A grande massa de portugueses conheceu Fernando Assis Pacheco assistindo, em 1977, ao êxito que foi o programa televisivo, “A visita da Cornélia”, apresentado pelo “grande” Raul Solnado.
Nuno Costa Santos escreveu a biografia de Fernando Assis Pacheco que, em tempos, assim se definia: «Sou o FAP, 41 anos, um pasmado sem cura. Tudo me espanta, gramo a vida, quero morrer mais lá para o verão.» O autor chama-lhe “trabalhos e paixões” mas, do género, é do que mais gostei nos últimos tempos. FAP era fascinante. Jornalista e escritor com uma forte marca poética, trabalhou em várias publicações destacando-se, pelo compromisso profissional permanente, nos jornais: “Diário de Lisboa”, “República”, “O Jornal”, “Jornal de Letras” e, até à sua morte, a revista “A Visão”.
Nuno Costa Santos consegue transmitir para o leitor a verdadeira personalidade de Fernando Assis Pacheco com o ritmo certo. Vale a pena ler estes “trabalhos e paixões”. Para os que já conheciam FAP é uma oportunidade de o recordar, para os outros, de o descobrirem.
Nuno Costa Santos é escritor e guionista e tem 37 anos e teve a coragem de levar a cabo esta interessante obra.
É uma edição da “Tinta da China” em Janeiro de 2012.
Silvestre Félix