A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

30
Set 11

Prende, solta e amanhã, o que acontecerá?

 

Que Juiz ou Juíza estará de serviço?

 

Dá para perceber que, independentemente do homem, no final, cumprir ou não prisão, ontem, foi cometido um erro grosseiro pelo Juiz ou Juíza que mandou prender o Presidente da Câmara Municipal de Oeiras.

Tudo isto ilustra bem como está a Justiça no nosso País e qual o grau de (in)competência de alguns dos seus intervenientes.

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 22:02

29
Set 11

Não vi em direto a entrevista a Cavaco Silva e, às 11h da noite, quando dei conta da gravíssima falha, (??) fiquei preocupadíssimo! Tinha perdido (???) uma oportunidade única de assistir à “magistratura ativa” em ação.

 

Logo me recompus. Os canais de notícias tinham assunto p’ra noite e estavam todos a falar da mesma coisa: A entrevista do professor. Como é hábito, o que disse à Judite de Sousa, não atrasou nem adiantou e as opiniões dos comentadores, variam entre os que são seus apoiantes e os que não são.

 

Hoje, nos jornais e nas rádios, o assunto foi ocupando a manhã informativa e, de tudo o que fui vendo e ouvindo, incluindo alguns resumos da entrevista, destaco três coisas:

 

- Há 2 ou 3 anos, a mesma pessoa e no mesmo cargo, assustou os portugueses com o anúncio duma comunicação ao País com tal formalidade e “intenção” grave, que todos começamos a pôr a imaginação a trabalhar para tentar adivinhar que desgraça tinha acontecido.– “A montanha pariu um rato.” – Cavaco Silva, diretamente do Palácio de Belém, comunicou-nos que não concordava com uma cláusula ou duas (mera questão administrativa) do proposto “Estatuto Autonómico dos Açores”. 

 

Neste ano de 2011, descobriu-se que o Governo PSD da Madeira tinha ocultado (não orçamentada e não escriturada de propósito) durante vários anos uma elevada dívida. Este facto (grave, como tem sido classificado pela generalidade dos intervenientes) tem merecido, da parte da mesma pessoa e no mesmo cargo, quase nada! As poucas referências que tem feito ao “buraco da Madeira”, têm sido condescendentes e contraditórias com a propagandeada “magistratura ativa”.

 

- Disse que vai convocar o Conselho de Estado para ouvir os conselheiros sobre a “incidência da situação política, económica e financeira” em Portugal. Para quê? Que problemas concretos é que já alguma vez foram resolvidos neste Órgão de Soberania?

 

- O Órgão de que é titular Cavaco Silva, precisava, nesta fase da vida portuguesa, de transmitir confiança aos portugueses. Na presença de constantes contradições dos políticos executivos, no Governo ou na oposição, era, mais do nunca importante, uma postura verdadeiramente independente que, falando verdade, fizesse a diferença e em quem pudéssemos acreditar.

  

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:24

28
Set 11

Há pouco ouvi, um daqueles habituais analistas que nos entram pela casa dentro, dizer, mais ou menos;«que a sociedade portuguesa já interiorizou como
normal que os partidos prometam tudo e mais alguma coisa nas campanhas eleitorais e, chegados ao poder, façam exatamente o contrário» (???).

Como é que se deita pela boca fora tamanha asneira?

 

É de facto verdade que a maioria dos dirigentes partidários mentem neste sentido (e noutros) e, por isso, deviam ser penalizados pelos portugueses. Mas dizer que se aceita a “vigarice” como normal, já é demais.

 

Os cidadãos têm direito à indignação e não à conformidade!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:35

27
Set 11

Não há muito tempo que se aborda a questão da descolonização duma forma aberta, sem tabus. Independentemente das opções terem sido as melhores ou piores, adequadas ou desadequadas, em proporção ou desproporcionadas, foram as que foram e passaram à história.

 

Neste mês de Setembro, apareceu nos escaparates mais um livro sobre esta temática de Rita Garcia que, começou na escrita, pela via do jornalismo em 2000. O livro “S.O.S. Angola – Os dias da ponte aérea” tem timbrado essa vertente da profissão da autora. É um excelente trabalho e os testemunhos relatados ilustram uma dura realidade que atingiu muitos milhares de compatriotas. 

 

Já antes, noutros escritos, tenho reconhecido quanto é importante para a minha geração “beber” e sentir o outro lado da descolonização. Eu, militar em
1975, também fui dos milhares que gritaram nas ruas de Lisboa: “Nem mais um soldado p’ras Colónias!”; “nem mais um soldado p’ra Guerra!”; Nem mais um soldado p’ra Angola!”, numa altura em que, do outro lado, lá nas Colónias, os civis portugueses, muitos nascidos já em África, ficaram sozinhos com a história contra eles e, a única alternativa, em desespero, foi conseguirem lugar nas centenas de voos com destino a Lisboa deixando tudo para trás na maior parte dos casos e viajando só com a roupa que tinham vestida.

 

A autora destaca o trabalho de alguns portugueses que, contra tudo e todos, conseguiram pôr a “ponte aérea” a funcionar e, assim, transportar desde Angola até Lisboa em menos de dois meses, cerca de 200 mil pessoas. Nunca antes tinha acontecido uma coisa assim. Ao todo, durante cerca de seis meses, chegaram a Portugal, vindos de todas as (ainda) Colónias, cerca de 600 mil portugueses que, com alguma carga pejorativa, ficaram conhecidos por “Retornados”.

 

Rita Garcia nasceu em Lisboa em 1979, jornalista desde 2000 com vários prémios nessa área e repórter da “Sábado” desde 2005.

 

É uma edição da “Oficina do Livro” com a 1ª neste Setembro de 2011.

 

Silvestre Félix

 

(Gravura: Capa do livro do site da editora)

publicado por voltadoduche às 21:04

26
Set 11

Nesta Segunda-Feira, a digerir mais declarações completamente “descabeladas” da Chanceler Alemã e com as bolsas, já perto do fecho, a meterem mais “verde” do que “vermelho” nos seus indicadores, destaco, pela positiva, um acontecimento que pode ser o prenúncio de muitas mais mudanças no mundo árabe.

 

O Rei da Arábia Saudita anunciou, ontem, que as mulheres sauditas poderão votar e candidatar-se nas próximas eleições municipais. Neste País ultraconservador, até aqui, à mulher, não lhe são reconhecidos nenhuma espécie de direitos. Não pode fazer nada sem autorização do marido, nem conduzir.

 

Esta abertura, a que não será alheio o que vem acontecendo noutros países da região, é uma autêntica revolução.

 

Veremos os episódios seguintes.

 

Silvestre Félix

 

publicado por voltadoduche às 15:42

25
Set 11

Neste mundo globalizado, onde as torneiras noticiosas jorram umas e outras, boas (poucas), más ou assim-assim, fornecendo material que, por muito que
seja, nunca consegue saciar a sede dos fazedores de opinião, consegui reter no filtro que lhe apliquei, um acontecimento que, para mim, marca pela positiva estes dias que se preparam para encolherem e arrefecerem, juntando-se aos outros castigos que os inteligentes já prepararam para todos nós.

 

O adeus à tourada na Catalunha, embora tenha motivações políticas, não deixa de ser uma vitória para os que defendem o seu fim em toda a Espanha. Será que estamos perante o início desse fim? A ver vamos o que vai acontecer no resto do País.

 

Cá por mim, também não gosto de ver o animal ser repetidamente espetado como se de um alvo se tratasse. É um ser vivo que sofre e que não provocou ninguém para que o tratem tão mal assim.

Silvestre Félix
publicado por voltadoduche às 19:24

24
Set 11

O Outono veio e o Verão foi!

Este caminho para o final de Setembro é feito na companhia do cair das folhas e de dias cada vez mais pequenos. É o regresso do tempo melancólico. São três ou quatro meses de cinzentismo absoluto.

  

Percorro as notícias de lés a lés e não encontro nada que justifique uma ponta de entusiasmo ou alegria. Gastam os tempos de antena com todo o tipo de superficialidades que angustiam a já pouca boa vontade interpretativa que nos resta.

 

Temos pressa na passagem desta ponte para o rejuvenescimento da Primavera.

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 21:30

22
Set 11

Ainda não vi a atual grande estrela de audiências da nossa TV, mas hei-de espreitar, nem que seja só para “descobriros segredos da casa.

 

Bem sei que a programação das “generalistas” não dá grandes hipóteses mas, melhor que o pior “lixo”, sempre se conseguirá.

 

Estava crente que os portugueses já se tinham curado da euforia dos “big brother’s”, mas não, continua tudo na mesma e até os apresentadores circulam e voltam sempre aos mesmos.

 

Se calhar merecemos isto e tudo o mais que nos acontece… 

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:53

Há dias, foram chamadas de primeira página de jornais, abriram os principais espaços noticiosos das televisões, destacaram-se nas notícias online, enfim, foram divulgadas e ampliadas até à exaustão, quatro palavras proferidas pelo chairman (patrão) dum dos maiores grupos de distribuição nacionais.

 

«Estamos falidos, resta-nos trabalhar»

 

Estas são as palavras cheias de conteúdo (??) que foram ditas, ouvidas e amplificadas, como se tivessem uma poção milagreira para curar todos os nossos
males.

 

A forma como se diz: – NADA e, mesmo assim, se arrasta um batalhão de jornalistas e repórteres famintos de “qualquer coisa”, é assustador!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:50

21
Set 11

Sempre me pareceu que a Regionalização seria um bom caminho para um desenvolvimento integrado do nosso País. Com o advento da crise e a cada vez mais escassez de meios, principalmente os financeiros, a implementação duma reforma administrativa do território como há décadas se discutia, fica sem sentido.

 

Ainda assim, acho vantajoso, mesmo numa perspetiva economicista, descobrir e capitalizar todo o tipo de sinergias regionais, envolvendo grupos de municípios de forma a criar bolsas decisórias com poder legitimado e reforçado.  

 

Há muito que os portugueses conhecem o Presidente do Governo Regional da Madeira. Se dúvidas houvesse, os últimos acontecimentos e os nomes que este, nestes dias, tem chamado aos portugueses do continente, aos de Lisboa e ao Estado Português, como se ele fosse doutro planeta, todos ficaríamos esclarecidos.

 

Claro que nem toda a gente se comporta como este senhor e sua pandilha mas, nestes tempos e congelando para mim a ideia da Regionalização, acho que não devemos correr o risco de entregar outras regiões do País a um qualquer clone do da Madeira.

 

Deixa-te estar sossegada Regionalização!

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:06

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