O terramoto de 1 de Novembro de 1755 destruiu parte considerável do País e, principalmente, Lisboa. A cidade capital do Império foi arrasada três vezes por outros tantos elementos diferentes; A terra que tremeu e a deitou ao chão, o mar e o rio que a inundou e, que no “reverso”, até os destroços lhe roubou, e o fogo que o resto ardeu e os moribundos asfixiou.
O romance que é histórico, “Quando Lisboa Tremeu” de Domingos Amaral, transporta o leitor para o meio da tragédia que se abateu sobre a cidade e seus habitantes. Tudo foi destruído incluindo a maior parte dos testemunhos históricos de Portugal.
O autor “extrai” algumas personagens que se cruzam naqueles dias a seguir ao terramoto e descreve-nos, duma forma clara, o fanatismo religioso protagonizada pelo repelente padre Malagrida e pela odiada inquisição. Por outro lado e em oposição a um poder real detido pela igreja, dá-nos uma versão, nem sempre positiva, do homem Sebastião José de Carvalho e Melo mas que, no seu papel de ministro e líder numa altura tão dramática, fez sobressair as suas qualidades de Estadista e merecedor dos títulos que o Rei lhe ofereceu. Não tenhamos dúvida que o Marquês de Pombal foi o grande obreiro da recuperação, reorganização e reconstrução de Lisboa.
Domingos Freitas do Amaral nasceu em 1967 na cidade de Lisboa, é escritor, jornalista e diretor da revista GQ.
Adquiri a edição de bolso da BISLEYA de Março de 2012 muito acessível à carteira.
(Gravura: Capa do livro do site da editora)
Silvestre Félix