O Instituto Camões, organismo responsável pela divulgação e ensino da língua portuguesa no estrangeiro, vai, a partir do próximo ano, cobrar propinas.
Não tenho dúvida da insensatez da medida. Numa época em que o português, como língua universal, se traduz no veículo mais eficaz para o desenvolvimento da Lusofonia a todos os níveis, os senhores que estão no poder acham que aplicar uma propina vai resolver a escassez de recursos com que o Estado se debate.
Como em tantas outras decisões, também esta vai ter o efeito “bumerangue”. O simples facto de existir a cobrança de um valor, para cursar português, vai reduzir significativamente as inscrições.
Depois, feitas as contas, há de ser o País, mais uma vez, a perder.
Silvestre Félix