A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

19
Set 09

Há dezanove anos atrás, por altura dos “acordos de Bicesse” (paz em Angola assinada pelo MPLA e UNITA), já se proclamavam elogios a Durão Barroso, principal promotor e organizador do processo e Secretário de Estado dos Assuntos Externos e Cooperação do Governo de Cavaco Silva. 
O homem já tinha tido outras funções governativas, e, para trás, até já tinha sido militante activíssimo do MRPP.
Este lugar, o protagonismo nos “acordos do Bicesse” e algumas intervenções em palcos internacionais a favor da retirada da Indonésia de Timor Leste, atiraram-no de tal forma para a ribalta, que passou a ser a estrela do Governo e, no seguinte, foi promovido a Ministro dos Negócios Estrangeiros.
O resto do percurso é bem mais recente, toda a gente se lembra da “cimeira da vergonha” nos Açores, grande pedra no sapato de Durão Barroso, e da forma como abandona a chefia do Governo português partindo rapidamente para Bruxelas em 2004. Já naqueles idos anos de 1990, eu tinha um colega de trabalho, fanático pelo PSD, que, constantemente me lembrava que “o Durão ainda havia de ir longe”. Bom, Bruxelas não é assim tão perto, mas, esse meu colega tinha razão, o homem tem mérito, porque senão, nem tinha ido em 2004, quanto mais um segundo mandato em Presidente da Comissão Europeia.
Como se percebe, não tenho particular simpatia, nem pela pessoa, nem pelo que politicamente representa, mas, contra factos não há argumentos e, tratando-se de um português, fico satisfeito e orgulhoso, de ver reconhecida a sua competência para mais um mandato à frente dos 27 da União Europeia.
SBF
(Foto: Wikipédia)
publicado por voltadoduche às 01:29

12
Jun 09

 

Aquela cimeira nos Açores, há pouco mais de 6 anos, com o Bush, Aznar e Blair, em jeito de introdução à invasão do Iraque, está-lhe colada à pele e não descola tão depressa, por muito que ele se esforce.
Mesmo para mim, Durão Barroso teria um futuro brilhante, não fosse aquela gafe do tamanho duma guerra que tem custado a vida de centenas de milhares de vítimas, e a destruição dum País, que, não sendo perfeito, era bem menos perigoso para a humanidade, do que se veio a provar ser, o pistoleiro do outro lado do Atlântico.
Bom, em todo o caso, e tendo-lhe sido oferecida numa bandeja, pela maior parte dos dirigentes da Europa, aquilo a que se chama Comissão Europeia, mesmo com aquela coisa da cimeira agarrada à pele, não deixa de ser uma forma de Portugal estar sempre na crista da onda. Mesmo em muitos dos 27 países da EU, haveria cidadãos que teriam alguma dificuldade em perceber onde estava, e o que era o nosso país, se o Durão Barroso não fosse o Presidente da Comissão. É certo que o mesmo serve para outras estrelas nacionais, como o Cristiano Ronaldo ou o Mourinho.
Concluindo. Mesmo com as reservas que me merece este cidadão português, acho que é positivo para Portugal que ele continue a ser o Presidente da Comissão Europeia.
SBF
(Foto: Edifício Berlaymont em Bruxelas - Wikipédia)
publicado por voltadoduche às 01:00

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