A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

26
Out 10

“…D. João Peculiar começou a preparar o sermão decisivo. Consciente do que os esperava a todos, achou que devia aos guerreiros, aos portugueses, aos cristãos de Lisboa, aos inimigos muçulmanos, ao mundo e talvez ao próprio Deus, uma explicação prévia. …continua a ecoar o sermão do arcebispo de Braga… “ (1)

 

Foram 10 dias de combate intenso e, “…quando a Porta do Mar se abriu, a 25 de Outubro, o arcebispo de Braga, D. João Peculiar, entrou à frente, com a bandeira da Cruz de Cristo. Seguiram-no o bispo do Porto, com o rei e Sahério de Archelles. Mas já centenas de soldados se tinham introduzido na cidade pela brecha da muralha….” (1)

 

Neste dia 25 de Outubro de 1147, depois de uma longa batalha, em que se envolveram, a pedido do nosso Rei, cruzados de passagem pela costa portuguesa em 164 barcos a caminho da Terra Santa e originários da Flandres, Inglaterra, Normandia e Alemanha (também designados colonienses de Colónia), D. Afonso Henriques, consegue finalmente conquistar al-Ushbuna (nome árabe da cidade) aos Mouros.

 

O preço, em vidas humanas, foi muito alto. Os mortos e estropiados de um lado e do outro foram muitos. No final, os Mouros foram derrotados e a cidade passou a fazer parte de Portugal cristão. O herói mais conhecido da batalha de Lisboa é Martim Moniz. Diz a lenda que Martim ter-se-á deixado entalar numa das portas da cidade, deixando-a aberta com seu corpo e, permitindo assim, que as forças portuguesas entrassem muralhas a dentro.

 

D. Afonso Henriques toma posse oficial da cidade a 1 de Novembro seguinte e, em 1179, é dado foral a Lisboa, ao mesmo tempo que vai retomando o dinamismo que já tivera quando era al-Ushbuna. O rio Tejo e o seu porto seguro, iria transformar-se num importante entreposto comercial a meio caminho da rota Mediterrâneo – norte da Europa. Pela sua posição estratégica, foi promovida a capital do reino em 1255 e assim se manteve até ao final da monarquia, e depois, da mesma forma, continuou capital da república.

 

A circunstância leva a que, tudo de bom e de mau que tenha acontecido em Portugal, por Lisboa tenha passado. Foram as epidemias cíclicas que dizimaram milhares de lisboetas ao longo dos séculos. Os terramotos, que foram muitos e grandes, embora só nos lembremos do de 1755 por ser o mais recente e um dos mais devastadores. O domínio de Castela durante 60 anos (1580-1640), a presença das tropas napoleónicas na época das invasões francesas (1807-1813), mas também a glória da época dos descobrimentos. Foi, conforme reza a história, a fase mais rica e esplendorosa da capital do reino.

 

Hoje, Lisboa é uma grande metrópole da Europa. Cidade moderna que não fica atrás da grande maioria das grandes cidades do mundo. Com os seus problemas, como o todo do País, mas, tem tudo para nos orgulharmos da nossa capital.

 

(Fotos: Wikipédia e Net – (1) Trechos do livro de Paulo Moura “1147–Tesouro de Lisboa” da Esfera dos Livros)

 

SBF

publicado por voltadoduche às 02:12

26
Jun 09

 

Em 24 de Junho de 1128, já lá vão 882 anos, estiveram dos lados opostos da batalha, chamada de S. Mamede (em Guimarães), O Príncipe D. Afonso, futuro Rei D. Afonso Henriques, e sua Mãe D. Teresa e seu Padrasto, conde Galego, Fernão Peres de trava.
D. Afonso Henriques saiu vencedor e, segundo as versões mais antigas, encarcerou a Mãe, D. Teresa, a ferros, num castelo do Minho que alguns diziam ter sido Póvoa do Lanhoso. Existem entretanto outras opiniões mais recentes, que dão conta, da expulsão do Condado portucalense para a Galiza, do Conde Fernão Peres de Trava e de D. Teresa, que recolheria a um convento.
A data da batalha, tudo indica que tenha sido mesmo a 24 de Junho, quanto ao local exacto e à forma como a batalha decorreu, e o que foi feito dos vencidos, aí é que, ao longo do tempo, foram aparecendo várias versões.
O essencial é que, com a vitória em S. Mamede e o consequente reconhecimento de D. Afonso Henriques, por parte dos barões portucalenses, como chefe incontestado do Condado portucalense, ficam criadas as condições para a ascenção à independência e, duma vez por todas, o Condado deixar de fazer parte do reino de Leão e Castela.
O tempo que se seguiu consolidou, primeiro; a libertação da hegemonia Galega, e mais tarde, com mais calma e muita sabedoria de D. Afonso Henriques e seus aliados, a independência total e definitiva em relação a Leão e Castela, e o reconhecimento de D. Afonso Henriques como primeiro Rei de Portugal, na conferência de Zamora no Reino de Leão, a 4 e 5 de Outubro de 1143.
A generalidade dos historiadores considera, que o resultado da batalha de S. Mamede, foi o início do caminho que levaria à autonomia do Condado e posteriori construção do Reino de Portugal.
Este dia 24 de Junho é o feriado Municipal de Guimarães e, especialmente este ano, que se comemora os 900 anos do nascimento de D. Afonso Henriques, os festejos são de arromba.   
SBF
(Dicas: Alexandre Herculano – História de Portugal, Diogo Freitas do Amaral – D. Afonso Henriques)
(Foto: Wikipédia)
publicado por voltadoduche às 01:10

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