A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

26
Mar 13

 

Em “Rio das Flores”, a narrativa percorre o final da primeira república e a instauração do estado novo (eufemismo para regime fascista) que se seguiu à ditadura militar resultante do golpe de 28 de Maio de 1926.

 

Miguel Sousa Tavares descreve, duma maneira muito própria, a vida duma família de grandes proprietários alentejanos. Do amor incondicional à terra até à necessidade de conhecer novos mundos e outras aventuras, tudo cabe, bem distribuído, pela família Ribera Flores. Todos são diferentes e a grande linha divisória assenta na simpatia pelo regime de Salazar a ponto de um dos irmãos participar na Guerra Civil Espanhola pelo lado das tropas de Franco, enquanto o outro, pensava e praticava o antifascismo e, também por via disso, ter trocado o Alentejo pelo tropicalíssimo e acolhedor Brasil.

 

Rio das Flores” são seiscentas e tal páginas de boa literatura que aconselho vivamente. Não é dos livros mais baratos para os dias que correm mas, em vez de lhe oferecerem um telemóvel, peça um livro como prenda.

 

Miguel Sousa Tavares é sobejamente conhecido pela televisão e pelas suas brilhantes crónicas do “Expresso”. A 1ª edição desta obra aconteceu em 2007 pela “Oficina do Livro”.

 

Silvestre Félix


(Gravura: Capa da 1ª edição do Livro)

publicado por voltadoduche às 19:46

20
Out 09

No Teu Deserto
De Miguel Sousa Tavares
Como vem em subtítulo, trata-se de um “Quase Romance”. Fala de afectos e sentimentos de duas pessoas que o (quase) acaso juntou numa aventura pelo norte de África.
O autor conta uma das várias viagens que fez ao Sahara, sendo esta diferente de todas as outras. A companhia que levou no seu jipe, fez com que, vinte anos depois, decidisse, finalmente, partilhar estes quarenta dias com os seus leitores.
Esta história – “Passou-se comigo há vinte anos e muitas vezes pensei nela, sem contar a ninguém, guardando-a para mim, para nós, que a vivemos. Talvez tivesse medo de estragar a lembrança desses longínquos dias, medo de mover, para melhor expor as coisas, essa fina camada de pós onde repousa, apenas adormecida, a memória de dias felizes.”
Porque não se trata de um romance, não tem intriga, nem briga, nem bons, nem maus, só o autor, a acompanhante Cláudia, e pontualmente uma ou outra pessoa que se foram cruzando com eles, e são referidos, porque têm, duma maneira ou doutra, influência no resultado do encontro dos dois.
É uma leitura muito agradável, com muita ternura. O amor limpo e sadio, é incondicional. Não comporta cobrança ou ciúme. 
É uma edição de “Oficina do Livro” a 1ª em Julho de 2009.
Miguel Sousa Tavares, conhecido do grande público através da televisão, é, actualmente, cronista semanal no jornal Expresso e em A Bola, onde escreve sobre futebol, e na revista mensal GQ, onde publica um diário, além de comentador político na TVI.
SBF
(Gravura: Capa do Livro)

 

 

publicado por voltadoduche às 11:03

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