Em 1 de Dezembro de 1640, voltamos a ter Rei português e residente em Portugal. Na verdade, os Filipes nunca estiveram em Lisboa. Neste sentido, foram negligentes, para eles, as “favas” tinham sido contadas e não era preciso ter mais preocupações. Só que, a forma como tratavam os outros reinos por eles conquistados, não se aplicava a Portugal com mais de 400 anos de existência como pátria. Para além disso, o império português, era muito semelhante, em todos os aspectos, ao espanhol e, por via da sua localização universal, ia sendo atacado por potências emergentes, inimigas dos espanhóis, criando algumas situações irreversíveis.
Em 1640, em vez do D. Sebastião aparecer numa manhã de nevoeiro, foi um grupo de conspiradores nobres portugueses, que derrubou o poder delegado de Filipe III em Portugal, e fez com que o Duque de Bragança, fosse proclamado Rei de Portugal com o nome de D. João IV,(IMAGEM) iniciando assim a dinastia de Bragança que havia de continuar até ao fim da monarquia em 1910 e que ainda perdura como herdeira da coroa portuguesa, na pessoa de D. Duarte Pio.
O enraizamento popular da data é visível na quantidade de associações, clubes e outras organizações com o nome de “1º de Dezembro”. Sem procurar, aqui em Sintra, conheço dois clubes; O de S. Pedro (Sociedade União 1º Dezembro) e em Rio de Mouro (Sociedade 1º Dezembro).
SBF
(Foto: Wikipédia)