A dor física atrofia a fiabilidade do espírito e contribui decisivamente para uma má contribuição do organismo humano. O espírito reclama continuamente essa maneira de estar e, aumentando a luta como se bola de neve fosse, tenta virar do avesso o atrofiamento.
A desforra passa pela leitura ficcional em prejuízo da triste realidade que, bem sustentada, parece ter criado raízes para ficar durante muito tempo. A situação é de tal maneira que até arrepia clicar um site de notícias ou ligar a TV. As desgraças vespertinas continuam pela madrugada e, às primeiras horas do dia, novas catástrofes se anunciam que fornecerão as redações de matéria “gostosa” para a demagogia e a especulação.
Mais valia que nos anunciassem de vez que o único caminho é o da desgraça e, assim, a resistência seria justificada com todos os meios encontrados nos compêndios de sábios já idos mesmo nos que tratam da utopia.
Como é que amanhã os trabalhadores vão trabalhar?
Abram alas à estupidez porque, neste “agora”, é o que mais se valoriza!
Sejam altos magistrados na Nação, sejam empedernidos simpatizantes da “velha senhora”, sejam ministros e secretários de estado, sejam “taxistas” (de tacho) das assembleias, sejam todos os velhos do Restelo incluindo os “profissionais” da concertação, sejam…
– Vão à vida!
Não há espírito em corpo “são” que aguente, quanto mais em corpo “dorido”…
Silvestre Félix