Melhor seria que instituições como o “Banco Alimentar Contra a Fome” passassem despercebidas ao comum do cidadão ou mesmo, não existissem.
Era sinal que não havia pobreza no País e que a palavra “fome” estava riscada do dicionário.
A realidade é outra. A pobreza alastra, a fome aumenta e o “Banco Alimentar” é a única tábua de salvação de muitos milhares de portugueses. Numa altura em que o Estado se vai divorciando cada vez mais dos problemas reais dos cidadãos, recorrer às IPSS’s pode ser a diferença entre a vida e a morte.
Este último fim de semana, a organização presidida por Isabel Jonet, apoiada em milhares de voluntários, levou a cabo uma das campanhas anuais de recolha de alimentos que superou todas as espectativas. Os portugueses, mesmo com dificuldades, colaboram no sentido de aliviarem o sofrimento de outros em pior situação.
O Banco Alimentar Português é um exemplo de organização e eficácia e não foi por acaso que Isabel Jonet foi recentemente eleita Presidente da Federação Europeia de Banco Alimentares. Esta mulher, com um EME muito grande, vai partilhar a sua experiência de Portugal com as congéneres europeias e, quando for o caso, criar de raiz outros “Bancos” como acontecerá na Grécia.
Os portugueses devem gratidão a Isabel Jonet, ao “Banco Alimentar Contra a Fome” e a todos os voluntários que tornam possível esta correia de solidariedade.
Silvestre Félix