Numa altura em que a defesa dos interesses de Portugal e Espanha, face a uma outra Europa (UE?), deve passar pela uma – cada vez mais – união de esforços, a luta pela empresa “Vivo” no Brasil, prejudica muito as boas relações Ibéricas.
“As dificuldades aguçam o engenho” e é isso que está a acontecer com os inúmeros encontros diplomáticos, de negócios ou simplesmente de cortesia, entre Governos de várias regiões autonómicas de Espanha e alguns municípios portugueses e o Governo português. Nestas reuniões, invariavelmente se trata de defender o desenvolvimento das regiões ibéricas (sem considerar a linha de fronteira Portugal/Espanha), junto das instituições europeias.
Já algumas vezes aqui tenho manifestado a minha pouca simpatia pelo homem José Saramago, pela maneira como intervém publicamente sobre variados assuntos, mas, gosto da sua escrita, e quase sempre tenho um livro dele na linha de leitura. Há dias, e a propósito do tema deste meu escrito, fui buscar à prateleira, “A Jangada de Pedra”. Estou a ler outra vez esta “forçada” união Ibérica de Saramago e, passados vinte e tal anos desde a primeira leitura, descobri-lhe um sabor diferente.
As condições difíceis do presente, especialmente acentuadas nos dois Países, exigem que se reforce a resistência Ibérica de modo a que os “mandantes” (a outra Europa e afins) tenham mais respeito por nós.
SBF
(Gravura: Península Ibérica - Wikipédia)