A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

12
Abr 12

Em tempo de discussão parlamentar dum novo tratado UE, vem à baila, mais uma vez, a questão do referendo sobre a nossa participação na União (?).

 

A opção referendária nunca vingou porque a adesão à Europa iria, dizia-se, desenvolver o País e levá-lo à convergência económica com os parceiros mais ricos. Fazermos parte do “clube”, era a garantia de sucesso da nossa democracia.

 

De facto, essa corrida no sentido convergente aconteceu até início do século XXI mas, a partir daí, estagnamos e, nos últimos dois anos, regredimos quase ao ponto de partida.

 

Entretanto, a integração europeia do ponto de vista político não avançou e, em muitos aspetos, também andou para trás. Com a crise, destaparam-se as ”guloseimas”. As hesitações no início da questão grega por parte da Alemanha que, com a França de Sarkozy, já se assumia titular do “diretório”, puseram a nu todas as intenções relativamente ao futuro dos periféricos do sul.

           

A Espanha e a Itália voltam a estar na mira dos especuladores. É necessário que Portugal e os outros parceiros do sul se assumam em aliança e enfrentem os “atacantes”.


A “Jangada de Pedra” pode sempre funcionar.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 23:03

24
Jan 12

A “Jangada de Pedra” funcionou e hoje, em Lisboa, os governos Ibéricos acertaram posições, para já, face ao próximo Conselho Europeu no sentido de se distanciarem da “tragédia grega”.

 

É muito positivo que assim seja e que, duma vez por todas, a “Península” se imponha com o peso que lhe é devido.

 

Penso que a “Jangada” navegaria melhor com governos de orientação NÃO liberal mas, faltando melhor, já basta assim!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 23:36

08
Ago 11

Hoje, é perfeitamente pacífico, mesmo entre os apoiantes do anterior Governo, que temos a nossa parte de responsabilidade na atual crise. No entanto, e considerando também o que está a acontecer nos últimos dias no resto da Europa e nos USA, não foram os portugueses que a inventaram e seria perfeitamente possível acontecer o mesmo com qualquer outro Governo diferente e doutra cor partidária.

 

É imprevisível o futuro e o tombo de hoje nas bolsas, o confirmam. No que respeita à União (?) Europeia, com este modelo e com estes dirigentes, a desintegração, a acontecer, não será surpresa.

 

Vamos valorizar o que é nosso, voltar a olhar para o Atlântico e para toda a Lusofonia, porque é aí que nos sentimos bem. Da Europa, ficamos igualmente bem com os nossos “iguais” e vizinhos espanhóis e pouco mais.

 

A “Jangada de Pedra” tem cada vez mais sentido.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 19:38

02
Dez 10

 

A possibilidade de Portugal e Espanha realizarem o campeonato do mundo de futebol em 2018, não era só importante por razões economicistas e pelo desenvolvimento do desporto em geral e do futebol em particular, mas, e para mim principalmente, para o impulso que este projeto comum podia dar a outros que tivessem na base a defesa de interesses dos dois países ibéricos, no âmbito da Europa e do resto do mundo.

 

Foi pena, mas tenho esperança que o pioneirismo de Gilberto Madail e Ángel Villar em se lançarem nesta luta, seja exemplo para que outras vertentes das duas sociedades como a desportiva, a política, a empresarial ou a social que, por sua vez, se subdividem em tantas outras áreas, capitalizem tudo o que nos une e, por conveniência de todos, utilizem de fato, os méritos da “Aliança Ibérica”.

 

SBF

publicado por voltadoduche às 16:27

01
Dez 10

 

Hoje, dia 1 de Dezembro, comemora-se a restauração da Independência de Portugal, face a Espanha, neste dia, em 1640.

 

É a data mais representativa da ligação existente, desde sempre, entre os dois Países, mas, por outro lado, do destino secular de vivermos de costas voltadas até há bem pouco tempo.

 

O dia 1º de Dezembro é hoje considerado o feriado mais importante da causa monárquica portuguesa. Em 1640, neste dia, o Duque de Bragança torna-se Rei como D. João IV e, os Bragança, manter-se-iam no trono até à implantação da República em 5 de Outubro de 1910.

 

Em Portugal existem inúmeras Associações e Clubes que adotaram a designação de 1º de Dezembro. Aqui, bem perto de mim, existem a Sociedade União 1º de Dezembro de São Pedro de Penaferrim, em Sintra e, também no mesmo Concelho, a Sociedade 1º de Dezembro em Rio de Mouro.

 

Os que, convictamente, comemoram o 1º de Dezembro, não gostarão da ideia da “Jangada de Pedra” de José Saramago mas, para o bem e para o mal, nos tempos que correm, Portugal e Espanha estão mesmo barco!

SBF

publicado por voltadoduche às 16:36

17
Jun 10

 

Pelos vistos, andamos enganados durante muito tempo:

 

“Da Europa (em vez de Espanha), nem bom vento nem bom casamento!”

 

Nos últimos dias, a Espanha tem estado a ser bombardeada pelos especuladores financeiros, provocando o agravamento da crise. Os líderes europeus, já esta Quarta-Feira, (CLICAR) choraram lágrimas de crocodilo em Bruxelas e gritaram aos “quatro-ventos”, que estão solidários com o esforço espanhol.

 

Estamos no mesmo barco, ou melhor, na mesma “JANGADA” da Espanha.

 

Com muita facilidade, “a outra Europa”, se livra deste apêndice que é a Península Ibérica.

 

SBF

publicado por voltadoduche às 01:37

01
Jun 10

 

Numa altura em que a defesa dos interesses de Portugal e Espanha, face a uma outra Europa (UE?), deve passar pela uma – cada vez mais – união de esforços, a luta pela empresa “Vivo” no Brasil, prejudica muito as boas relações Ibéricas.

 

“As dificuldades aguçam o engenho” e é isso que está a acontecer com os inúmeros encontros diplomáticos, de negócios ou simplesmente de cortesia, entre Governos de várias regiões autonómicas de Espanha e alguns municípios portugueses e o Governo português. Nestas reuniões, invariavelmente se trata de defender o desenvolvimento das regiões ibéricas (sem considerar a linha de fronteira Portugal/Espanha), junto das instituições europeias.

 

Já algumas vezes aqui tenho manifestado a minha pouca simpatia pelo homem José Saramago, pela maneira como intervém publicamente sobre variados assuntos, mas, gosto da sua escrita, e quase sempre tenho um livro dele na linha de leitura. Há dias, e a propósito do tema deste meu escrito, fui buscar à prateleira, “A Jangada de Pedra”. Estou a ler outra vez esta “forçada” união Ibérica de Saramago e, passados vinte e tal anos desde a primeira leitura, descobri-lhe um sabor diferente.

 

As condições difíceis do presente, especialmente acentuadas nos dois Países, exigem que se reforce a resistência Ibérica de modo a que os “mandantes” (a outra Europa e afins) tenham mais respeito por nós.

 

SBF

 

(Gravura: Península Ibérica - Wikipédia)


29
Abr 10

 

 

Eu acho que o projecto «União Europeia», está muito perto do fracasso.

 

Ninguém no seu perfeito juízo hoje, deixará de ter dúvidas sobre o futuro duma Europa unida.

 

Ouvi, como todos os europeus ouviram, aquele senhor escolhido para Presidente do Conselho, afirmar que estava a organizar uma reunião a nível de chefes de governo para o próximo dia 10 de Maio para resolver a crise grega. Mas o que é isto? Mais duas semanas? É uma autêntica palhaçada. Deixam um membro da “família” fritar em “lume brando”, praticamente há seis meses, e agora, que o óleo já está a ficar queimado, ainda vão esperar mais duas semanas?

 

E a Alemanha? Está à espera de quê? Que a fritura da Grécia incendeie o resto da Europa a começar pelo Sul? E que a moeda euro seja, da mesma forma, engolida pelas chamas, para depois voltarem com o “marco” cheio de força?

 

A Europa está a provar que (não) vive de indecisões porque cada um defende o seu quintal. Estas incertezas são o alimento dos especuladores. Eles são os verdadeiros vencedores, estão a comer a carne e vão roê-la até aos ossos.

 

Voltei a tirar da prateleira o livro de Saramago “A Jangada de Pedra”, para voltar a interiorizar a vocação marítima dos povos ibéricos. Como sempre aconteceu ao longo da nossa história, e como muito bem disse Cavaco Silva no dia 25 de Abril (Nunca pensei citar ou elogiar o actual Presidente), a nossa riqueza está do lado do Oceano Atlântico. O mar aberto, África, a América e principalmente a do Sul com o Brasil à cabeça, tem muito mais a ver connosco do que um checo (ainda por cima se for como o actual presidente), um polaco, um eslovaco, um dinamarquês ou mesmo um alemão.

 

É preciso recuperarmos a afinidade com os “mares”.

 

Da Europa, pouco mais podemos esperar, e, como a corda parte sempre pelo lado mais fraco, para além da Grécia, se não acordarmos a tempo, vamos ser nós, os espanhóis e todos os que estiverem mais em baixo, a levar com a pior parte.

 

SBF 

publicado por voltadoduche às 13:04

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