Era uma vez, uma tesoura muito grande e muito, mas mesmo muito valiosa, à custa das mais-valias acumuladas nos offshores obesos de tanto dinheiro comerem.
A tesoura está em modo de corte permanente.
A maneira como mais gosta de apanhar as vítimas é de cócoras. Esta posição favorece a amplitude do ganho vitamínico e especulativo.
As instruções de funcionamento são muito precisas. Os cortes têm de ser cirúrgicos de forma a não eliminar prematuramente a vítima. Assim, de nível a nível, o “cortado” vai continuando a vomitar q.b., para alimentar na dose certa os mercados que, nos seus resort’s resguardados, vão jogando cartadas antes de saltarem ao tabuleiro de xadrez para o xeque-mate.
Cada vítima, para além das hastes da tesoura dourada no pescoço, ainda têm, a roer os seus calcanhares, vários vigilantes encaixados nos respectivos Órgãos de Soberania, com o fim de defenderem bem os interesses declarados dos mercados.
Esta, embora comece por um: “era uma vez”, não é uma história da carochinha para os putos adormecerem.
É muito real e, se não nos pomos a pau, somos nós, os adultos e portugueses, que iniciamos um sono profundo sem bilhete de regresso.
SBF