Estamos todos “carecas” de saber que há muito devia ter sido atualizada a divisão administrativa do território e que, no fim, subsistiriam muito menos dos 308 municípios e 4259 freguesias que existem neste momento. Ao mesmo tempo a “figura” do Governo Civil também teria desaparecido.
É uma das grandes tarefas a que o regime nunca deu resposta. Até um referendo já se fez a propósito da regionalização, preâmbulo duma verdadeira reforma administrativa mas, da forma como foi feito, mais parecia que única intenção era não lhe dar seguimento e foi o que aconteceu.
Em mais de trinta anos, os partidos políticos portugueses da zona de governação, foram sustentando e sustentando-se da velha divisão administrativa e nunca quiseram resolver o problema.
Como em tantas outras coisas, foi preciso virem os da Troika para, à pressa e tendo como única preocupação o plano de austeridade, fazermos o que deveríamos ter feito bem, com calma, e há muito tempo.
Silvestre Félix