A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

30
Ago 12

Para quem ainda não deu por isso, Angola, parceiro ativo da CPLP e o segundo maior País da comunidade lusófona, fica em África. E, se ainda assim, admitindo alguma descoordenação geográfica, ou com diploma daqueles do “vou ali licenciar-me e já venho”, não estiverem a ver onde fica África, vão ao Google que logo a descobrem.

 

Há portugueses que falam de Angola, das eleições e da campanha eleitoral, como se estivessem a referir-se a um País europeu, mas dos certinhos, porque, a este respeito e comparando com alguns, Angola é um paraíso.

 

Há outros portugueses que falam de Angola, nestes dias, como se ainda, o que dizem, contasse alguma coisa ou como se os angolanos não tivessem o direito de serem empresários, ricos, pobres, remediados, enfim; cidadãos.

 

Duma vez por todas, deixem de lançar lenha para a fogueira e respeitem os angolanos!


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:14

17
Mar 12

Eu estava lá e vi Ximenes Belo sair do edifício do aeroporto, tomar lugar no descapotável, a partir do qual saudaria todos os milhares de portugueses que o esperavam ali e ao longo do trajeto a percorrer pela cidade de Lisboa.

  

Na pessoa do Bispo de Díli transmitíamos a nossa solidariedade a todo povo de Timor-Leste. Era grande a emoção e tínhamos tomado as “dores” dos timorenses que, por terem escolhido ser independentes, sofreram às mãos dos militares de Suharto e das suas milícias todo o tipo de humilhações; os seus mortos e feridos e a total destruição do País.

 

Estávamos no fim do século XX, 1999 e as constantes manifestações dos portugueses de apoio aos irmãos timorenses não tinham paralelo. Com o nosso apoio e de todo o mundo, Timor-Leste restaurou a sua independência a 20 de Maio de 2002 com a eleição livre do primeiro Presidente, Xanana Gusmão.


Hoje, quase dez anos depois, decorreu a primeira volta da eleição do terceiro Presidente do mais jovem País do universo da LusofoniaTimor-Leste!

 

Um viva aos timorenses!


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 18:54

10
Mar 11

 

Em declarações à Rádio Renascença, Ramos Horta, Presidente de Timor-Leste, declarou que vai propor a constituição de uma aliança entre Países da CPLP, designadamente: Timor-Leste, Angola e Brasil, com o objetivo de comprar dívida pública portuguesa a juros muito mais baixos do que os mercados estão, neste momento a exigir a Portugal.

 

Acrescenta ainda que não é por uma questão de filantropia, é de solidariedade mas também porque se trata de um bom negócio. Neste momento, Timor-Leste, por força da Lei que regula as suas receitas do petróleo, tem de subscrever títulos de tesouro Norte-Americanos na percentagem de 90% a um juro muito inferior, ou seja, Dili está a perder dinheiro. Mais ou menos a mesma coisa estará a acontecer com o Brasil.

 

Timor-Leste e Ramos Horta não se esquecem do apoio que o povo português lhes deu aquando da sua luta pela independência da Indonésia.

 

Não sabemos se tudo isto fica pelas intenções, mas que faz muito bem ao ego da lusofonia, lá isso faz.

 

Alguém ainda acredita que fazemos parte de uma união (União Europeia)? Até podemos fazer, mas a expressão – solidariedade – foi riscada de todos os dicionários europeus!

 

Silvestre Félix

 

(Foto: DN Online)

publicado por voltadoduche às 17:36

11
Nov 10

 

Angola era, aquando do triunfo da revolução de 25 de Abril de 1974 em Portugal, palco de uma das frentes da Guerra Colonial que o antigo regime português teimava em manter.

 

Um dos principais objetivos dos revolucionários portugueses e que constava mesmo no programa do MFA, era o fim dos combates e iniciar negociações com os Movimentos de Libertação Nacionais para a autodeterminação e independência de cada uma das Colónias.

 

As duas primeiras intenções foram pacificamente atingidas mas, a seguir – dada a circunstância de Angola ter três Movimentos de Libertação ativos nas negociações e na ambição de chegarem ao poder – as coisas não foram fáceis, mas isso é outra história.

 

A data foi marcada e, antes da meia-noite deste dia 11 de Novembro de 1975, a bandeira portuguesa foi arreada, os últimos representantes da soberania portuguesa deixaram Luanda e, subiu ao mastro, a bandeira nacional de Angola.

 

Angola não se livrou da guerra com a independência em 1975. Os angolanos continuaram a ouvir os disparos das metralhadoras e os rebentamentos de minas, com os sacrifícios que isso implica, até 2002, ano em que, com a morte do líder da Unita, o confronto chegou finalmente ao fim.

 

Hoje, Angola é um dos principais Países africanos, com uma taxa de crescimento das mais elevadas, faz parte da “Lusofonia” integrando ativamente a CPLP, é um forte parceiro de Portugal a todos os níveis e, é um dos destinos prediletos dos portugueses para emigrarem.

 

De 1982 a 2002, fui muitas vezes a Angola e passei lá alguns períodos de dois ou três meses. Senti-me sempre em casa e tenho muitas saudades da terra e dos angolanos que tive o gosto de conhecer.

 

SBF

 

(Imagem: Wikipédia)


02
Jan 10

A língua de Camões corre um sério risco de perder o seu peso e importância universal, se Portugal não adoptar rapidamente o acordo ortográfico que assinou em 1991, confirmado em 2008, com a aprovação no Parlamento do Segundo Protocolo Modificativo.
Não entendo porque é que o Ministério da Educação recuou, ao não concretizar a aplicação das novas regras do acordo, já para 2010, nas escolas portuguesas. Certamente não foi para fazer a vontade a alguns velhos do Restelo que teimam em não entender que a língua portuguesa, há muito que deixou de ser nossa – de Portugal! O império já não existe. Podem vir muitos como o Professor Vasco Graça Moura, chamar nomes menos simpáticos aos membros activos da CPLP, nesta questão da língua, que o tempo não volta para trás.
É urgente que, a nível da CPLP, se desenvolvam competências nesta matéria, de modo a criarem directivas para todos os países cumprirem. Considerando o superior interesse da comunidade, todos terão que adoptar normas e regras comuns, ou seja, o acordo existente.
Acho que é este o caminho para salvar a universalidade da nossa língua, e muito depressa chegar aos 300 milhões de falantes, consolidando o terceiro lugar nas línguas ocidentais a seguir ao castelhano e ao Inglês e muito à frente do francês e do alemão, quinta nas línguas nativas e sexta nas línguas falantes.  
Portugal, sem paternalismos, mas com a responsabilidade que lhe compete, tem a obrigação de dar o exemplo e avançar urgentemente com as mudanças previstas no acordo.
Muita ACÇÃO é necessária, e não deixa de se dizer da mesma maneira e de significar o mesmo, quando, com as novas regras, se escrever – AÇÃO.
VER AQUI ARTIGO NO "O PUBLICO"
SBF
(Gravura: Mapa da Lusofonia - Wikipédia)
publicado por voltadoduche às 02:48

06
Jun 09

 

Passaram poucos dias desde a morte de Luís Cabral no passado dia 30 de Maio, aqui em Portugal, onde se encontrava exilado. Assumiu a liderança do PAIGC desde o assassinato do seu irmão Amílcar Cabral, e foi o primeiro Presidente da Guiné-Bissau desde a proclamação unilateral da independência em 24 de Setembro de 1973, nas áreas libertadas em Medina de Bué. Esta independência, viria a ser reconhecida por Portugal, já em 1974, após o 25 de Abril.
Até à sua deposição, em resultado do golpe de estado em 14 de Novembro de 1980, liderado por Nino Vieira, a Guiné-Bissau, viveu anos de tranquilidade e paz, tudo levando a crer, que no universo das ex-colónias portuguesas, viria a ter sucesso rápido, visto não ter,(por enquanto) problemas de guerra civil ou outras lutas internas pelo poder. Também se conhecia a boa preparação para a governação e diplomacia dos dirigentes daquela época, a começar pelo Presidente da República.
O que é certo é que, a partir do consolado de Nino Vieira, as coisas começaram a ser resolvidas muitas vezes na “ponta da espada”, a componente tribal floriu e o País nunca mais andou como se esperava. Depois de muitas execuções, e de muitas expulsões, de mais mortes e da deposição de Nino Vieira em 1998, a Guiné-Bissau torna-se uma das mais importantes placas giratórias da droga que vem do outro lado do Atlântico com destina à Europa. Muitos outros interesses entram em jogo e tudo passa a movimentar-se em função deste negócio.
Com mais uns golpes e assassinatos, incluindo o do Nino Vieira, chegamos ao dia de hoje em que, mais uma vez, se identifica as causas como tentativa de golpe de estado, morrem mais uns quantos, que até nem estavam em nenhum órgão institucional. Observadores, continuam a dizer que são os cartéis que mandam, e os bons guineenses vão sofrendo.
A CPLP deve fazer um esforço grande para ajudar a Guiné-Bissau a sair deste atoleiro em que se meteu.
SBF

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