A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

09
Abr 11

Os nossos responsáveis políticos continuam a dar provas de uma mediocridade que já todos sabíamos terem. Quando as baboseiras são cá dentro, ainda é “como o outro”, agora lá fora, ou quando envolvem instituições onde começamos a bater à porta de mão estendida, já é demais.

 

Ontem, na Hungria, sobre o pedido de ajuda (?) externa, o Ministro das Finanças Teixeira dos Santos, em declarações aos jornalistas, teve o despropósito de afirmar que a Comissão - Europeia não ia negociar o pacote com o Governo porque está em gestão, blá, blá…, etc., mas sim com os partidos da oposição e com o Presidente da República. Não estou a citar, mas terá sido esta a ideia. Completamente estapafúrdia a fala de Teixeira dos Santos. Já antes, não era o Governo de gestão que ia pedir a ajuda (?), mas depois, foi. Agora, não vai querer liderar as negociações, mas vai ter que ser. Alguém está a ver a CE a bater à porta de todos os partidos portugueses para negociar o pacote, enquanto o Governo e o Presidente estão sentadinhos nos seus gabinetes à espera de novidades?

 

Hoje foi a vez de Cavaco Silva dar sentido aquela máxima: “Pior a emenda que o soneto”. Também na Hungria, respondendo a jornalistas, colocou-se à margem de qualquer negociação. Sabemos que a Presidência não tem os meios técnicos para conduzir uma negociação técnica mas, aquilo que se pretende deste ou de qualquer outro Presidente, é a sua mediação, o seu poder de influência, o seu sentido de imparcialidade na defesa dos portugueses nem que seja com um “murro” na mesa. Ora, não é com respostas como a que hoje deu, que ajuda a mobilizar as, já de si, medíocres e esfrangalhadas instituições partidárias nacionais e que transmite confiança aos portugueses e às instituições europeias a quem fomos – bem ou mal – bater à porta.

 

Continuamos bem… mal!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 18:22
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