A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

15
Fev 12

Os espaços noticiosos dos três canais tv generalistas, hoje, à uma da tarde, começaram com diretos à porta do tribunal de Beja a propósito dum crime ocorrido naquela cidade. Os repórteres de serviço lá tentaram dar notícia de “nada”, enchendo chouriços e fazendo entrevistas interessantíssimas aos mirones, as mesmas que já ontem tinham feito, que repetirão ao longo do dia de hoje e que, eventualmente, continuarão a fazer amanhã.

 

Quantos dias mais irão as televisões transmitir, hora a hora, a mesma coisa?


Silvestre Félix 

publicado por voltadoduche às 16:40

Para quê esta renovada luta de alguns setores da nossa sociedade contra o Novo Acordo Ortográfico? A posição retrógrada do novo Presidente do Centro Cultural de Belém está a contribuir muito para isso.

 

Estou convencido que a maioria das pessoas que criticam o AO nunca o viram nem consultaram qualquer uma das inúmeras publicações que compilam as (poucas) novas regras.

 

Por exemplo; O que faz o “c” antes do “t” na palavra “ator”? Se não o pronunciamos para que o escrevemos? É, pura e simplesmente, dispensável. Já o “c” antes do “t” na palavra “facto” continua a escrever-se porque se pronuncia.

 

E dizem-me assim; A eliminação do acento agudo na palavra “para” do verbo “parar” provoca confusão com a preposição “para”. Digo que não porque a palavra estará sempre contextualizada. Se procurarmos bem, conseguiremos encontrar exemplos parecidos antes da aplicação do AO e não é por isso que trocamos os significados nas palavras escritas. Por exemplo; “Vaga” marítima, sinónimo de “onda” e “vaga” de lugar disponível.

 

O AO não contraria a fala e pronúncia atual de portugueses e brasileiros. Respeita e dá mesmo a preferência ao uso da língua admitindo e regulando as diferenças existentes.

 

Antes de embarcarmos em qualquer onda de negação, é importante que nos certifiquemos do que realmente estamos a tratar.

 

Os falantes de português são hoje quase 300 milhões e destes, 290, fora de Portugal.


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 00:22

13
Fev 12

Pela janela daquele terceiro andar, ouvia o barulho da cidade, da maré a subir o Tejo e inalava o agradável e fresco odor da Ribeira.

 

Com os cotovelos no parapeito daquela janela do terceiro andar acompanhava o movimento solar e o lançamento de âncora, bem no meio do mar da palha, do grande petroleiro na fila da doca seca.

 

Daquele andar, terceiro se contado pela do Alecrim e tão alto que a minha janela dava para as águas furtadas do da frente, cheirava a sardinhas que já assavam no carvoeiro da esquina da das Flores com a de S. Paulo.

 

Naquela janela ficava, observava, sentia e adivinhava quem se transportava nos amarelos, nos verdes de dois pisos, nos táxis e nos carros pretos do estado.

 

Da janela do terceiro andar podia contar as peças de roupa que secavam nos estendais e beirais nos telhados dos outros prédios.

 

Eu sei que foi daquela janela que quis ver o mundo. Corri, fui ver e o tempo também correu.

 

Correu e não dei por isso!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 23:44

10
Fev 12

Nestes últimos dias, quase sempre pelas piores razões, as parangonas transcrevem ou reproduzem “bacoradas” bem atestadas de ignorância com proveniência germânica.

 

Mostram, os autores das falas polémicas, que têm uma “branca” total sobre história portuguesa e não fazem ideia que os laços sócio culturais e económicos entre os povos com quem convivemos por esse mundo fora ao longo de seis séculos, estão cada vez mais fortes neste tempo auspicioso para os emergentes.

 

Decerto não conhecem Fernando Pessoa e, também por isso, não podem saber nem perceber o que é ser LUSÓFUNO! Se alguma vez o tivessem lido, entenderiam como nos sentimos em “casa” quando estamos em Angola, Moçambique, Brasil ou em qualquer um dos Países do universo Lusófono.

 

Bernardo Soares, o heterónimo de Pessoa mais parecido com ele e que alguns dizem ser só um semi-heterónimo, ilustra bem e duma maneira muito simples este sentir, quando "escreve":

 

«Minha pátria é a língua portuguesa.»

 

As dúvidas e o desconforto que nos últimos tempos vamos sentindo nesta União (??) Europeia, só podem ser compensadas com o reforço dos caminhos do Atlântico.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:01

09
Fev 12

Todos sabemos que as Forças Armadas Portuguesas, como tantas outras instituições nacionais, precisam que os governantes promovam uma verdadeira e eficaz reforma adequando-as aos novos tempos.

 

O Ministro da Defesa Nacional, antes de acusar subjetivamente as organizações associativas dos militares do que quer que seja, tem de ter em conta que estes cidadãos portugueses são, para além do último reduto da defesa territorial do País, a garantia e salvaguarda da soberania nacional e o grande escudo protetor do Povo português.

 

Antes de se questionarem os Militares pela sua vocação, que se interpelem os políticos pelas ”borradas” que sistematicamente fazem, causando prejuízos irreversíveis ao País e a todos os cidadãos.

 

Preciso de dizer também que não quero por os políticos todos no mesmo saco. Haverá maus e bons como em qualquer setor da nossa sociedade. Temos tido é azar, têm-nos calhado os piores.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:36

08
Fev 12

O descaramento da “patroa” de Berlim não tem limites. Continua na sua senda intrometida como se a Região Autónoma da Madeira fizesse parte dos seus domínios germânicos. Como muito bem disse Carlos César, Presidente do Governo Regional dos Açores, nenhum Chefe de Estado e de Governo de qualquer País da União Europeia pode referir-se, como o fez Angela Merkel, a determinada Região de um outro País membro. Essa prorrogativa pertence à Comissão Europeia.

 

No mínimo, a Chanceler ignorando qualquer ponta de ética diplomática, intrometeu-se em assuntos internos de outro País e, por via disso, devia ser advertida por exemplo, pelo Parlamento Europeu.

 

Ao mesmo tempo, e relativamente aos “fundos Estruturais” a que se referiu a “Senhora” de Berlim, se o Governo da Madeira os aplicou em estradas e túneis, foi porque assim foram aprovados em Bruxelas. Pelo menos a mesma parte de responsabilidade na aplicação do dinheiro, a União Europeia tem. A culpa dos erros cometidos, se os houve, não foi só do Governo Regional

  

Quando e quem consegue por esta “tipa” na ordem?

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:07

07
Fev 12

Às vezes dá a impressão que não basta sermos massacrados com a acelerada degradação das condições de vida. É necessário que nos chamem nomes” também.

 

Os políticos do nosso País não se cansam de nos tratar mal.

 

Aumentam os impostos, reduzem os ordenados, acabam com os subsídios de férias e de Natal, reduzem os feriados, até querem roubar-nos alguma alegria pelo carnaval e depois ainda dizem que somos PIEGAS.

 

Têm todos (os políticos) que voltar à escola. Depois de botarem pela boca fora as “parvoeiras”, desculpam-se dizendo que foram mal interpretados.

 

Primeiro deviam aprender a falar, a escrever, a ler, a serem pessoas, a serem cidadãos exemplares. Só depois de adquirirem estas competências poderiam ser governantes…

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 22:42

06
Fev 12

Era perfeitamente evitável que AJ Seguro dissesse para os ansiosos jornalistas de microfone “em riste” qualquer coisa parecido com:

 

«Há muitos pontos do memorando da troika com que não concordo». 

 

Neste momento está (ele, AJ Seguro) líder do Partido Socialista. Parece não haver dúvidas que, pelo menos neste caso, é sua obrigação honrar os compromissos que o seu partido assumiu, mesmo que tenha sido adversário do seu antecessor. Aqui, para honrar, não basta ser, é também, preciso parecer!

 

Não lhe fica bem dar estas “bocas” como se quisesse dar a entender que com “ele” tudo seria um mar de rosas. 

 

Cuida-te Seguro porque ainda tens muita estrada para andar…

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 22:37

05
Fev 12

Todos os Primeiros-Ministros dão, de vez quando, tiros nos pés. Há estragos que se curam mais depressa que outros e há mesmo alguns, que gangrenam.

   

Há dezanove anos, um outro, que agora mora em Belém, também deu um tiro no pé com a mesma arma – O Carnaval! Nunca mais (o pé) voltou ao que era. Foi com a história da retirada de tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval de 1993 que, o então Primeiro-Ministro começou a curva descendente até perder do poder.

 

Este é o dia em que, no nosso País, mais pessoas saem à rua em festa ao mesmo tempo. São muitas centenas de milhares de portugueses que assistem aos desfiles e participam de norte a sul, nesta tradição pagã multisecular.

 

Do ponto de vista económico a decisão do Governo é absolutamente contraditória com os propalados objetivos. O Carnaval funciona para muitas regiões como autentico “balão” económico. A pequena industria, o turismo e o comércio local revitaliza-se com a preparação e com a realização dos festejos carnavalescos.  

    

Os investimentos das comissões promotoras são, duma forma geral, recuperados e na maior parte dos casos lucrativos. Nãosão estas boas razões para toda a gente estar a protestar? Mesmo sendo alguns correligionários do Primeiro-Ministro? É legítimo que receiem a quebra de receitas. Vai com certeza haver menos gente.

 

Então que fazer agora com todo o planeamento a contar com a tolerância de ponto do dia 14? Na saúde não há consultas, nas escolas há férias, nos tribunais não há julgamentos nem ações de rotina, noutros serviços abertos ao público a programação já conta com esta interrupção, enfim, é tudo contra a “convicta” opinião do Primeiro-Ministro que, desta maneira, deixa que se colem a si, mais uns quantos anticorpos. E não são poucos.

 

Quanto à produtividade, está bom de ver que o efeito é como um “bumerangue”. Com o risco de, na volta, bater na cara do lançador. 

  

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 15:55

03
Fev 12

A sobrevivência dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) devia ser um desígnio nacional.

 

A manutenção dos 600 e tal postos de trabalho diretos e a salvaguarda da economia da cidade e do Concelho, só por si, já seriam razões suficientes mas, igualmente importantes são os compromissos assumidos com encomendas, a necessidade de estabilizar a empresa, recuperando-a, e dando um novo folego à Industria naval portuguesa no caminho da necessidade de crescimento que o País atravessa.

 

O Governo tem aqui uma boa oportunidade para recuperar alguma credibilidade que lhe foge, tratando de resolver por todos os meios a questão do “Atlântida”, rejeitado pelo Governo Regional dos Açores sem que se perceba muito bem como isso foi possível e levantar os ENVC como “isco” (no bom sentido) de recuperação da economia nacional.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:24
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