A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

30
Ago 12

O chamado “ensino profissional” ministrado nas escolas públicas secundárias como opção, a par, no que respeita à sua valorização na formação geral do aluno, de outras saídas mais teóricas com necessário seguimento no ensino superior, é uma lacuna sobejamente comprovada.

 

Surpreendidos (ou não) ficamos com as notícias que vieram a público sobre a intenção de, como castigo ou condenação, desviar alunos com determinada quantidade de chumbos, para cursos profissionais que existam nas respetivas escolas.

 

Temos então, o que poderia ser uma boa opção de formação, transformada numa “marca” de inferioridade com toda a carga discriminatória para os alunos em questão.

 

Por outro lado, quando o “ensino profissional” devia ser dignificado e servir de verdadeira ferramenta para a formação do aluno, reduzi-lo a uma simples “condenação” merece, pelo menos, um valente chumbo do ministério, do Ministro e do Governo.

 

Silvestre Félix


publicado por voltadoduche às 16:58

Para quem ainda não deu por isso, Angola, parceiro ativo da CPLP e o segundo maior País da comunidade lusófona, fica em África. E, se ainda assim, admitindo alguma descoordenação geográfica, ou com diploma daqueles do “vou ali licenciar-me e já venho”, não estiverem a ver onde fica África, vão ao Google que logo a descobrem.

 

Há portugueses que falam de Angola, das eleições e da campanha eleitoral, como se estivessem a referir-se a um País europeu, mas dos certinhos, porque, a este respeito e comparando com alguns, Angola é um paraíso.

 

Há outros portugueses que falam de Angola, nestes dias, como se ainda, o que dizem, contasse alguma coisa ou como se os angolanos não tivessem o direito de serem empresários, ricos, pobres, remediados, enfim; cidadãos.

 

Duma vez por todas, deixem de lançar lenha para a fogueira e respeitem os angolanos!


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:14

29
Ago 12

Diz hoje Passos Coelho a propósito da RTP que;

 

«[…]não há razão para nenhuma histeria nem para nenhuma mobilização excecional […]».


Ah, não?

 

Qual é o “atestado” que quer passar aos portugueses?

 

Depois de soltar a “lebre” e pôr toda a gente a correr atrás, vem dizer que afinal não há motivos para já se terem gasto horas e horas de emissão televisiva em todos os canais, tinta e mais tinta em todos os jornais e ondas sem fim nos espaços noticiosos das rádios?

 

É preciso ter descaramento!


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:02
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28
Ago 12

A uma semana do início da Cimeira Luso-Brasileira em Brasília, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, adiou-a por razões que, pelo menos publicamente, ainda se desconhecem. O Expresso adiantou que a presidente tomou esta decisão por achar que o evento podia ser prejudicado pelo escândalo “Mensalão”.

 

Uma decisão destas, ainda por cima sendo o País anfitrião a tomá-la, há de ter motivos muito fortes não me parecendo ser o caso do indicado pelo semanário.

 

Esta Cimeira tinha o “valor acrescentado” de coincidir com o início do Ano de Portugal em Brasil que, mesmo assim, terá a sua cerimónia de abertura sem o Primeiro-Ministro, mas, como tudo leva a crer, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.


Em Portugal, ficamos à espera que Dilma se explique.


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:00

O Instituto Camões, organismo responsável pela divulgação e ensino da língua portuguesa no estrangeiro, vai, a partir do próximo ano, cobrar propinas.

 

Não tenho dúvida da insensatez da medida. Numa época em que o português, como língua universal, se traduz no veículo mais eficaz para o desenvolvimento da Lusofonia a todos os níveis, os senhores que estão no poder acham que aplicar uma propina vai resolver a escassez de recursos com que o Estado se debate.  

 

Como em tantas outras decisões, também esta vai ter o efeito “bumerangue”. O simples facto de existir a cobrança de um valor, para cursar português, vai reduzir significativamente as inscrições.

 

Depois, feitas as contas, há de ser o País, mais uma vez, a perder.


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 15:27

27
Ago 12

Bem pode MRS dizer que o “Funcionário” falou com cobertura do ministro que tutela a comunicação social e mais uma quantidade de coisas e que se licenciou na “Lusófona”.

 

A mim não interessa nada disso. A ligeireza com que um “funcionário” fala do futuro do Serviço Público de Televisão é que choca.

 

O assunto, a ser publicitado da forma que o foi, só o Governo o podia fazer.


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:08

24
Ago 12

Impressiona, não tanto pelo conteúdo, porque deste poder pode esperar-se tudo, mas pela facilidade com que um “suposto” funcionário, fala da destruição da RTP.

 

Estes “funcionários”, criados e aperfeiçoados nas melhores “catedrais” do capitalismo sem rosto, têm, onde estão colocados, mais poder que os próprios governos legítimos.

 

Como é que o destino duma instituição como a RTP pode estar a ser traçado por um poder marginal, ilegítimo e ao serviço de interesses que não são os de Portugal e dos portugueses?

 

Como é que o (poderoso) “funcionário” tem a lata de dizer que a taxa paga por nós nas faturas da luz, não acaba com uma eventual concessão do canal 1 e fecho do canal 2?

 

Tudo se resume a; Caro ou barato. Neste País, já não interessa mais nada. Ajustamentos e mais ajustamentos, austeridade e mais austeridade que trás cada vez mais miséria para os que já estão fracos.

 

O fim da televisão pública é das medidas mais escandalosas que um Governo eleito depois do 25 de Abril tomou.


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 15:54
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23
Ago 12

 

A leitura de “O teu rosto será o último” de João Ricardo Pedro, Prémio Leya 2011, foi muito do meu agrado.

 

O livro percorre o nosso tempo desde o 25 de Abril de 1974. O autor construiu a sua narrativa atravessando acontecimentos, para mim, ainda muito presentes. A Guerra Colonial, o próprio 25 de Abril e o retorno dos portugueses que se seguiu, desde as várias Colónias.

 

Dá pulos ao passado dominado pelo Estado Novo que se fez velho cravando a canga da ditadura às costas do povo português. A história da família contada pelo autor, também passa pela resistência anti-fascista, incluindo rusgas da Pide, prisões e consequentes assassinatos. Ainda hoje se pretende branquear muitas situações destas.

 

João Ricardo Pedro nasceu na Reboleira, Amadora, em 1973. É o seu primeiro livro.

 

Foi editado pela “Leya, SA” com 1ª edição em março de 2012.  

 

Silvestre Félix


(Gravura: Capa do livro do site da editora)

publicado por voltadoduche às 16:12

20
Ago 12

Temos muito pouca margem para sermos desligados dos bens materiais. A sociedade a que chamam desenvolvida assenta, acima de tudo, na acumulação de riqueza material – dinheiro, móveis, imóveis, etc., etc.

 

Quem não estiver formatado neste sentido, é marginal.

 

Antes da crise, corria-se atrás do sucesso carreirista buscando remunerações cada vez mais altas ou, e, se por conta própria, negócios cada vez mais lucrativos. Duma maneira ou doutra, o materialismo absorve tudo à volta e não há lugar para a simplicidade do essencial – fica mal perante os colegas e vizinhos e, na escola, os filhos correm o risco de serem gozados pelos outros.


Depois da crise, tudo muda mas o materialismo mantêm-se. Agora, que já se foram as altas remunerações e os chorudos negócios, a procura de dinheiro e dos bens materiais para dar de comer à família tornou-se, em muitos e muitos casos, a única motivação de vida.

 

Ou seja, em tempo de vacas gordas ou magras, não conseguimos deixar de andar atrás dos bens materiais e negligenciamos a saúde espiritual.

 

«A paz e amor numa cabana» dos fantásticos anos 60/70 do século XX, não se conseguiram impor à ganância e frieza do poder que se foi instalando por todo o lado montado na globalização sem rosto.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:47

19
Ago 12

Vou voltar a ver os portugueses amantes de futebol, agarrados ao rádio durante o fim-de-semana para conseguirem seguir os jogos do campeonato.

 

As televisões generalistas deixaram de garantir a transmissão de jogos e, ao “Zé Povinho”, para os acompanharem em direto, só pela rádio.

 

Ainda há de vir aí quem justifique mais esta constatação como exigência da troika.

 

Ver um jogo de futebol em direto pela televisão, também era um direito.


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 23:01

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