Num dia 4 de Março, mas de 1394, faz agora 616 anos, nasceu no Porto um nobre português, que haveria, duma forma planeada e cientificamente desenvolvida, dar início à globalização da actualidade.
O Infante D. Henrique, quinto filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, teve o merecido cognome de “O Navegador”. Ainda novo, transferiu-se (literalmente) de armas e bagagens para o Algarve e instalou-se em Sagres. Esta localização foi escolhida por ser a mais perto do mar desconhecido a sul. Era nesta direcção que o Infante queria dirigir as suas armadas descobridoras.
Assim foi. Em 1415 conquista Ceuta a passa a controlar o estreito de Gibraltar. Em 1419/20, as suas naus, chegam à Madeira e Porto Santo. Nesta fase, a importância de D. Henrique é coroada com a sua nomeação para dirigente máximo da Ordem de Cristo, que sucedeu aos Templários. Ainda na década de vinte são descobertas as primeiras ilhas dos Açores e logo depois Gil Eanes dobra o Cabo Bojador, é descoberto o Arquipélago de Cabo Verde, e toda a costa africana abaixo do Saara, Senegal, Guiné e, até 1460, ano da morte do Infante, tínhamos chegado aonde hoje é a Serra Leoa.
Verdadeiro cientista naquele tempo, o seu trabalho foi determinante para o êxito que as futuras navegações tiveram.
É um dos grandes da nossa história.
SBF