A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

02
Out 12

 

Há acontecimentos e eventos que, de muito importantes, passam a insignificantes pela repetição e uso sem critério devidamente apurado.

 

Sem pôr em causa a bondade e a justiça da intenção, começar a pedir a demissão do Governo a menos de ano e meio de funções, apoiado por maioria na Assembleia da República, com apoio presidencial e sem manifestar, o próprio, a mínima vontade de o fazer, descredibiliza quem o pede porque não vai corresponder à expectativa criada e banaliza um facto político que, só por si, quando acontece, tem a maior importância para a vida dos portugueses.  

 

Por esta hora, a direção da CGTP, estará a alinhar os pormenores de mais uma greve a que, desacertadamente, insiste em chamar de “geral”. Para muita gente é difícil admitir mas, sem concertarem com a UGT, não tem greve geral. Será sempre parcial e com resultados mínimos. Também neste caso corremos o risco de banalizar o termo – greve geral.

 

Outro exemplo é a moção de censura ao Governo. Neste caso são duas e, para além de mais algum tempo de intervenção política dos proponentes, não vai sair censura ao Governo porque as moções nunca serão aprovadas. Na verdade, a verdadeira censura ao Governo e à generalidade dos políticos instalados, tem sido muito bem feita nas ruas das nossas cidades e, principalmente, no último dia 15 de Setembro.  

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:09

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