A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

31
Mar 11

Nestes dias em que nos obrigam a comer doses sucessivas de intervenções dos “inteligentes”, de Divida Soberana, de Deficit, de Juros e sei lá mais o quê, desde que seja mau, foi um balão de oxigénio ter a oportunidade de ouvir pequeninas passagens dos discursos de Lula da Silva.

 

As nossas televisões deram bem mais destaque à visita do Príncipe Carlos e à da Cornualha do que à do Ex-Presidente Lula e à atual Presidenta Dilma.

 

No entanto tiveram sempre o cuidado de transmitir aqueles momentos únicos de televisão:

 

Sempre que o repórter conseguia chegar perto de um dos dois visitantes, mesmo que já tivessem perguntado dez vezes, lá vinha a sacramental pergunta. «O Brasil vai comprar dívida portuguesa?» Triste espetáculo! Parece ser a única coisa que interessa às nossas televisões.

 

Esta dupla visita, na comunicação social portuguesa, devia ter sido destacada pelo simbolismo histórico e de realidade fraternal que une Portugal e o Brasil e, por sua vez, ao restante mundo Lusófono.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 12:11

Alguma imprensa estrangeira, fazendo coro com tudo o que são as redes financeiras universais, vai contribuindo para o ataque cerrado ao EURO que, nesta fase, corre através da perspectiva do resgate de Portugal. Esta ação consertada acontece, principalmente, em jornais e revistas anglófonas, tanto Ingleses como Americanos. Alguns jornais foram buscar as imagens de Portugal dos anos sessenta do século XX, para ilustrar notícias que vão transmitindo. A Inglaterra não faz parte da zona euro e, nos USA, quem manda é o dólar. Por outro lado, todas as agências de notação financeira, lobys e carteis ligados ao grande capital, são Americanas. Ou seja, as “Sedes” dos tais “mercados” são New York e Londres.

 

 Como é costume, os nossos “profetas da desgraça” estão cada vez mais contentes e não perdem nenhuma oportunidade para voltar a dar destaque a todo o tipo de estatística negativa para Portugal. As positivas não interessam.

 

O que me angustia é que, sem Governo nos próximos 3 meses tudo pode piorar.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 12:09
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30
Mar 11

 

É um gosto ouvir Lula da Silva.

 

Informalmente, respondendo a jornalistas, ou discursando e abordando temos com lógica e com pertinência.

 

Dizia ontem na tribuna da sala do Senado, onde recebeu o prémio norte-sul atribuído pelo Conselho da Europa, que a composição do Conselho de Segurança reflete a realidade de meados do século XX e já não nada a ver com o mundo atual. Não há verdade mais verdadeira. Como é possível que este órgão mantenha membros permanentes que correspondem às potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial?

 

Também gostei de o ouvir dizer, mais de uma vez, que o FMI nunca resolveu e não é agora que vai resolver os problemas de algum País.

 

E digo eu – Resolve e garante no terreno o lucro agiota das redes financeiras universais que se escondem atrás da virtual designação de “mercados”.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 01:28

28
Mar 11

 

Há dias em que tenho a sensação de que fomos invadidos por um exército de tesouras.

 

Sim! Tesouras !!!!

 

Ontem veio uma e cortou um nível nas empresas tais, tais e tais… Hoje veio outra e cortou nos bancos a, b, c, d… Amanhã há-de vir outra para cortar na dívida soberana.

 

E assim vamos sustentando a nossa indignação e aumentando a ferida patriótica.

 

Os parceiros (?) da UE estão sempre de acordo com as medidas propostas e, em todos os encontros, dão muitas palmadinhas nas costas.

 

No dia seguinte fazem as contas com outro lápis. Ouvem os conselheiros económicos para ver quanto aumentaram os lucros com os juros das dívidas soberanas, chamam os diplomatas dos negócios estrangeiros para acertarem a estratégia de bloqueio das investidas comerciais dos periféricos e ainda se dão ao luxo de criticarem publicamente Órgãos de Soberania de outros membros da (des) União, que, só por mero acaso, também são periféricos.

 

O que mais me chateia é que nós criamos todas as condições para alojarmos este exército e outros parecidos. E, mesmo assim, para que não lhes falte nada, todos os dias nos encarregamos de lhes fornecer, ao vivo e em direto, todo o tipo de argumentos para que as tesouras mantenham a operacionalidade.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:28
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27
Mar 11

As últimas notícias sobre a “lama” do processo “Casa Pia” ilustra bem como podemos confiar no aparelho judiciário.

 

Os depoimentos antes considerados testemunhos fundamentais são agora desmentidos e substituídos por versões completamente contraditórias, deitando por terra toda a construção da acusação.

 

Se do ponto de vista teórico, todos os depoimentos (anteriores e atuais) podem ser verdadeiros ou falsos, então, em que se baseou o tribunal para chegar às condenações?

 

Eu não acredito mais nuns do que outros e nunca alinhei em movimentos a favor deste, ou contra outro. Deixei-me sempre aberto às conclusões da justiça porque, por uma questão de princípio, acho(ava) que é(ra) o certo!

 

Neste momento, considerando a criticável atitude das instituições que se pronunciam em nome dos Magistrados deste País, da postura, antes de tudo, corporativa (à antiga) dos Órgãos Judiciários, do (não) andamento (para o bem e para o mal) dos processos chamados de colarinho branco, dos sucessivos atropelamentos ao segredo de justiça e de todas as injustiças a que estão sujeitos os cidadãos anónimos de Portugal, etc., etc., por isso tudo, estamos todos entregues aos bichos.

 

Menos mau – O empate da Seleção frente ao Chile. Da maneira como isto está, empatar já é muito bom.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 19:37

26
Mar 11

Passos Coelho, quer que o PSD tenha maioria absoluta nas próximas eleições!

 

Eu também quero ganhar o euromilhões…

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 21:32

25
Mar 11

De Carlos Queiroz já se sabia que viria discurso e respostas aos jornalistas visando os seus detratores. Já o mesmo não se pode dizer relativamente a um atleta no ativo e que também foi selecionado do ex-selecionador. Pepe não se deve referir a assuntos completamente alheios à sua condição de jogador e ainda por cima quando a seleção está concentrada.

 

O ex-selecionador não tem papas-na-língua e, como é seu hábito, acaba por falar muito mais do que a conta. Mas, ainda assim, tem uma grande margem de tolerância porque, tudo o que lhe fizeram merece castigo e, com certeza, não é isso que vai acontecer, acabará por ficar assim mesmo. Se o seu tempo tinha chegado ao fim, despediam-no e assumiam as responsabilidades, mais nada!

 

O Tribunal Arbitral do Desporto deu razão a Carlos Queiroz e repôs a capacidade profissional do Professor. Não era difícil acreditar neste desfecho. Só se lamenta que este Tribunal não tenha poder para punir a outra parte.

 

A punição, a toda a estrutura do futebol português, traduz-se pela não eleição de Gilberto Madail para a Comissão executiva da UEFA. Parece pouco mas não é. Ficamos completamente de fora do “gabinete” que gere o futebol na Europa e com muito peso na FIFA. Há muitos anos que não estávamos tão em baixo em termos de influência nas instâncias internacionais do futebol.

 

Tudo por causa de uns “meninos” caprichosos que pensam podem mandar no País, como mandam no seu quintal. E agora, como é que ficam?

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 22:36

24
Mar 11

 

Muitos são desprezíveis pelo uso que fazem da sua condição e não merecem a consideração do povo que neles um dia acreditou.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 23:49
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23
Mar 11

 

Hoje peguei num pequeno livro que me chamou a atenção pelo título:

 

“INDIGNAI-VOS!”

 

É, de fato, o sentimento que mais me percorre nestes dias e, tenho a certeza, há grande maioria dos portugueses.

 

Este pequeno livro de menos de 50 páginas está no TOP TEN da FNAC (passe a publicidade) e, acredito que muitos potenciais compradores lhe pegam por impulso como aconteceu comigo. O autor é Stéphane Hessel, de nacionalidade francesa com 93 anos de idade.

 

Foi elemento ativo da Resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial, preso em campos de concentração nazis de onde se evadiu sempre.

 

Foi um dos redatores da Declaração Universal dos Direitos Humanos e, em resultado da sua longa e participativa vida, é um inconformado.

 

Neste pequeno livro desafia todos os que se sentem subjugados pelos poderosos do mundo, a procurarem os motivos de tanta indignação.

 

«Os motivos podem não parecer muito lineares», diz Hessel, mas, se pensarmos um pouco: Quem comanda? Quem decide? Nem sempre é fácil distinguir, umas das outras, as correntes que nos governam, porque, na realidade elas, as correntes, cumprem as diretrizes dos “invisíveis” mercados, dos grandes grupos financeiros.

 

E, entretanto, o fosso entre os muito pobres e os muito ricos, não pára de crescer, na Europa os estados sociais sonhados e, enfim, criados após 1945, estão a ser postos em causa e os rendimentos de quem trabalha inverteram a tendência de crescimento.

 

Hessel transmite uma pedagogia pacífica, e credita que podemos manifestar a nossa indignação através duma “insurreição pacífica” utilizando todos os meios ao nosso alcance, nomeadamente, os decorrentes das novas tecnologias.

 

A edição é da responsabilidade da “Editora Objectiva” e a primeira é deste mês de Março com tradução de Paula Centeno.

 

Silvestre Félix

 

(Imagem: Capa do livro digitalizada)


22
Mar 11

Mário Soares, na habitual crónica de Terça-feira no Diário de Notícias, apela a Cavaco Silva para que quebre a sua barreira de silêncio e intervenha junto dos partidos afim de evitar a queda do Governo e consequentemente, a paragem do País durante dois ou três meses até que se realizem eleições.

 

Cavaco Silva não vai ligar nenhuma a Mário Soares e, nem que fosse o Papa a pedir-lhe, faria alguma coisa para travar ou inverter o caminho que as coisas estão a levar. Quem faz um discurso como o da tomada de posse não pode estar mais de acordo com a queda do Governo. Aliás, a clareza com que expressou a sua oposição (excessiva) à ação governativa, despoletou o arranque decisivo para o fim de Sócrates como Primeiro-Ministro.

 

Esta permanente incerteza em que temos vivido no último ano, sobre se o Governo cai ou não, é desgastante, sendo preferível acabar com isto duma vez. O que me angustia é que o resultado das eleições, muito provavelmente, não vai resolver o problema da qualidade da maioria, e a questão é – absoluta ou relativa – seja lá qual for, dos dois, o mais votado. Os portugueses estão cansados dos nossos políticos, dos partidos e de tudo o que cheire a política. Sentem-se enganados e têm razões de sobra para isso. Nos últimos tempos, os políticos têm sido inimigos de si próprios porque criaram todas as condições para que as populações desconfiem de todas as instituições do nosso Estado democrático.

 

Independentemente de todos os problemas económicos e financeiros, é urgente restaurarmos a confiança dos portugueses nas instituições democráticas. Saltitam por aí muitos adeptos de “manhãs de nevoeiro” com um D. Sebastião montado num cavalo branco para salvar a “Pátria”. Há adeptos e há candidatos, por isso, é imperioso devolver credibilidade à nossa democracia.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:58

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