A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

27
Mai 11

Muita gente esperaria que o PSD estivesse nesta altura a uns 10 pontos do PS. Vai-se percebendo porque não acontece.

 

Pedro Passos Coelho, todos os dias, tem de corrigir ao final da tarde declarações feitas pela manhã.

 

Pedro Passos Coelho fala de Pacheco Pereira como nem os adversários falam.

 

Pedro Passos Coelho, não capitaliza nesta campanha o essencial.

 

Silvestre Félix


09
Mai 11

São os analistas que o afirmam, o PSD, com este programa de governo apresentado ontem, ultrapassa o CDS pela direita. Parece não restar dúvidas que Pedro Passos Coelho opta mesmo por uma política claramente liberal.

 

Neste sentido, e no que respeita à diminuição da intervenção do Estado nas vertentes; social, saúde e educação, é uma rotura com a tradição da democracia portuguesa transversal a todos os partidos. É legítimo para qualquer partido e também para o PSD propor mudanças mais profundas ao seu eleitorado. Para escolher é que existem eleições. Se os portugueses votarem maioritariamente PSD estão a avalisar as suas propostas e compete-lhes governarem a legislatura em conformidade.

 

A proposta de redução da Taxa Social Única (TSU), desejável em qualquer tempo, pode vir a alterar o equilíbrio da S. Social. Não me parece ser intenção compensar a quebra de receita com taxas cobradas através de outros impostos, por exemplo, no IVA.

 

Ao mesmo tempo que é feita a apresentação deste programa, o líder do PSD afirma (mais ou menos):

«Precisa duma maioria clara (absoluta) porque não quer governar com “paus-de-cabeleira”».

Vamos ver se não vai ter que pedir “batatinhas” a algum “pau-de-cabeleira».

Não só, roça o insulto como dificulta eventual necessidade de diálogo depois de 5 de Junho.

 

Hoje, às 10h45m da manhã, Catroga diz que concorda com o aumento do IVA da “cereja”.

Ao princípio da tarde, diz que, afinal, concorda com aumento do IVA mas é do vinho.

 

A continuarem com este tipo de “gafes” a “conta-gotas”, descredibilizam as suas intenções.

 

Cada vez se torna mais difícil que o fecho das urnas no final do próximo dia 5 de Junho resulte numa maioria confortável e credível.

 

Silvestre Félix


21
Mar 11

Não há pachorra para continuar a ouvir as declarações dos nossos políticos, dos comentadores e até dos simples pivôs ou leitores de notícias que os inteligentes escrevem.

 

É eleições não é? Então vá de andar com isso rapidamente e sem olhar para trás!

 

Pode muito bem acontecer que os resultados, em vez de resolverem, ainda compliquem mais as coisas. Toda a gente percebe porque é que o PSD quer ir sozinho às urnas. Olham para o seu umbigo e têm esperança de alcançar uma maioria absoluta para fazer com o CDS o que muito bem entenderem. Defeitos em ter mais de metade dos deputados, só existem quando se está na oposição. Muita gente acha que uma coligação pré-eleitoral PSD/CDS criaria uma dinâmica vencedora irresistível ao eleitorado indeciso mas, para isso, Passos Coelho tinha de partilhar o palco com Paulo Portas e, pelo que já se viu, não é lá muito do seu feitio.

 

Pois bem, o que pode vir a acontecer?

 

O PSD conseguir um número de deputados que, juntamente com os do CDS, não cheguem para a maioria absoluta. Se for assim, não têm outra saída se não irem bater à porta do PS e fazerem figas para que este (PS) se tenha esquecido da forma como antes foi tratado. O mais provável é que, uma vez na oposição, o PS faça exatamente o que os outros agora fazem.

 

Ou seja, depois das eleições, do ponto de vista político, podemos estar na mesma ou ainda pior.

 

Às vezes sonho com o aparecimento de um novo partido com pessoas credíveis e que conseguisse renovar alguma confiança na política por parte dos portugueses. Um novo contrapeso que fizesse funcionar o fiel da balança e que retirasse aos velhos partidos do arco do poder aquela certeza de que, se não ganharem agora, ganham para a próxima.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:27

15
Mar 11

Os portugueses, em futuras eleições, deviam ser capazes de castigar a sério os nossos dois maiores partidos. Estão a prestar um péssimo serviço ao País!

 

Cada um por sua vez, só me lembro daquela caricatura:

 

Não f…e, nem sai de cima! (a crise está por baixo)

 

É como se tivessem injetado uma droga para se esquecerem completamente de tudo o que os rodeia, ou então decidido adotar aquela máxima dos três macaquinhos: Um tapa os ouvidos e não ouve, o outro os olhos e não vê e, finalmente, o terceiro com a mão na boca e não… não, aqui não se pode aplicar por todos falam demais.

 

No meio da desgraça e independentemente do Governo ter mais ou menos culpa da situação, eu ainda acho (embora não goste nada) que estão a fazer o que somos obrigados a fazer, esteja lá Sócrates ou Passos Coelho. As condições objetivas são ditadas em Bruxelas/Berlim. Não estamos em posição de negociar o que quer que seja. Nesta conformidade, penso que o PSD está do lado errado, embora o Governo não esteja a facilitar e, o que faz constantemente é pôr o corpo a jeito.

 

Se tivéssemos um Presidente como deve ser em que o seu capital fosse a imparcialidade e, dessa forma, se apresentasse com credibilidade a todos os portugueses, o impasse podia ser resolvido, mas assim, abertamente em oposição ao Governo, não me parece que de Belém venha qualquer tipo de solução.

 

Mais uma vez, é sempre o mexilhão que lixa…

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 18:15

13
Mar 11

Neste fim-de-semana, a classe política portuguesa, tem dado sucessivas provas de que não merece o mínimo de consideração por parte dos cidadãos pagadores.

 

Com o péssimo contributo de Cavaco Silva, proferindo um discurso que mais parecia de líder da oposição do que de Presidente da República, ficaram criadas todas as condições para, mais uma vez, sempre em “meias-tintas”, se contestar a ação governativa. Como diz o Professor Jorge Miranda em entrevista ao Diário de Notícias de hoje, «O presidente tem de tirar as consequências do seu discurso». É isso mesmo, quem diz do Governo ou da sua ação, o que ele disse, não pode deixar andar como se não tivesse acontecido nada. Assuma as suas responsabilidades e dissolva a Assembleia. Porque não o faz? Tem todas as ferramentas para isso.

 

Passos Coelho não pode ficar à espera que Sócrates faça o que ele quer, ou seja, “declarar que não tem condições e apresente a demissão”. O Primeiro-Ministro já disse várias vezes que não o faz e, se não o fez na passada 4ª feira depois daquele discurso do PR, nunca mais o fará.

 

Se o PSD se revê no discurso de Cavaco Silva, se não concorda com as últimas medidas anunciadas pelo Governo, mesmo que estejam de acordo com a sua correligionária do PP Europeu, Chanceler da Alemanha e, na prática, líder da UE, então, que se chegue à frente, crie condições na Assembleia para mandar o Governo embora e vá para eleições. Também têm medo? De quê? Se não querem ou se não o podem fazer, então não travem a ação do Governo.

 

A discordância não é exclusiva do PSD. Não haverá um único português que esteja de acordo com estas ou quaisquer outras medidas de austeridade.

 

Do que se precisa é de alternativas… De bazófia estamos nós fartos!

 

Silvestre Félix


09
Fev 11

Ao princípio da noite desta Terça-Feira, o principal partido da oposição chamou a comunicação social à sua sede, para ouvir o seu Secretário-Geral ler um comunicado em nome da comissão política, completamente desproporcionado nas supostas razões, descabido e vazio de conteúdo, em jeito de compensação da utilização do tempo de antena que o Governo tinha tido ao longo do dia, com a realização do Congresso das Exportações em Santa Maria da Feira.

 

O PSD, com as legítimas aspirações que tem a formar o próximo Governo, não pode agir da forma como o fez hoje. O Congresso das Exportações pode ter tido a sua (habitual) dose de propaganda governamental mas, ninguém pode ignorar, que foi um encontro importante do mundo empresarial português.

 

O sentido de Estado não pode ser mera retórica. O PSD, mesmo na oposição, para merecer a confiança da maioria dos portugueses, tem de ser melhor que o PS. Tomando este tipo de atitudes não vai lá e, pior do que isso, lança mais descrença na população. O desespero de muita gente, é estar descontente com o Governo e não acreditar nas alternativas existentes.

 

Será que o PSD quer enfiar a carapuça?

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 01:14

13
Jan 11

As entidades reguladoras, que por vezes tomam outro nome que não este, são ferramentas de cidadania que o Estado coloca ao serviço da sociedade. Estas entidades foram criadas e existem, para atuarem com independência junto das instituições públicas ou privadas que prestam serviços ou fornecem bens, regulando o seu funcionamento junto da comunidade.

 

Esta realidade foi um avanço significativo para que haja um mínimo de confiança nas instituições, por parte dos cidadãos. Acontece no entanto, que, numa ou noutra situação, algumas destas entidades, me parecem pecar pela falta de bom senso.

 

Este preâmbulo vem a propósito de mais uma ida do Diretor de Informação da RTP à Comissão de Ética da Assembleia da República. Os profissionais da televisão pública, não podem ser constantemente acusados de favorecerem quem está no poder, seja o PS, PSD ou CDS. O mesmo filme que vejo agora, já vi quando o PS estava na oposição.

 

Esta ida à Comissão de Ética, foi a pedido do PSD e no seguimento do último relatório do pluralismo partidário apresentado pela ERC – Entidade Reguladora da Comunicação Social, em que o PSD aparece “sub-representado”, ou seja, apareceu menos tempo nos ecrãs do que os pressupostos da ERC sugerem.

 

Não me parece possível que a informação da RTP ou de qualquer outra televisão, possa funcionar na base de contagens de tempos de antena para cada um dos partidos, ou então, como diz o JAC, passa-se “a criar notícias e a fazer jornalismo Excel”.

 

Bom senso meus senhores, bom senso!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:09

06
Dez 10

A evocação da tragédia de Camarate, como vem acontecendo todos os anos, juntou neste Sábado muita gente maioritariamente da área de influência do PSD e do CDS.

Mais uma vez, a tentação de fazer ressuscitar a AD (Aliança Democrática), foi tema de conversa e não escapou à primeira página de alguns jornais.

Pedro Passos Coelho e Paulo Portas referiram-se à possibilidade da constituição dum futuro Governo, envolvendo os dois partidos de que são líderes, o PSD e o CDS.

Por todas as razões e mais algumas que não é difícil descobrir, o PS não resistirá ao próximo escrutínio eleitoral. Só não sabemos quando é que este Governo chega ao fim nem quando haverá eleições.

Seja quando for, mantendo-se mais ou menos os atuais pressupostos, a vitória do PSD nas urnas é uma inevitabilidade. A questão que se põe, é se vai sozinho a votos ou se vai coligado com o CDS. Para garantirem à partida uma dinâmica ganhadora, é claro que é vantajoso irem já coligados.

 

Mesmo que assim seja, as motivações de hoje não têm nada a ver com as de 1980. As coisas agora são mais calculistas e, infelizmente, o tabuleiro está cheio de “interesses” para jogar. Sabemos melhor agora que, em 1980, os planos de Sá Carneiro passavam pela possibilidade de abdicar do poder, se Ramalho Eanes ganhasse as presidenciais como realmente veio a acontecer. Duvido que, pelas mesmas razões de carácter, e sendo Primeiro-Ministro, algum político no ativo hoje, tomasse idêntica atitude.

 

Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, podem coligar-se nas próximas eleições para formar Governo, mas… ninguém se iluda, não é a mesma coisa…passaram 30 anos, grande parte deles com má governação e, nem o primeiro é Sá Carneiro nem o outro é Freitas do Amaral ou Adelino Amaro da Costa, e o Arquiteto Ribeiro Telles também já não está no PPM.

 

SBF


04
Dez 10

 

É comum ouvir dizer-se que, se Sá Carneiro não tivesse morrido naquela altura, hoje, não estaríamos neste poço sem fundo.

Podia ter acontecido e com estes pressupostos pode especular-se até onde a imaginação nos levar, mas é impossível saber se teria sido assim, e, os que o dizem, muitas vezes só pretendem justificar as suas fraquezas.

Francisco Sá Carneiro ficará na história do nosso País como Grande português. Quis o destino que a sua vida terrena fosse curta, mas, mesmo assim, deu muito a Portugal e aos portugueses.

Foi na política que se destacou, ainda antes de 25 de Abril de 1974, e estavam criadas todas as condições – quando aconteceu Camarate – para assumir por inteiro a sua parte na recuperação de Portugal em direção à democracia consolidada.

Foi corajoso, quando aceitou o convite de Marcelo Caetano e, com outros adeptos do sistema democrático, assumiu a chamada “Ala Liberal” da União Nacional na antiga Assembleia Nacional. Foi corajoso porque acreditou nas boas intenções do sucessor de Salazar, e também o foi ainda mais quando decidiu bater com a porta, em virtude das promessas “primaveris” do regime, não passarem afinal de um bem preparado embuste.

A sua postura depois de Abril, com a criação do antigo PPD e entrega de corpo e alma à vida política portuguesa, com todos os seus rasgos inconformistas, algumas vezes até contra a sua família partidária, arrastou multidões de apoiantes que nele confiaram e que o acompanharam até à queda do “cessna”, no final da pista no aeroporto de Lisboa, naquele dia 4 de Dezembro de 1980 quando, em mais uma ação da campanha presidencial de Soares Carneiro, se dirigia ao Porto.

 

Morreram todos os ocupantes, entre eles, o Ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, dirigente do CDS.

 

As dúvidas que persistem quanto às causas do desastre, são uma grande mancha negra que paira sobre a polícia de investigação e o sistema judicial português. Finalmente, no primeiro semestre de 2011, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem vai pronunciar-se sobre o “caso Camarate”. No âmbito político, também as inúmeras Comissões de Inquérito Parlamentar nunca resolveram o que há trinta anos é reclamado: A verdade!

 

SBF

(Imagem: Sá Carneiro - Wikipédia)

publicado por voltadoduche às 00:57

30
Out 10

 

O espetáculo, levado hoje à cena por atores do pior que eu já vi, num palco montado num corredor da Assembleia da República, foi deprimente!

 

Grande esforço para colar Cavaco Silva ao “acordo de papel” Governo-PSD! Mas, como os atores são péssimos, acabaram por se denunciar. O representante do PSD, afirmou insistentemente que o acordo foi fechado às 23h19 e até mostrou a fotografia do momento da assinatura, com a hora gravada, no telemóvel.

 

O ridículo por vezes é um exercício difícil, mas, aqui, até pareceu fácil de mais.

 

Ontem, durante o serão, depois de ter sido noticiado pelas televisões, que tinham chegado a acordo, “personalidades de insuspeita grandeza de carácter”, provocaram algum “roído” negando que já houvesse acordo.

 

Todos gostamos de diversão, mas este espetáculo tem custado muitos milhões ao País nestas últimas semanas, e, pelo desprezo que eles demonstram ter pelos cidadãos, a trama vai continuar.

 

SBF

 

(Foto: O Público Online)

publicado por voltadoduche às 18:48

Novembro 2015
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
13
14

15
16
17
18
19
20
21

22
23
24
26
27
28

29


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO