A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

15
Mai 12

A promessa de «um novo caminho para a Europa» declarada por Hollande, acorda-nos, por momentos, desta depressão crescente. Por outro lado, no próprio dia em que recebe o poder de Sarkosy, vai jantar a Berlim com Merkel. Não pelo encontro em si que, mais tarde ou mais cedo aconteceria mas, quando ainda nem sequer se “sentou” no Eliseu, vai a correr ao beija-mão germânico?

 

Esperemos que esta inusitada opção se justifique porque senão o «novo caminho para a Europa» é uma cópia do anterior.


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:58

01
Mar 12

A Alemanha de Merkel já fez saber que não gostou que o BCE tivesse colocado 500 mil milhões de euros na economia europeia através de empréstimos à banca a juro baixo.

 

Continuam a crer, os dirigentes alemães, que a situação os favoreça só a eles e que os outros parceiros (??) se mantenham de joelhos.

 

Merkel e os seus piões não têm pejo em pôr em causa a independência do Banco Central Europeu agora presidido pelo italiano Mario Draghi.

 

Silvestre Félix                                                                                 

publicado por voltadoduche às 13:25

08
Fev 12

O descaramento da “patroa” de Berlim não tem limites. Continua na sua senda intrometida como se a Região Autónoma da Madeira fizesse parte dos seus domínios germânicos. Como muito bem disse Carlos César, Presidente do Governo Regional dos Açores, nenhum Chefe de Estado e de Governo de qualquer País da União Europeia pode referir-se, como o fez Angela Merkel, a determinada Região de um outro País membro. Essa prorrogativa pertence à Comissão Europeia.

 

No mínimo, a Chanceler ignorando qualquer ponta de ética diplomática, intrometeu-se em assuntos internos de outro País e, por via disso, devia ser advertida por exemplo, pelo Parlamento Europeu.

 

Ao mesmo tempo, e relativamente aos “fundos Estruturais” a que se referiu a “Senhora” de Berlim, se o Governo da Madeira os aplicou em estradas e túneis, foi porque assim foram aprovados em Bruxelas. Pelo menos a mesma parte de responsabilidade na aplicação do dinheiro, a União Europeia tem. A culpa dos erros cometidos, se os houve, não foi só do Governo Regional

  

Quando e quem consegue por esta “tipa” na ordem?

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:07

16
Jan 12

Será que é agora, com o corte do “rating” (de AAA para AA+) do Fundo de Resgate Europeu (FEEF) pela S & P, no seguimento dos cortes da passada sexta feira, que a Merkel e o Sarkozy vão perceber que as “barbas do vizinho já arderam todas” e que agora lhes toca a eles também?

 

O paradigma tem de mudar! A Europa não pode continuar na “bicha pirilau” comandada pela Chanceler e pelo Presidente em “fim de linha”.

 

A luta é de galos e o “Dólar” já cá anda há muitos anos…

 

O capital especulador não desiste dos seus rendimentos só porque os dirigentes europeus se reúnem de vez em quando para ouvir predileções e imposições da líder alemã. Enquanto a UE fornecer pretextos para aumentarem juros, o doloroso caminho dos mais fracos não acaba.

 

A reunião de hoje, da Concertação Social, é um bom exemplo de como toda esta política neoliberal está assente em “pés de barro”. As propostas do Governo têm sido um desastre e demonstram uma completa falta de bom senso.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 19:43

23
Nov 11

A Alemanha foi hoje aos mercados tentar financiar-se em 6 mil milhões de euros e só conseguiu 3,9 mil milhões. Ou seja, duma forma clara, a Alemanha de Merkel entrou na rede da crise da dívida que tanto tem criticado nos outros parceiros.

 

Por um lado, é bom que a senhora Merkel, que ainda ontem batia nos Países do Sul, aprenda na própria pele a lidar com os insaciáveis "mercados”  (capital, polvo…), por outro lado é péssimo porque, definitivamente, a crise chegou ao “coração” do euro e, os maus fracos são os que mais sofrem.

 

Parece-me que a primeira reação da Chanceler será inverter a irredutibilidade na aplicação de medidas de verdadeira cura da crise do euro. Se ainda assim não quiser emendar a mão, poderemos estar muito perto do afundamento do euro como moeda e da Europa como união.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:14

26
Ago 11

As edições online desta tarde anunciam périplo (ou ronda) de Passos Coelho pela Europa durante a próxima semana. Pelo jeito do título, calcula-se uma ida a vários países em missão bilateral complementada, como é normal, com a vertente comunitária.

 

Continuamos a ler a notícia e percebemos então que o nosso Primeiro-Ministro, à exceção da nossa vizinha Espanha, a tal ronda ou périplo se resume a uma visitinha a Angela Merkel e a Nicolas Sarkozy, titulares do diretório europeu e seus parceiros no PPE.

 

Já agora, e porque estamos em tempos de austeridade e os dois do “eixo” estão sempre juntos, o nosso Primeiro poderia ter feito coincidir a “tal ronda” num desses momentos e assim poupava uma deslocação.

 

A ironia, neste caso, não é penalizante para Pedro Passos Coelho porque, bem faz ele. «Para que há de falar com os “santos” se pode ir diretamente aos “deuses”?» Acho que faz muito bem mas, os outros dois, é que se portam muito mal.

 

Ainda esta semana, o antigo Chanceler da Alemanha Helmut Kohl, voltou a criticar a política de Angela Merkel para a moeda única e Europa.

 

Esta senhora, na maior parte das vezes acompanhada pelo seu inseparável Sarkozy, está a cavar a sepultura daquela Europa solidária que Helmut Kohl queria.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:45

21
Mai 11

O Expresso noticia hoje que o Embaixador da Alemanha foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros onde lhe foi entregue dossier completo sobre legislação e realidade laboral em Portugal. O conteúdo do documento contraria as declarações que a Chanceler Alemã proferiu num comício há uns dias referindo-se à idade da reforma e às férias em Portugal.

 

Diz o Expresso que o Governo se manifestou desgostoso e surpreendido com as afirmações de Angela Merkel. Gostava de ter visto o Primeiro-Ministro reagir com indignação às palavras da senhora de Berlim.

 

Bom, a confirmar-se a notícia, já é alguma coisa mas, na minha opinião, pouco. É verdade que a chamada do Embaixador tem algum significado mas, para os trabalhadores portugueses não é suficiente.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 19:00

20
Mai 11

A Chanceler Alemã continua sem resposta à altura, sobre os disparates que disse na passada terça-feira relativamente a férias e reformas dos trabalhadores portugueses.

 

Dos políticos com assento parlamentar, à exceção dos líderes do BE e PCP, mais nenhum teve “tintins” para repor a verdade. De Sócrates a Paulo Portas, passando por Pedro Passos Coelho, todos evitaram falar do assunto.

 

A diplomacia é uma prática usada nas relações sérias entre Países. O chamado “fair-play” é pedido para defrontar o adversário com lealdade.

 

O caso da senhora de Berlim, não encaixa em nenhuma destas práticas ou designações. Angela Merkel desconhece o que se passa em Portugal e, antes de dizer o que disse, devia informar-se, ou então agiu de má fé e, se assim for, é bem pior.

 

O facto é que aconteceu e, por isso, a senhora devia ter sido desmentida ou corrigida pelo Primeiro-Ministro e, pelo menos, pelo seu correligionário no PPE e líder do maior partido de oposição em Portugal, Pedro Passos Coelho. Essas diligências deviam ser públicas de forma que os trabalhadores portugueses ofendidos sentissem reposição de alguma justiça.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:04

18
Mai 11

À Senhora Merkel, foge-lhe sempre o pé para o “chinelo”!

 

Refere-se a Portugal, Espanha e Grécia, a propósito de férias e reformas, como se tivesse a falar de extraterrestres. São só três países, parceiros da Alemanha numa organização que se diz chamar “União” (?).

 

Angela Merkel demonstrou que desconhece a realidade, pelo menos em Portugal.

 

Com a última reforma da Segurança Social no nosso País em 2007, a idade de aposentação, varia conforme os anos da “esperança de vida” partindo dos 65 anos. Com esta fórmula, muito provavelmente vamos chegar primeiro do que os alemães aos 67 anos. Do ponto de vista estatístico, os trabalhadores portugueses são os que trabalham mais horas anuais logo a seguir aos ingleses. Relativamente às férias, a maioria dos que trabalham no privado em Portugal, gozam menos dias que os alemães.

 

Se as contas fossem feitas com justiça para quem trabalha, e aproveitando os argumentos da Chanceler, os trabalhadores em Portugal deveriam ganhar, pelo menos, o mesmo que ganham na Alemanha.

 

Ou seja, a senhora não só é ignorante e descuidada com o trabalho de casa, como roça tiques de xenofobia quando “marca” pela negativa parte significativa da população da Europa que tem contribuído decisivamente para o crescimento da Alemanha como País. Ainda por cima, no meio da crise das dívidas, os bancos alemães são os maiores usurários antes e depois dos resgates.

 

A senhora precisa que alguém lhe responda à letra!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:20

05
Fev 11

Assim, como tem estado, não vale a pena e tem o fim anunciado.

 

O Conselho desta semana decorreu, mais uma vez, sob a pressão Franco-Alemã. No entanto, agora, parece-me que alguma coisa mudou naquelas mentes impositivas de Merkel e Sarkosy.

 

Muito embora o meio e forma de levar a “deles avante” não seja a mais correta, as ideias de maior integração política e maior coordenação económica, incluindo a institucionalização da tendência duma desejável harmonização fiscal, como contrapartida para o necessário aumento de fundos do “Fundo de Estabilidade do Euro”, são positivas. Não se compreende, por exemplo, que haja Países da UE onde as reformas se vencem por inteiro aos 67 anos, e outros aos 60 ou 62 anos. Da mesma forma não pode ser pacífico que a haja Países com IRC a 12 ou 15% e outros a 25 ou 30%. Como se pode desejar atingir a igualdade de benefícios e deveres em toda a Europa, antes de se corrigirem todas as premissas divergentes?

 

Se isto é o “Pacto de Competitividade e Convergência” que os dois propõem, estou de acordo.

 

Uma outra medida, mais ou menos anunciada, é a realização de cimeiras autónomas dos 17 membros do Euro. A primeira será já em Março, antes do previsto próximo Conselho. Não tem lógica nem é saudável, que Países fora do Euro tenham tantas palavras a dizer sobre a moeda, como os outros que estão lá dentro. Para já, parece-me fazer cada vez menos sentido, haver membros da UE não aderentes à moeda única. Não me espanta que o “diretório” venha, a curto prazo, a impor aos membros que têm outras moedas, com destaque para a Inglaterra, que formulem a intenção de adesão e que acertem a respetiva calendarização.

 

Pelo que fui lendo e ouvindo desde ontem sobre o assunto, há mais de dois anos que, na UE, não se trabalhava com tanta objetividade.

 

Penso que o Governo português esteve bem, avaliando, obviamente, as declarações feitas.

 

Relativamente ao futuro da União Europeia, estou um bocadinho menos pessimista!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 19:48

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