A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

17
Abr 11

Disse hoje o antigo Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, que «Estamos mais centrados no dinheiro do que nas pessoas».

 

Evidentemente que se referia à sociedade Norte-Americana mas, infelizmente, é um mal global. Na Europa então, nos últimos anos, as preocupações sociais da maioria dos Países desde o final da Segunda Guerra Mundial, foram dando lugar a políticas neo-liberais e economicistas acima de tudo. Hoje, é esta a orientação da União (?) Europeia.

 

As preocupações sociais deixaram a agenda e, pior do que isso, o desenvolvimento comunitário também saiu do alinhamento das prioridades dando lugar à obtenção do lucro fácil, na mais perfeita prática agiota, através dos grandes bancos, principalmente alemães, holandeses e franceses.

 

Os atuais dirigentes da Europa traíram os seus cidadãos e, a consequência desta conduta, é o desmoronamento da União (?), tal como a conhecemos hoje.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 19:25

16
Abr 11

 

Quem havia de dizer que ainda iríamos ter o FMI por amigo?

 

As versões que têm vindo a público sobre os juros que Portugal vai pagar pelo empréstimo UE-FMI, denunciam a gulosice dos nossos parceiros de Bruxelas em quererem cobrar a 5%, inviabilizando uma recuperação rápida da nossa economia, contrastando com a taxa de 3,5% proposta pelo FMI. Acha, esta última organização, que as más experiências com os programas da Grécia e da Irlanda, impõem que se corrija a orientação no de Portugal, no que respeita aos juros e ao prazo de maturidade, para que as coisas corram bem e a economia portuguesa comece a crescer a partir de 2012.

 

Isto só confirma o que já vai sendo dito por muitos observadores, economistas independentes e também pelo próprio FMI – A União Europeia não está a tomar as medidas corretas para ultrapassar a crise das dívidas soberanas.

 

O pior de tudo isto – É que, no meio, estão os mexilhões!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 21:58
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15
Abr 11

Não nos resolve problema nenhum, nem altera nada do que de mau nos aconteceu mas, não deixa de ser irónico, que venha o Diretor do FMI, sigla que aprendemos a detestar, afirmar que a União Europeia assim não vai lá!

 

Diz Strauss-Khan, a propósito da atual crise, que a Europa «Precisa de ter um plano mais abrangente», acrescenta ainda que «A abordagem fragmentada de lidar um dia com taxas de juro e outro dia com outra coisa qualquer não está a funcionar».

 

Quer dizer, o próprio FMI denuncia a bagunça que vai andando pelos corredores do poder (?) Europeu. Tudo anda ao saber dos interesses e desejos momentâneos do “diretório”. Não interessa nada o coletivo.

 

Os portugueses, independentemente dos dias difíceis que aí vêm com as regras rígidas para garantir o empréstimo, têm de tratar da sua vida e ajudar a cortar a cabeça do polvo. Temos que adotar algumas máximas e levá-las a sério:

 

Consumir nacional, sempre!

 

Esta regra, que tem de ser pessoal e de cidadania. Abrirá caminho ao aumento de produção na agricultura, com destaque para os sub – sectores da pecuária, hortícolas, fruta e cereais. As pescas podem recuperar da letargia a que as políticas aplicadas nas últimas décadas a puseram, bastando para isso que, quando formos comprar peixe, nos habituemos a olhar para a origem do produto.

 

Se cada um de nós tiver a atitude certa, o País andará para a frente, o desemprego diminuirá e ninguém nos pode acusar de protecionismo contrário às diretivas de Bruxelas.

 

Ainda com a mesma determinação patriótica (excluindo o polémico da expressão), é necessário redimensionar, numa perspectiva de desígnio, o relacionamento em todas as áreas com os nossos parceiros da Lusofonia. Esta atitude nacional deverá passar a ser uma, ou melhor, a prioridade!

 

Nunca fui euro-cético, mas estou muito descrente no futuro da União Europeia tal como está e, dum momento para o outro tudo pode desmoronar. Temos de estar prevenidos.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:38

14
Abr 11

Otelo Saraiva de Carvalho declarou ontem à Lusa;

 

«…que hoje em dia não faria a revolução, se soubesse que o país iria estar no estado em que está.»

 

Não concordo em absoluto com uma afirmação deste tipo. Tenho grande admiração por Otelo e ainda hoje acabei de ler o seu último livro que me enriqueceu o conhecimento sobre o que se passou naquele dia 25 de Abril de 1974.

 

A Revolução dos Cravos, que Otelo coordenou em termos operacionais, alterou muita coisa que não tem rigorosamente nada a ver com a situação económica e financeira que hoje se vive em Portugal Fim da Guerra Colonial, final do império com a independência das colónias e fim da opressão e domínio de outros povos, desmantelamento do Estado fascista com o fim da censura e polícia política, instauração das liberdades individuais e coletivas e institucionalização do Estado democrático em todas as suas vertentes, etc., etc.

 

Otelo Saraiva de Carvalho sempre nos foi habituando, nestes 37 anos, a alguns “pronúncios” polémicos. O seu voluntarismo e a sua espontaneidade têm sido suficientes para desculpar uma ou outra “tirada” mais a despropósito, mas esta é de “bradar aos céus”. Ainda assim, Otelo tem de continuar a ser polémico senão deixa de ser autêntico. Com certeza foi levado pela revolta, que é comum a grande parte dos portugueses neste momento, mas, relendo as suas próprias declarações, já terá concluído que não era bem aquilo que queria dizer.

 

Um destes dias falarei aqui do seu livro “O Dia Inicial”, que vem mesmo a calhar neste mês de Abril.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 22:20

13
Abr 11

Os “inteligentes” fazem questão de aumentar e medo e a ansiedade dos portugueses.

 

Quanto maior for a pressão, mais dobrados nós ficamos e muito mais fácil é fazerem o que muito bem querem para oferecer o sustento ao polvo que, de tanto “labardanas” que é, a engordar assim, qualquer dia não consegue sair da toca e, aí, arrisca-se a ficar preso na própria cela que construiu.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 22:10
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12
Abr 11

Afinal, soube-se ontem, na véspera da apresentação do PEC chamado IV em Bruxelas, foi servido em São Bento o “chá das cinco” ao líder do PSD e ao Primeiro-Ministro. As torradinhas parece que estavam um bocado queimadas, mas o chá preto era muito bom e, de açúcar, tinha pouca quantidade, para não tornar a conversa muito adocicada.

 

Não acordaram nada, a não ser, esconderem a realização do saboroso lanche, porque senão, duma hora para a outra, confundiam a residência do Primeiro-Ministro com um moderno salão de chá e não havia “bicho-careto” que não fosse lá pousar.

 

Ninguém fica bem no filme. Mamam o chá e as torradas e nós ficamos a chuchar no dedo. Como se fosse pouco, ainda vêm no dia seguinte dizer que não comeram nada e que, por isso, nós é que vamos ter de pagar a conta.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:33
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11
Abr 11

 

O resultado do referendo realizado no passado sábado na Islândia está a assustar o mundo da finança agiota e especulativa.

 

Os cidadãos islandeses recusaram pagar ao Reino Unido e Holanda quase 4 mil milhões de euros resultante da falência dum banco que operava naquele País até à crise de 2008. Dizem os islandeses que a responsabilidade é dos antigos acionistas do banco, que vão atrás deles em vez de quererem sugar ainda mais os cidadãos que trabalhar.

 

O universo da comunicação social não tem dado grande destaque a esta vitória do povo islandês, porque, diga-se, uma grande parcela das empresas detentoras de grandes antenas de TV’s e rádios, grandes jornais e revistas, estão na mão de grandes grupos financeiros e, uma notícia destas não interessa que seja divulgada.

 

O povo islandês e as suas instituições, incluindo a presidência da República, deram um exemplo de cidadania e democracia, e, ao mesmo tempo, deram um murro no “estômago” do polvo que governa o mundo.

 

Ao contrário do que muitos querem, a «INDIGNAÇÃO» não deve ser riscada dos dicionários, antes pelo contrário, bem sublinhada e sempre em maiúsculas!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:49

10
Abr 11

Quando se faz da independência partidária uma bandeira como o Dr. Fernando Nobre fez durante a última campanha presidencial, é difícil compreender que aceite liderar a lista de Lisboa de um dos maiores partidos portugueses. É o PSD mas podia ser (este podia é empregue convictamente, porque, pelos vistos, aceitaria oferta idêntica de outros) o PS ou qualquer outro, não é isso que interessa. O que importa destacar agora é que não pode mais discursar naquela onda de rigor de cidadania, denunciando o espartilho dos partidos e dos interesses associados. Agora vai passar a fazer parte duma família partidária (mesmo não sendo filiado, por enquanto) e, aos olhos dos portugueses vai ser mais um político com toda a carga negativa que antes lhe atribuía.

 

Do ponto de vista partidário e no que respeita às ambições dos respetivos boys, a decisão trará alguns problemas a Pedro Passos Coelho que, só serão amenizados se o resultado eleitoral for francamente bom. A notícia é apresentada como grande trunfo e vão ser necessários alguns dias para perceber se se confirma esta intenção.

 

Dos apoiantes presidenciais de Fernando Nobre já dá para perceber que há muitos desiludidos e os votos conseguidos em Janeiro podem não ter qualquer influência nas opções a 5 de Junho.

 

Os partidos portugueses, para além de todas as vicissitudes, ainda conseguem aliciar muita gente para se debater pelos seus interesses.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 21:41

09
Abr 11

Os nossos responsáveis políticos continuam a dar provas de uma mediocridade que já todos sabíamos terem. Quando as baboseiras são cá dentro, ainda é “como o outro”, agora lá fora, ou quando envolvem instituições onde começamos a bater à porta de mão estendida, já é demais.

 

Ontem, na Hungria, sobre o pedido de ajuda (?) externa, o Ministro das Finanças Teixeira dos Santos, em declarações aos jornalistas, teve o despropósito de afirmar que a Comissão - Europeia não ia negociar o pacote com o Governo porque está em gestão, blá, blá…, etc., mas sim com os partidos da oposição e com o Presidente da República. Não estou a citar, mas terá sido esta a ideia. Completamente estapafúrdia a fala de Teixeira dos Santos. Já antes, não era o Governo de gestão que ia pedir a ajuda (?), mas depois, foi. Agora, não vai querer liderar as negociações, mas vai ter que ser. Alguém está a ver a CE a bater à porta de todos os partidos portugueses para negociar o pacote, enquanto o Governo e o Presidente estão sentadinhos nos seus gabinetes à espera de novidades?

 

Hoje foi a vez de Cavaco Silva dar sentido aquela máxima: “Pior a emenda que o soneto”. Também na Hungria, respondendo a jornalistas, colocou-se à margem de qualquer negociação. Sabemos que a Presidência não tem os meios técnicos para conduzir uma negociação técnica mas, aquilo que se pretende deste ou de qualquer outro Presidente, é a sua mediação, o seu poder de influência, o seu sentido de imparcialidade na defesa dos portugueses nem que seja com um “murro” na mesa. Ora, não é com respostas como a que hoje deu, que ajuda a mobilizar as, já de si, medíocres e esfrangalhadas instituições partidárias nacionais e que transmite confiança aos portugueses e às instituições europeias a quem fomos – bem ou mal – bater à porta.

 

Continuamos bem… mal!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 18:22
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08
Abr 11

Eu sou daqueles que acham que o Presidente da República não está isento de culpas na atual situação do País. Por acaso até, em “dois carrinhos”.

 

Primeiro “carrinho”: Alguns dos problemas estruturais do nosso sistema, nasceram no tempo em que Cavaco Silva era Primeiro-Ministro.

 

Segundo “carrinho”: Enquanto Presidente da República, falou de coisas despropositadas e em alturas inconvenientes, deixando o essencial e bem assente nos seus poderes Constitucionais, para o Parlamento ou, pura e simplesmente, pairando qualquer coisa sobre as nossas cabeças como nuvens negras.

 

Na verdade, a partir de certa altura, com a sua inação, Cavaco Silva despejou a função de qualquer utilidade, tendo optado pela oposição frontal ao Governo, materializada naquele célebre discurso de tomada de posse.

 

A inutilidade da sua função foi mais clara com o intencional silêncio e afastamento aquando da apresentação do PEC (chamado 4). Aqui, deveria ter assumido um papel pró-ativo promovendo entendimentos que levassem à aprovação das medidas de austeridade propostas, decerto menos penalizantes do que as, que aí vêm.

 

Já corre por aí nalguns meios, que a função presidencial vai ser posta à prova nos próximos tempos. Os poderes do Presidente podem ser mexidos na próxima revisão constitucional. Menos ou mais poderes, mais ou menos presidencialismo ou mais Parlamento? De uma coisa tenho a certeza, para ter um Presidente da República como este, não é necessário ser eleito por voto secreto e universal.

 

Entretanto há muito boa gente a criar demasiadas expectativas na ação presidencial pós-eleitoral. Eu acho que, mais uma vez, vai atirar o ónus para o Parlamento e continuará a mandar “recados”.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:55

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