Seria justo e seríamos mais felizes se nos lembrássemos só das coisas boas da vida. Mas como? A (habitual) injustiça ganharia porque a “taluda” sairia só a quem já tivesse conhecido coisas boas. Os restantes, a quem nunca calhou mais nada a não ser a “fava”, ficariam na mesma, ou seja, infelizes e de bolso vazio.
É um problema de justiça e de memória que, por estes dias, tem andado (a memória) mais curta que o normal.
De facto, muitos eleitores do atual Presidente da República mostraram-se surpreendidos e alguns até indignados (??) com os valores das pensões e outros rendimentos auferidos pelo Professor quando, há menos de um ano, durante a campanha eleitoral para as presidenciais, esta questão foi completamente escrutinada mas que, ainda assim, a maioria dos boletins de voto mereceram uma cruzinha à frente da foto de Aníbal Cavaco Silva.
Uma coisa é a forma atabalhoada como Cavaco tentou “lamentar-se” da eventualidade de não vir a receber os subsídios de férias e Natal do BdP. Outra é, não sendo de maneira nenhuma sua intenção, ter dito ao País que desconhece ou que se está borrifando para a situação de pobreza duma grande parte dos portugueses. Não é a primeira vez que faz afirmações que vão neste sentido e muito provavelmente não será a última. Se é o que pensa ou não, pouco importa, porque, nas funções que desempenha; «não basta ser, é preciso parecer».
Por isso, para quê tanto espalhafato?
Comem todos à mesma mesa sempre bem farta!
Muitos dos que agora clicam no “gosto” de mais uma fotomontagem do “Aníbal pedinte”, não voltam a votar nele porque este é o último mandato.
Silvestre Félix