A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

22
Mar 11

Mário Soares, na habitual crónica de Terça-feira no Diário de Notícias, apela a Cavaco Silva para que quebre a sua barreira de silêncio e intervenha junto dos partidos afim de evitar a queda do Governo e consequentemente, a paragem do País durante dois ou três meses até que se realizem eleições.

 

Cavaco Silva não vai ligar nenhuma a Mário Soares e, nem que fosse o Papa a pedir-lhe, faria alguma coisa para travar ou inverter o caminho que as coisas estão a levar. Quem faz um discurso como o da tomada de posse não pode estar mais de acordo com a queda do Governo. Aliás, a clareza com que expressou a sua oposição (excessiva) à ação governativa, despoletou o arranque decisivo para o fim de Sócrates como Primeiro-Ministro.

 

Esta permanente incerteza em que temos vivido no último ano, sobre se o Governo cai ou não, é desgastante, sendo preferível acabar com isto duma vez. O que me angustia é que o resultado das eleições, muito provavelmente, não vai resolver o problema da qualidade da maioria, e a questão é – absoluta ou relativa – seja lá qual for, dos dois, o mais votado. Os portugueses estão cansados dos nossos políticos, dos partidos e de tudo o que cheire a política. Sentem-se enganados e têm razões de sobra para isso. Nos últimos tempos, os políticos têm sido inimigos de si próprios porque criaram todas as condições para que as populações desconfiem de todas as instituições do nosso Estado democrático.

 

Independentemente de todos os problemas económicos e financeiros, é urgente restaurarmos a confiança dos portugueses nas instituições democráticas. Saltitam por aí muitos adeptos de “manhãs de nevoeiro” com um D. Sebastião montado num cavalo branco para salvar a “Pátria”. Há adeptos e há candidatos, por isso, é imperioso devolver credibilidade à nossa democracia.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:58

21
Mar 11

Não há pachorra para continuar a ouvir as declarações dos nossos políticos, dos comentadores e até dos simples pivôs ou leitores de notícias que os inteligentes escrevem.

 

É eleições não é? Então vá de andar com isso rapidamente e sem olhar para trás!

 

Pode muito bem acontecer que os resultados, em vez de resolverem, ainda compliquem mais as coisas. Toda a gente percebe porque é que o PSD quer ir sozinho às urnas. Olham para o seu umbigo e têm esperança de alcançar uma maioria absoluta para fazer com o CDS o que muito bem entenderem. Defeitos em ter mais de metade dos deputados, só existem quando se está na oposição. Muita gente acha que uma coligação pré-eleitoral PSD/CDS criaria uma dinâmica vencedora irresistível ao eleitorado indeciso mas, para isso, Passos Coelho tinha de partilhar o palco com Paulo Portas e, pelo que já se viu, não é lá muito do seu feitio.

 

Pois bem, o que pode vir a acontecer?

 

O PSD conseguir um número de deputados que, juntamente com os do CDS, não cheguem para a maioria absoluta. Se for assim, não têm outra saída se não irem bater à porta do PS e fazerem figas para que este (PS) se tenha esquecido da forma como antes foi tratado. O mais provável é que, uma vez na oposição, o PS faça exatamente o que os outros agora fazem.

 

Ou seja, depois das eleições, do ponto de vista político, podemos estar na mesma ou ainda pior.

 

Às vezes sonho com o aparecimento de um novo partido com pessoas credíveis e que conseguisse renovar alguma confiança na política por parte dos portugueses. Um novo contrapeso que fizesse funcionar o fiel da balança e que retirasse aos velhos partidos do arco do poder aquela certeza de que, se não ganharem agora, ganham para a próxima.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:27

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