A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

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Jun 13

 

A afirmação “tudo é e não é”, para além do título do último romance de Manuel Alegre, é uma verdade inquestionável, principalmente quando falamos do “universo” da nossa política partidária. As estrelas maiores dos grupos políticos atuam para plateias cada vez mais indefesas. Fazem-no conscientes que têm de mentir melhor que os papagueadores dos grupos adversários. Do desempenho, depende a vitória ou a derrota nas urnas eleitorais.

 

O grupo que ganha, que mentiu melhor, logo a posse dada começa a fazer o que muito mais interessa ao grupo e à sua clientela deixando rapidamente para trás o prometido (mentido) ao nos palanques da “sofrida” campanha.

 

O grupo que não ganhou a governação, depressa continua ou se readapta aquela cómoda posição de dizer e reivindicar o que nega ou não faz, quando está do outro lado, na mais apetecida cadeira do poder.

 

A formatação destes líderes orgânicos assenta nos mesmos “ensinamentos” (sem princípios), sejam do grupo A, B, ou C sendo que, para atingirem aquele mínimo necessário de “sem vergonhice”, têm de ter muitos anos de treino. 

 

Eles querem que o jogo seja assim – “tudo é e não é“. A vida vai andando, os grupos amanham-se, o amarfanha-se e o País afunda-se.

 

O grande António Aleixo já dizia que algum dia «pode o Povo querer um mundo novo a sério». Quando isso acontecer, não há “formatação” que valha nem descaramento que os safe!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 15:18

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