A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

07
Fev 11

A corrida lenta e certa desde o alto do frasco até às entranhas marca a cadência das aproximações entre a vida, a dor ou a anestesia. O recobro é o início duma caminhada sempre longa e muitas vezes penosa, de tanto exigente.

 

A batida do monitor insistente e motivador da aproximação do cuidador, atravessa o sono de embriaguez química e cansada. Precisa de alguma coisa? As palavras soam como badaladas de sinos de altas igrejas que inundam campos tão coloridos, como bonitas telas pintadas de propósito.

 

O fio mais cumprido é a campainha. Se precisar de alguma coisa é só carregar!

 

Se fosse silêncio de noite, não se ouvia o terrim…terrim… das campainhas e do telefone. Os sonhos atravessam a noite sem limite. Os gemidos e os chamamentos e os “precisa de alguma coisa?” também entram nos sonhos…sonhos com velocidade e sem reduções.

 

Pela frincha da janela entra finalmente a claridade da manhã e eu sonhei e eu acordei!

 

Silvestre Félix


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