíram à rua no último dia 15 de Setembro, os culpados. Todas estas pessoas protestaram contra os desmandos da classe política. Estes maus políticos, é que têm de “ser combatidos a sério”. O que «pode prejudicar terrivelmente a democracia, é a austeridade excessiva», como disse ontem Jorge Sampaio.

 

Aos partidos, por serem, do ponto de vista orgânico, a base da democracia, não lhes é permitido tudo, nem podem ter o exclusivo da verdade governativa.  


 

publicado por voltadoduche às 17:04

28
Set 11

Há pouco ouvi, um daqueles habituais analistas que nos entram pela casa dentro, dizer, mais ou menos;«que a sociedade portuguesa já interiorizou como
normal que os partidos prometam tudo e mais alguma coisa nas campanhas eleitorais e, chegados ao poder, façam exatamente o contrário» (???).

Como é que se deita pela boca fora tamanha asneira?

 

É de facto verdade que a maioria dos dirigentes partidários mentem neste sentido (e noutros) e, por isso, deviam ser penalizados pelos portugueses. Mas dizer que se aceita a “vigarice” como normal, já é demais.

 

Os cidadãos têm direito à indignação e não à conformidade!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:35

05
Jan 11

 

Os aparelhos partidários não dormem em serviço!

 

Austeridade sim, mas se poderem livrar-se desse “sacrifício”, sem o parecer, tanto melhor. Bom, consultados os “controleiros” e ficando concluído consenso inter-partidário, era necessário avançar rapidamente para a apresentação da nova Lei do Financiamento na Assembleia da República, justificando-se pelo ajustamento às medidas gerais de austeridade propostas pelo Governo e, por isso, havia que agitar bem alto essa bandeira, de modo a que, à opinião pública, parecesse tratar-se de uma efetiva redução de 10% nos gastos dos partidos.

 

Pois bem, percebe-se agora, já depois de ter vindo a público a história das eventuais multas e coimas aplicadas aos dirigentes, que afinal foi acrescentado à nova Lei, um parágrafo ao art. 5º da Lei anterior, que passa a garantir “uma subvenção para encargos de assessoria aos deputados e outras despesas de funcionamento”. Um saco de todas as cores e onde pode ser metida muita coisa…

 

Manuel Meirinho, em artigo publicado hoje no Diário de Notícias, desmonta as intenções da aprovação desta Lei, fazendo e mostrando todas as contas, antes e depois da promulgação, concluindo que, em vez de pouparem 10%, os partidos nacionais, vão gastar ainda mais oito milhões de euros nestes três anos, do que gastariam com a Lei anterior.

 

É tudo boa gente!!??

 

SBF

publicado por voltadoduche às 14:23

18
Dez 10

Ao contrário do que ainda muita boa gente acredita, a nossa sociedade não é composta só de bons e maus!

 

Existem de fato pessoas diferentes que, na sociedade, se vão arrumando em grupos pelas suas convicções políticas ou religiosas, pelas suas origens étnicas e culturais e até, pela defesa dos seus interesses pessoais, na maior parte das vezes materiais.

 

É esta arrumação que, muitas vezes, com influência direta das lideranças, vai endurecendo e cristalizando determinada forma de estar na vida, levantando autênticas muralhas à sua volta provocando um corte radical com tudo o que não pertence ao “grupo”. Nesta altura do percurso do grupo, fica definitivamente válida, aquela velha máxima: «Quem não está connosco, está contra nós!»

 

No mundo Ocidental e também no nosso País, essa tendência de “só pensar e fazer para dentro”, está a desvanecer-se. As pessoas atuais, modernas e com uma visão futurista (no bom sentido), são pragmáticas e não vivem em função dum pensamento “blindado”.

 

No nosso caso, não conseguimos deixar de falar da classe política. Sob pena de saírem cada vez mais desacreditados aos olhos dos cidadãos, os “grupos” constituídos (partidos), têm de se modernizar rapidamente. Têm de se abrir à sociedade. Têm de se misturar com os cidadãos, utilizar a sua linguagem e perceber os seus problemas reais.

 

Já não chega, antes pelo contrário, dizer que o grupo A é que é bom e o grupo B e C não presta. O B ou o C, fazem exatamente a mesma que coisa que o A, se as circunstâncias forem as mesmas. Como agora se usa (e abusa) dizer, o paradigma tem de mudar.

 

Ah! É verdade!

 

Não existem só os BONS e os MAUS, existem também os ASSIM-ASSIM!

 

SBF

publicado por voltadoduche às 17:02

04
Nov 10

 

O financiamento oficial dos partidos é, em si, polémico.

 

Em tempo de crise e a credibilidade dos políticos em baixo, o universo da nossa política, decide, mais uma vez, mexer na legislação que regula a entrada de dinheiro nos seus cofres.

 

Nesta Quarta-Feira, na Assembleia da República, uma nova Lei foi aprovada com os votos favoráveis do PSD, PS e abstenção do CDS e de mais 9 deputados do PS. Os restantes votaram contra. Na “dissidência” no voto do PS, destacam-se António José Seguro, Strech Ribeiro e Vera Jardim que não conhecidos como não alinhados com José Sócrates.

 

A nova Lei, entre outras coisas mais ou menos discutíveis, tem uma novidade que me parece altamente perigosa e que acentua o critério da capacidade financeira de cada um, na altura da escolha de candidatos para as listas eleitorais, incluindo para Câmaras Municipais, Assembleias Municipais e Assembleias de Freguesia.

 

Até aqui, só os eleitos podiam fazer donativos oficiais aos partidos. Com a nova Lei, para fazer um donativo legal a um partido, não é necessário estar eleito, basta só que seja candidato oficial numa lista eleitoral desse partido, podendo, até, nunca vir a ser eleito. A partir de ontem, só nas autarquias, os potenciais ofertantes passam a ser mais de 40 mil candidatos.

 

Não é difícil começarmos a perceber que, “fulano de tal”, conseguiu determinado lugar na lista, porque “entrou” com um donativo para o partido, a atirar para o “gordo”. O outro, o “fulano menos de tal”, embora mais competente, e tudo leva a crer, honesto, não aparece no topo ou nem sequer lá está, porque não tem condições financeiras para avançar com um “bom” donativo, ou seja, faz toda a diferença que o donativo passe de jusante para montante, sendo o ponto de partida a elaboração da lista.

 

Passa a vigorar a lei do mercado. Tudo depende da oferta e da procura!

 

Os Deputados que votaram favoravelmente esta nova Lei, prestaram um mau serviço ao País!

 

(Foto: DN Online)

SBF


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