Em tempo de discussão parlamentar dum novo tratado UE, vem à baila, mais uma vez, a questão do referendo sobre a nossa participação na União (?).
A opção referendária nunca vingou porque a adesão à Europa iria, dizia-se, desenvolver o País e levá-lo à convergência económica com os parceiros mais ricos. Fazermos parte do “clube”, era a garantia de sucesso da nossa democracia.
De facto, essa corrida no sentido convergente aconteceu até início do século XXI mas, a partir daí, estagnamos e, nos últimos dois anos, regredimos quase ao ponto de partida.
Entretanto, a integração europeia do ponto de vista político não avançou e, em muitos aspetos, também andou para trás. Com a crise, destaparam-se as ”guloseimas”. As hesitações no início da questão grega por parte da Alemanha que, com a França de Sarkozy, já se assumia titular do “diretório”, puseram a nu todas as intenções relativamente ao futuro dos periféricos do sul.
A Espanha e a Itália voltam a estar na mira dos especuladores. É necessário que Portugal e os outros parceiros do sul se assumam em aliança e enfrentem os “atacantes”.
A “Jangada de Pedra” pode sempre funcionar.
Silvestre Félix