A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

27
Dez 11

A recessão que vivemos no País, resultado da crise global e da inconsequência das políticas adotadas por quem nos tem governado nas últimas décadas, faz com que, durante 2011, cerca de 100 mil portugueses tenham sido obrigados a emigrar porque, por cá, o que lhes restava era o desemprego.

 

Pelos discursos economicistas que a toda a hora ouvimos, incluindo a mensagem de Natal do Primeiro-ministro confrangedoramente vazia de conteúdo, não se auguram melhoras para os próximos tempos. Aliás, fazem questão de nos transmitir isso e só isso. São medidas de austeridade umas a seguir às outras sem intervalo nem “compaixão”. Antes do final do ano deve ser conhecida mais uma “bateria” de decisões recessivas para que acabemos o ano bem deprimidos. É pois certo que, durante 2012, o recurso à emigração se vá acentuar e fiquemos, mais uma vez, desfalcados de uma boa parte dos portugueses mais bem qualificados. 

 

Daqui a um ano já saberemos se os sacrifícios serviram para alguma coisa. O pior é que, mesmo resultando nalguma coisa, pelo caminho vão ficar os destroços do terramoto que nos caiu em cima.

 

Entretanto, os Ministros, Secretários do Estado e os outros altos dignitários do Estado, continuam a transportar-se em viaturas topo de (alta) gama. Em 6 meses, havendo vontade e “vergonha na cara”, já seria tempo suficiente para renegociarem (todos ou alguns) os contratos de aluguer, no sentido de se conduzirem em carros condizentes com a austeridade que, eles próprios impõem aos outros portugueses. 

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:57

31
Out 11

Os nossos governantes são os melhores especialistas no botar inconvenientes discursos fora do País.

 

Em vez de criar condições de emprego e alguma esperança no futuro em Portugal, o Governo, pela voz do Secretário de Estado da Juventude e Desportos num seminário realizado em São Paulo, defendeu a opção da emigração dos jovens portugueses.

 

Tratando-se de um membro do Governo, não nos restam dúvidas em acreditar que os objetivos do poder instalado para amenizar as estatísticas do desemprego passam pela emigração dos nossos jovens.

 

Com governantes deste “calibre”, o destino traçado está! Novos portugueses nos quatro cantos do Mundo!

 

Que venham os poetas e escrevam – “sem armas e sem assinalarem os barões” – sobre os emigrantes do século XXI para que dos “fracos reze a história.”

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 14:07

14
Fev 11

  

 

“Livro” de  

José Luís Peixoto

 

Este livro aborda, duma maneira imaginativa e singular, a temática da emigração portuguesa para a Europa democrática por toda a década de 60, entrando nos 70 e até ao 25 de Abril de 1974. Neste caso, o destino emigrante da história é França.

 

A Vila alentejana é, mais uma vez, o local escolhido por JLP para iniciar e acabar, a aventura das personagens da sua obra.

 

A sociedade introvertida e preconceituosa daqueles meados do século XX, levava a que os mais audazes tentassem a sua sorte por terras de França. As razões, havia-as muitas – desde a simples procura de uma vida melhor, do namoro de Adelaide não desejado pela velha Tia Lubélia, passando pela fuga à ida certa para a Guerra Colonial do Cosme e pela paixão desmedida e quase desmiolada de Ilídio.

 

Os episódios dos “saltos”, principalmente na fronteira Portugal/Espanha, avalizam bem os riscos que todos corriam mas, ainda assim, preferíveis, ao Portugal salazarento de então.

 

Vou continuar a acompanhar a obra de José Luís Peixoto porque me dá gosto!

 

A edição é da “Quetzal” e a primeira em Setembro de 2010.

 

Silvestre Félix

 

(Imagem: Capa do livro do site da Quetzal)

 

publicado por voltadoduche às 19:13

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