A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

07
Abr 11

Os nossos políticos da zona (não gosto do arco) do poder estão contentes!

 

Os banqueiros suspiram de alívio. Mais uma vez conseguiram, numa engrenagem bem oleada com o BCE e o seu chefe Trichet e mais o nosso esvaziado BdP, encostar o poder político à parede e obrigá-lo a fazer exatamente o que queriam.

 

Finalmente todos de acordo!

 

Uns cantam vitória porque a água correu para os seus moinhos e porque têm linha aberta ao “inteligente”.Os outros, conformam-se corajosos e esperançados num bom resultado nas próximas eleições.

 

E nós… os que pagam, os que ouvem, os que votam, os que contam o dinheiro todos os dias do mês, os que não têm trabalho… O que devemos fazer?

 

O que devemos fazer a uma classe política que, ignorando o País e os portugueses, vai utilizando as peças do tabuleiro ao corrente dos seus interesses?

 

As respostas ainda não foram dadas mas eu não tenho dúvidas que, mais tarde ou mais cedo, e sem se perceber muito bem como, os portugueses vão cobrar todos os sacrifícios que estão, e vão continuar a fazer.

 

Era bom que em 5 de Junho lhes fosse mostrado um cartão vermelho mas, se calhar, nem um amarelo e tudo ficará na mesma e eles continuarão a falar, a discursar e a enganar.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:30
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06
Abr 11

 

Mesmo fartos do tema, esta noite, uma grande parte dos portugueses estão à frente dos televisores tentando perceber tudo o que nos vai acontecer.

 

Finalmente, e a contento de muito boa (?) gente, Sócrates teve que estender a mão a Bruxelas.

 

Ironia das ironias, mesmo demissionário, o Primeiro-Ministro não se safou de ter que ser ele a fazer o que todos os outros queriam.

 

Uma coisa já nós descobrimos porque nos ferrou

 

– Um dos tentáculos do polvo!

 

Onde estará a cabeça?

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 21:56
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05
Abr 11

 

Em 2008, com o estalar da crise financeira internacional, o Estado português correu em auxílio dos banqueiros para que não caíssem como um baralho de cartas.

 

O Estado nacionalizou o BPN, assumiu responsabilidades no BPP e avalisou o universo bancário nacional num valor total de 20 mil milhões de euros. Os custos destas operações estão a ser faturados e quem os pagará são os do costume – O Zé-Povinho!

 

Agora, com pressões de todos os lados, e com as dedadas certeiras dos “mercados” agiotas, o que fazem os mesmos banqueiros que o Estado há pouco mais de 2 anos salvou do colapso? Tira rapidamente todos os tapetes e junta-se ao coro de “inteligentes” para que o Estado vá pedir dinheiro a outros – Para financiamento do Estado, nem mais um tostão, dizem os tais banqueiros.

 

Os bancos continuam a ter muitos milhões de lucro, pagam menos impostos que os outros setores, e, quando toca a mostrarem a cor da camisola, assobiam pró lado.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 21:54
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04
Abr 11

 

 

«Senhores, estamos aqui em nome da Liberdade. É em nome da Liberdade que não faremos justiça por nossas próprias mãos. As pessoas por quem esperam devem abandonar este local em inteira segurança, a fim de serem julgados.» (1)

 

Gritou o Capitão Salgueiro Maia, duma das janelas do Quartel do Carmo, de megafone na mão.

 

Era cerca das seis da tarde de 25 de Abril de 1974, o Largo do Carmo a abarrotar de gente que reclama, aos gritos, que lhes seja entregue Marcelo Caetano.

 

A sabedoria e o bom senso de Salgueiro Maia foram fundamentais para o sucesso desta hora crucial da revolução dos cravos – A rendição de Marcelo Caetano!

 

O Capitão Salgueiro Maia, que encarnou o espírito mais verdadeiro do 25 de Abril, morreu no dia 4 de Abril de 1992, faz hoje 19 anos.

 

Silvestre Félix

 

 

(Nota (1): Extraído do livro “O Dia inicial” de Otelo Saraiva de Carvalho)


03
Abr 11

Pela abordagem de inúmeros fatos reais, embora encaixados na trama ficcionada que José Rodrigues dos Santos construiu, pela reflexão e interpretação que as principais personagens dão aos acontecimentos, pela caracterização que faz da sociedade portuguesa e dos portugueses em Portugal e nas Colónias, pela descrição de tantas contradições na atuação no terreno dos vários ramos das Forças Armadas e, dentro destas, sendo tropas especiais ou não, por tudo isto e com certeza por muito mais, este romance é um autêntico documento histórico.

 

Li todos os romances de José Rodrigues dos Santos e identifico-me muito com a sua escrita. Tal como já aconteceu com a “Filha do Capitão”, inspirado na experiência contada e recontada de seu Avô paterno que tinha participado na Guerra de 1914-1918, também no “Anjo Branco” se inspirou num familiar e aqui, muito mais perto, no seu próprio Pai. Ele próprio terá convivido com parte do ambiente à época. Decerto resguardado dos acontecimentos, mas, revisitando esses tempo, naturalmente reconstituiu na memória alguns fatos.

 

A denúncia do massacre de "Wiriyamu", que precedeu a famosa visita de Marcelo Caetano à Inglaterra onde até tomates podres lhe atiraram, que os da minha idade ou mais velhos se lembrarão, foi um tempo de muita pressão internacional sobre o regime da ditadura em Portugal. No romance está bem demonstrada a sanguinária conceção de guerra que as tropas especiais de Comandos tinham. Eles eram um dos lados negativos da presença colonial portuguesa em África. Também havia lados bons. Como o “Anjo Branco” outros houve que contribuíram honestamente para o bem-estar e melhoria das condições de vida de Moçambicanos, de Angolanos, Guineenses e todos os povos colonizados pelos portugueses.

 

A edição é da “Gradiva” e a primeira em Outubro de 2010. O título tem estado estes meses todos no “top ten” de vendas, passando pelo primeiro lugar muitas semanas.

 

Silvestre Félix


02
Abr 11

Rever amigos conforta-nos a alma!

 

Estar com amigos lembra-nos a vida e dá-nos esperança para o que aí vem.

 

Ao contrário do que se possa pensar, os amigos não são o passado.

 

Estivemos com eles no passado e foi com eles que aprendemos tudo para vivermos o presente e encontrarmos os caminhos certos do futuro.

 

Conviver com os amigos é como oxigenar o nosso sangue.

 

Obrigado, amigos!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 23:55
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01
Abr 11

Cá pelo “burgo”, pelo menos de dois em dois dias, lançam (nunca se sabe muito bem quem) uma máxima que deve ser noticiada e partilhada até à exaustão.

 

A que está na onda desde ontem é – Pode ou não pode, o Governo, pedir “ajuda” (?) externa, que é como quem diz, mandar vir o FMI?

 

Como disse ontem, os “profetas da desgraça”, os “aprendizes” e os “inteligentes” estão mais que contentes. Com juros a chegarem aos dez por cento, a coisa torna-se cada vez mais difícil aguentar e, finalmente, começa a abrir-se aquela “janela” que, pelo menos há um ano, andam a puxar.

 

É bom lembrar que, no espaço de quinze dias, os juros pedidos pelos mercados agiotas, subiram em média mais ou menos 4 pontos e os níveis das agências de cotação, cortados em 3 ou 4 degraus. Bom trabalho para quem nos quer enterrar, incluindo os cá de dentro.

 

Em consequência do defeito da Constituição neste caso concreto, não interessa agora passar os dias a discutir quem é que tem competência para formalizar a “ajuda” (?). Este ping-pong é a continuação da imagem degradante que os nossos políticos continuam a transmitir interna e externamente. O único Órgão político eleito e em plenas funções é o Presidente da República, portanto, Cavaco Silva não se pode pôr de fora. Qualquer necessidade de compromisso institucional tem de passar por ele.

 

É muito importante que numa próxima revisão constitucional, o artigo que fala das competências dum Governo de gestão, passe a ser explícito no que respeita a meia – dúzia de situações, para que não volte a surgir a dúvida que, aliás, já não é a primeira vez.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 18:16
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