A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

10
Fev 12

Nestes últimos dias, quase sempre pelas piores razões, as parangonas transcrevem ou reproduzem “bacoradas” bem atestadas de ignorância com proveniência germânica.

 

Mostram, os autores das falas polémicas, que têm uma “branca” total sobre história portuguesa e não fazem ideia que os laços sócio culturais e económicos entre os povos com quem convivemos por esse mundo fora ao longo de seis séculos, estão cada vez mais fortes neste tempo auspicioso para os emergentes.

 

Decerto não conhecem Fernando Pessoa e, também por isso, não podem saber nem perceber o que é ser LUSÓFUNO! Se alguma vez o tivessem lido, entenderiam como nos sentimos em “casa” quando estamos em Angola, Moçambique, Brasil ou em qualquer um dos Países do universo Lusófono.

 

Bernardo Soares, o heterónimo de Pessoa mais parecido com ele e que alguns dizem ser só um semi-heterónimo, ilustra bem e duma maneira muito simples este sentir, quando "escreve":

 

«Minha pátria é a língua portuguesa.»

 

As dúvidas e o desconforto que nos últimos tempos vamos sentindo nesta União (??) Europeia, só podem ser compensadas com o reforço dos caminhos do Atlântico.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:01

08
Fev 12

O descaramento da “patroa” de Berlim não tem limites. Continua na sua senda intrometida como se a Região Autónoma da Madeira fizesse parte dos seus domínios germânicos. Como muito bem disse Carlos César, Presidente do Governo Regional dos Açores, nenhum Chefe de Estado e de Governo de qualquer País da União Europeia pode referir-se, como o fez Angela Merkel, a determinada Região de um outro País membro. Essa prorrogativa pertence à Comissão Europeia.

 

No mínimo, a Chanceler ignorando qualquer ponta de ética diplomática, intrometeu-se em assuntos internos de outro País e, por via disso, devia ser advertida por exemplo, pelo Parlamento Europeu.

 

Ao mesmo tempo, e relativamente aos “fundos Estruturais” a que se referiu a “Senhora” de Berlim, se o Governo da Madeira os aplicou em estradas e túneis, foi porque assim foram aprovados em Bruxelas. Pelo menos a mesma parte de responsabilidade na aplicação do dinheiro, a União Europeia tem. A culpa dos erros cometidos, se os houve, não foi só do Governo Regional

  

Quando e quem consegue por esta “tipa” na ordem?

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:07

30
Jan 12

O século XX não correu de feição à Alemanha. Provocou e perdeu duas guerras causando prejuízos e sofrimento à Europa e ao Mundo. Os povos atingidos nunca foram completamente ressarcidos, até porque o “enxovalhamento”, o ataque à dignidade e os mortos provocados não têm preço.

 

Nenhum País europeu e do Mundo quererá que a Alemanha perca outra guerra mesmo que, desta vez, as armas não sejam bélicas.

 

A ameaça chantagista e despudorada que Merkel fez nestes dias à Grécia é, no mínimo, aventureira. Não há grego que não tenha presente os tempos da ocupação alemã há setenta e tal anos, mesmo que tenha nascido depois desses negros tempos. É verdade que não existe nenhum Hitler mas, o comportamento de Angela Merkel e alguns dos seus “companheiros” de governo não inspiram confiança a ninguém, muito menos aos gregos.

 

Esperemos que hoje, os outros europeus travem o ímpeto controleiro da senhora de Berlim.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 22:59

23
Nov 11

A Alemanha foi hoje aos mercados tentar financiar-se em 6 mil milhões de euros e só conseguiu 3,9 mil milhões. Ou seja, duma forma clara, a Alemanha de Merkel entrou na rede da crise da dívida que tanto tem criticado nos outros parceiros.

 

Por um lado, é bom que a senhora Merkel, que ainda ontem batia nos Países do Sul, aprenda na própria pele a lidar com os insaciáveis "mercados”  (capital, polvo…), por outro lado é péssimo porque, definitivamente, a crise chegou ao “coração” do euro e, os maus fracos são os que mais sofrem.

 

Parece-me que a primeira reação da Chanceler será inverter a irredutibilidade na aplicação de medidas de verdadeira cura da crise do euro. Se ainda assim não quiser emendar a mão, poderemos estar muito perto do afundamento do euro como moeda e da Europa como união.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:14

19
Jun 11

Hoje, um outro “papagaio” qualquer alemão, veio dizer que “E.coli” pode ser transmitida entre seres humanos.

 

Mas quem é que pode acreditar nestes tipos?

 

O problema surgiu na Alemanha, com infetados só alemães ou que estiveram na Alemanha, e desataram a culpar tudo e todos, destacando, como já vem sendo hábito para tudo o que é mau, os Países do sul.

 

Resolvam lá a origem da doença e tratem de pagar os prejuízos que já causaram a Espanha, Portugal, França, etc.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 23:43

21
Mai 11

O Expresso noticia hoje que o Embaixador da Alemanha foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros onde lhe foi entregue dossier completo sobre legislação e realidade laboral em Portugal. O conteúdo do documento contraria as declarações que a Chanceler Alemã proferiu num comício há uns dias referindo-se à idade da reforma e às férias em Portugal.

 

Diz o Expresso que o Governo se manifestou desgostoso e surpreendido com as afirmações de Angela Merkel. Gostava de ter visto o Primeiro-Ministro reagir com indignação às palavras da senhora de Berlim.

 

Bom, a confirmar-se a notícia, já é alguma coisa mas, na minha opinião, pouco. É verdade que a chamada do Embaixador tem algum significado mas, para os trabalhadores portugueses não é suficiente.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 19:00

20
Mai 11

A Chanceler Alemã continua sem resposta à altura, sobre os disparates que disse na passada terça-feira relativamente a férias e reformas dos trabalhadores portugueses.

 

Dos políticos com assento parlamentar, à exceção dos líderes do BE e PCP, mais nenhum teve “tintins” para repor a verdade. De Sócrates a Paulo Portas, passando por Pedro Passos Coelho, todos evitaram falar do assunto.

 

A diplomacia é uma prática usada nas relações sérias entre Países. O chamado “fair-play” é pedido para defrontar o adversário com lealdade.

 

O caso da senhora de Berlim, não encaixa em nenhuma destas práticas ou designações. Angela Merkel desconhece o que se passa em Portugal e, antes de dizer o que disse, devia informar-se, ou então agiu de má fé e, se assim for, é bem pior.

 

O facto é que aconteceu e, por isso, a senhora devia ter sido desmentida ou corrigida pelo Primeiro-Ministro e, pelo menos, pelo seu correligionário no PPE e líder do maior partido de oposição em Portugal, Pedro Passos Coelho. Essas diligências deviam ser públicas de forma que os trabalhadores portugueses ofendidos sentissem reposição de alguma justiça.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:04

18
Mai 11

À Senhora Merkel, foge-lhe sempre o pé para o “chinelo”!

 

Refere-se a Portugal, Espanha e Grécia, a propósito de férias e reformas, como se tivesse a falar de extraterrestres. São só três países, parceiros da Alemanha numa organização que se diz chamar “União” (?).

 

Angela Merkel demonstrou que desconhece a realidade, pelo menos em Portugal.

 

Com a última reforma da Segurança Social no nosso País em 2007, a idade de aposentação, varia conforme os anos da “esperança de vida” partindo dos 65 anos. Com esta fórmula, muito provavelmente vamos chegar primeiro do que os alemães aos 67 anos. Do ponto de vista estatístico, os trabalhadores portugueses são os que trabalham mais horas anuais logo a seguir aos ingleses. Relativamente às férias, a maioria dos que trabalham no privado em Portugal, gozam menos dias que os alemães.

 

Se as contas fossem feitas com justiça para quem trabalha, e aproveitando os argumentos da Chanceler, os trabalhadores em Portugal deveriam ganhar, pelo menos, o mesmo que ganham na Alemanha.

 

Ou seja, a senhora não só é ignorante e descuidada com o trabalho de casa, como roça tiques de xenofobia quando “marca” pela negativa parte significativa da população da Europa que tem contribuído decisivamente para o crescimento da Alemanha como País. Ainda por cima, no meio da crise das dívidas, os bancos alemães são os maiores usurários antes e depois dos resgates.

 

A senhora precisa que alguém lhe responda à letra!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:20

29
Dez 10

 

Um comissário de Bruxelas afirmou ser muito perigoso para a economia da União Europeia, as aquisições de capital-controlo por parte de estrangeiros, principalmente chineses, de empresas europeias que ocupam setores-chave.

 

Em circunstâncias normais seria legítima esta preocupação mas, o que está a abrir portas a estas investidas, é a opção europeia dum caminho recessivo em vez de expansionista.

 

Na prática, o que vai acontecendo, é que os únicos investimentos concretizados, têm de fato origem chinesa e dos outros emergentes. A Alemanha, maior potência económica do espaço europeu, desde que abandonou o princípio solidário e comunitário, em vez de investir nos outros países da UE, desinveste. Definiu uma área de influência com os seus satélites, e tudo o resto é para apertar até os pôr de joelhos. Portugal está neste último grupo.

 

Sendo assim, e porque a Alemanha e a França Sarkozy, cinicamente, tem esperança de se safar do domínio alemão – têm o poder da União, literalmente mandam na Comissão, no Conselho e até no BCE, os periféricos, como nós, na tentativa de compensarem as medidas de austeridade a que estão obrigados, procuram captar investimento noutras paragens, fora a União.

 

Neste quadro, é caricata esta intervenção do Comissário da Industria. Ainda por cima diz que a “Europa deve responder politicamente”. Pois bem, a única forma da Europa responder eficazmente é, pelo menos no âmbito do euro, centralizar a dívida soberana e adoptar políticas expansionistas, de forma a pôr as economias a crescer e, assim, quebrar os juros e faturar mais-valias para pagar a dívida.

 

Mas, como a Alemanha só quer a solução para si e seus satélites, nada feito!

 

Vamos ter que nos virar em definitivo para os Lusófonos, Ibero-Americanos e outros emergentes, mesmo que tenhamos de abrir mão do controlo de algumas empresas.

 

SBF

publicado por voltadoduche às 17:18

08
Dez 10

 

No ECOFIN desta semana, mais uma vez, em conclusões, os emissários de Angel Merck disseram não a tudo. As propostas feitas por vários Estados Membros e pelo Eurogrupo eram, todas elas, numa perspetiva comunitária. A Alemanha não quer emissão de títulos de tesouro europeus nem quer aumento do fundo de estabilidade financeira. Ou seja, mais uma vez, a UE não consegue dar respostas consistentes para contrariar o poder absoluto dos especuladores.

 

É sabido que a Alemanha, e particularmente os bancos alemães, não estão perdedores com a atual situação, mas daí a pôr constantemente em causa os valores maiores da solidariedade da União, vai alguma distância e confirma uma Alemanha nada interessada em partilha, e, antes pelo contrário, só se interessando por ganhos próprios mesmo à custa do sacrifício dos mais fracos.

 

Nesta onda, a senhora tem tido um aliado de peso, Sarkozy no Eliseu de Paris. Estes, em consciência, (digo eu) estão a cavar a sepultura da UE. Só se estão a esquecer duma coisa – É que, muito do seu próprio crescimento nas últimas décadas, aconteceu na razão direta da existência da União.

 

Esta é a outra Europa de quem estamos cada vez mais longe!

 

SBF

publicado por voltadoduche às 17:43

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