A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

10
Fev 12

Nestes últimos dias, quase sempre pelas piores razões, as parangonas transcrevem ou reproduzem “bacoradas” bem atestadas de ignorância com proveniência germânica.

 

Mostram, os autores das falas polémicas, que têm uma “branca” total sobre história portuguesa e não fazem ideia que os laços sócio culturais e económicos entre os povos com quem convivemos por esse mundo fora ao longo de seis séculos, estão cada vez mais fortes neste tempo auspicioso para os emergentes.

 

Decerto não conhecem Fernando Pessoa e, também por isso, não podem saber nem perceber o que é ser LUSÓFUNO! Se alguma vez o tivessem lido, entenderiam como nos sentimos em “casa” quando estamos em Angola, Moçambique, Brasil ou em qualquer um dos Países do universo Lusófono.

 

Bernardo Soares, o heterónimo de Pessoa mais parecido com ele e que alguns dizem ser só um semi-heterónimo, ilustra bem e duma maneira muito simples este sentir, quando "escreve":

 

«Minha pátria é a língua portuguesa.»

 

As dúvidas e o desconforto que nos últimos tempos vamos sentindo nesta União (??) Europeia, só podem ser compensadas com o reforço dos caminhos do Atlântico.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:01

13
Ago 11

Todos sabemos, e já há muito tempo, que a definição de “serviço público de televisão”, é o que se quiser, ou melhor, é o que o Governo que estiver na “cadeira” precisa para justificar a sua política em relação à RTP.

 

Até se podia pensar que desta vez ia ser diferente mas, conhecendo-se a liderança do tal “Grupo” que vai criar a “definição do SPT” ou vai “definir o conceito de serviço público”, está tudo dito.

 

A propósito de indefinição de “serviço público de televisão”, que tem a ver com a completa falta de sensibilidade dos nossos Órgãos de Poder para a importância que a cultura tem para a afirmação de Portugal no mundo, diz Inês Pedrosa em entrevista ao DN – «lamenta que não exista atenção por parte dos primeiros-ministros para a área da cultura Diz ainda a Diretora da Casa Fernando Pessoa que «é inaceitável que o poeta português seja mais conhecido no Brasil, onde até é recitado por taxitas, do que no seu próprio país

 

A ausência na orgânica deste Governo dum Ministério da Cultura é sinal bastante significativo do que vale o nosso “código genético” para os mandantes deste tempo.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:52

07
Dez 10

 

Magnificat

 

Quando é que passará esta noite interna, o universo,

E eu, a minha alma, terei o meu dia?

Quando é que despertarei de estar acordado?

Não sei. O sol brilha alto,

Impossível de fitar.

As estrelas pestanejam frio,

Impossível de contar.

O coração pulsa alheio,

Impossível de escutar.

Quando é que passará este drama sem teatro,

Ou este teatro sem drama,

E recolherei a casa?

Onde? Como? Quando?

Gato que me fitas com olhos de vida, que tens lá no fundo?

É esse! É esse!

Esse mandará como Jusoé para o sol e eu acordarei;

E então será dia.

Sorri, dormindo, minha alma!

Sorri, minha alma, será dia!

 

Álvaro de Campos

De: Fernando Pessoa

 

SBF

publicado por voltadoduche às 01:12

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