A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

29
Mar 12
Comissão Europeia, de quando em vez, esquece-se que tem coisas importantes para tratar e decreta diretivas e outras obrigações para os Estados membros que não lembra ao diabo.
Ainda não há muito tempo, lá em Bruxelas, os mangas de alpaca inventaram aquele novo alojamento para galinhas poedeiras de oito assoalhadas, três casas de banho, despensa, arrecadação, cozinha equipada e certificado energético atualizado. Tudo leva a crer, independentemente dos protestos da generalidade dos países, que a diretiva vingou e, quem não cumpra, será penalizado.
Com menos sucesso dos burocratas que envolvem a Comissão e “comem” em Bruxelas, uma outra extraordinária ideia, felizmente, não foi avante. Vejam só! Os “inteligentes” queriam alterar as regras da salga do bacalhau. Lembraram-se de impor o uso de fosfatos em químico, em vez do sal ancestralmente utilizado pelos pescadores portugueses.
Soube-se hoje que se deram mal. Porque a “brilhante” proposta foi chumbada ainda na Comissão, podemos, por enquanto, ficar descansados e continuar a comer o bacalhau salgado à nossa maneira.

Silvestre Félix
publicado por voltadoduche às 21:04

16
Nov 10

 

O Dia Nacional do Mar comemora-se a 16 de Novembro.

 

O Mar, para muita gente, é qualquer coisa abstrata como o prolongamento da praia onde, no verão, o pessoal se frita ao Sol.

 

Como foi possível voltarmos as costas ao Mar e lançarmo-nos nos braços da “outra” Europa que, à primeira adversidade, cobra tudo e depois fica a assobiar p’ró lado?

 

O Mar, que desde os primórdios da nacionalidade nos acompanhou e, quando chegou a altura, nos deu o caminho para a afirmação dos portugueses no mundo. As descobertas foi o auge da nossa relação com o Mar. Em terra, nos entregou as suas riquezas, fazendo de Portugal o centro da Europa. O fim do Império, não devia ter sido o abandono do Mar como maior e fiel parceiro.

 

Hoje, felizmente, volta a falar-se na importância do Mar para os portugueses. Só é pena que seja porque não nos estamos a dar bem com o outro lado, mas, ainda assim, “há males que vêm por bem!”.

 

O NOSSO MAR é 18 vezes maior que a nossa área terrestre. O potencial económico em cerca 1,7 milhões de metros quadrados, pode duplicar várias vezes o nosso PIB.

 

Em “mar aberto”, e tendo em conta o atual deficit externo no que respeita a pescado, o destaque vai para a pesca devidamente planeada e orientada para a preservação das espécies, protegendo e utilizando os viveiros selvagens com rigor e em alternância com aquicultura em zonas costeiras determinadas, para espécies de insuspeito interesse económico tanto para consumo nacional como para exportação. O desenvolvimento da aquicultura em “mar aberto” é fundamental para o futuro de algumas qualidades de peixe e para a atividade económica costeira. As indústrias conserveiras modernas estão à espera.

 

Alguns que voltam agora a falar na importância do Mar, já tiveram em tempos, responsabilidade no seu abandono em parceria com a antiga “mãe” da atual UE, a CEE: Os abates da frota pesqueira de pequena e grande tonelagem, o encerramento de grandes e pequenos estaleiros navais para reparação e construção. O desaparecimento das grandes companhias de marinha mercante, etc., etc.

 

Se dissermos a um jovem de 20 anos, que há menos de 40 anos, os portugueses tinham uma frota de dezenas de bacalhoeiros, barcos de grande tonelagem que iam em viagens de muitos meses à Terra Nova, à Gronelância e outros mares do norte, pescar todo o bacalhau que consumíamos e que ainda exportávamos depois de procedermos à sua seca e salga. Será que o jovem acredita? Tenho as minhas dúvidas. Hoje, não temos um único bacalhoeiro e importamos da Noruega e de outras origens a norte, todo o bacalhau que comemos.

 

Para além de todo o resto, o Mar continua a ser a “estrada” da LUSOFONIA!

 

SBF

(Imagem: Wikipédia)

publicado por voltadoduche às 19:44

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