A propósito da acção de marketing, levada a cabo pelos monárquicos do blogue “31 da Armada”, com a colocação da bandeira nacional monárquica, na varanda dos Paços do Concelho em Lisboa, várias personalidades, republicanas e monárquicas, se pronunciaram por sua iniciativa ou por terem sido questionadas nesse sentido.
Claro que, D. Duarte de Bragança, seria das primeiras pessoas a comentar a aventura dos do “31 da Armada”. Evidentemente que achou interessante mas conteve-se de fazer outras considerações mais sérias, até porque a questão foi encarado com a necessária ligeireza.
O facto de D. Duarte ter dito alguma coisa, mesmo que pouca, foi o suficiente para José Saramago se ocupar do assunto na sua crónica diária no Diário de Notícias de 4ª Feira dia 12. E, como não perdoa que D. Duarte se tenha referido em tempos à sua obra, “O Evangelho sobre Jesus Cristo”, pela negativa, vai daí, atira com uma crónica inteira, dizendo de D. Duarte, o pior que se pode dizer de qualquer pessoa. Ainda por cima enganou-se, e disse que a obra criticada tinha sido “Memorial do Convento”.
Eu gosto do escritor e de alguns dos seus romances, fiquei orgulhoso com o prémio Nobel, mas, como já muitas vezes disse, exactamente por causa destas e doutras parecidas, não consigo simpatizar com o homem.
O D. Duarte não faz mal a uma mosca, é educado com toda a gente, é bom vizinho, é popular no bom sentido, é simpático e bom conversador, mas tem as suas opiniões como todos têm, e, não é por não ter gostado do livro de Sua Excelência, “O Nobel”, que deixa de merecer respeito e consideração, e, muito menos, de ser mal tratado como o foi.
Todos sabemos que o sucesso de uma sociedade (ou um País), considerando os parâmetros ocidentais, não depende de ser república ou monarquia. A nossa Europa é disso um bom exemplo.
SBF