No meio futebolístico, mesmo em Portugal, muitas dúvidas houve se Mourinho ganharia o troféu da FIFA de melhor treinador do mundo relativamente a 2010. A realização do Mundial, a vitória da Espanha com o treinador Del Bosque e a campanha mediática dos seus detratores, colocavam-no em desvantagem.
Verificou-se que, mesmo em ano de mundial, o que conta mesmo é a prestação dos treinadores ou atletas nos seus campeonatos nacionais e continentais. Aconteceu com José Mourinho que ganhou tudo com o Inter de Milão e com Messi que, muito embora o fraco mundial ao serviço da sua seleção, a Argentina, continua a encantar, enquadrado na sensacional equipa do Barcelona e, por isso, voltou a ganhar o troféu da Bola de Ouro.
Não conheço o homem José Mourinho senão da forma como se apresenta na comunicação social e, admito, que no resguardo das suas relações mais próximas seja uma pessoa diferente, mas, pelo homem que me entra pela casa dentro ou de quem eu leio nos jornais, não tenho simpatia. O homem mostra-me características que eu não aprecio em ninguém. Será a interpretação de uma personagem que ele criou e leva essa representação até ao limite? Pode ser, mas então, eu não gosto do papel.
Do ponto de vista profissional, é de fato o maior! Os resultados falam por si e, neste momento, já não precisa de provar nada a ninguém.
Gostei muito da forma como reagiu, como justificou o uso da nossa língua – sou um orgulhoso português – e, como e com quem partilhou a conquista do troféu. Em menos de um minuto, deu uma lição de patriotismo a muita gente que anda por aí…,anos a fio, e, não o conseguem, não sabem ou não o querem fazer.
Hoje, existem todas as razões para estarmos orgulhosos de José Mourinho e, como ele, por sermos portugueses!
Silvestre Félix
(Foto: DN Online)