A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

04
Mai 12

 

O terramoto de 1 de Novembro de 1755 destruiu parte considerável do País e, principalmente, Lisboa. A cidade capital do Império foi arrasada três vezes por outros tantos elementos diferentes; A terra que tremeu e a deitou ao chão, o mar e o rio que a inundou e, que no “reverso”, até os destroços lhe roubou, e o fogo que o resto ardeu e os moribundos asfixiou.

 

O romance que é histórico, “Quando Lisboa Tremeu” de Domingos Amaral, transporta o leitor para o meio da tragédia que se abateu sobre a cidade e seus habitantes. Tudo foi destruído incluindo a maior parte dos testemunhos históricos de Portugal.

 

O autor “extrai” algumas personagens que se cruzam naqueles dias a seguir ao terramoto e descreve-nos, duma forma clara, o fanatismo religioso protagonizada pelo repelente padre Malagrida e pela odiada inquisição. Por outro lado e em oposição a um poder real detido pela igreja, dá-nos uma versão, nem sempre positiva, do homem Sebastião José de Carvalho e Melo mas que, no seu papel de ministro e líder numa altura tão dramática, fez sobressair as suas qualidades de Estadista e merecedor dos títulos que o Rei lhe ofereceu. Não tenhamos dúvida que o Marquês de Pombal foi o grande obreiro da recuperação, reorganização e reconstrução de Lisboa.


Domingos Freitas do Amaral nasceu em 1967 na cidade de Lisboa, é escritor, jornalista e diretor da revista GQ.

 

Adquiri a edição de bolso da BISLEYA de Março de 2012 muito acessível à carteira.

 

(Gravura: Capa do livro do site da editora)

 

Silvestre Félix

 

 

 

 

 


11
Out 11

“Enquanto Salazar Dormia…” não se fez muita coisa que ele não soubesse. O ditador tinha, por sua conta, muitos olhos e ouvidos que não deixavam que se passasse nada sem que ele viesse a saber – obra de Domingos Amaral, publicado a primeira vez em 2006, retrata bem o que era Portugal e, muito particularmente, Lisboa, durante a Segunda Guerra Mundial. À Capital portuguesa chegam refugiados aos milhares. A cidade transforma-se, dum momento para o outro, no porto seguro de Judeus, homens de dinheiro, atores e atrizes e, especialmente, os espiões mais valiosos dos países beligerantes. De todos, a maioria passava por Lisboa que servia de ponto de trânsito para viagens mais longas, quase sempre para o outro lado do Atlântico. Os espiões vieram e ficaram. O livro de Domingos Amaral trata exatamente destes, dos espiões.

 

Salazar, para garantir que se sairia bem, independentemente de quem ganhasse a guerra, tolerou estes ativos, mas, a dada altura pôs, descaradamente, a PVDE a trabalhar para os serviços secretos alemães. Mesmo assim, quando confrontado com os protestos ingleses, teve sempre que ceder.

 

A narrativa é entusiasmante e muito bem entrançada entre os interesses da espionagem e dos amores e desamores do herói da história que, 50 anos depois e já muito velho regressa a Lisboa para assistir ao casamento do neto, ouvinte predileto das suas aventuras.

 

Domingos Freitas do Amaral nasceu em 1967 na cidade de Lisboa, é escritor, jornalista e diretor da revista GQ.

 

“Enquanto Salazar Dormia…” foi publicado pela “Casa das Letras” em 2006 e em 1ª edição da BIS (bolso) em Julho de 2010.

 

Silvestre Félix

 

(Gravura: Capa do Livro do site do autor)

publicado por voltadoduche às 16:40

Novembro 2015
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
13
14

15
16
17
18
19
20
21

22
23
24
26
27
28

29


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO