O alegado aproveitamento, por parte de alguns dos nossos políticos, da condição de pobreza de parte significativa da nossa população, com tendência claramente ascendente, não tem nada de extraordinário nem de novo.
José Sócrates, ao levantar esta questão em plena pré-campanha eleitoral, ao contrário do efeito pretendido, só ajudou a realçar o lado positivo das iniciativas do candidato Cavaco Silva junto desta faixa da sociedade. Os portugueses, duma forma geral, são muito sensíveis às ajudas em situações de pobreza e, invariavelmente, aplaudem todas as ações nesse sentido.
À partida, temos de admitir, que a presença de Cavaco Silva nestes locais, assenta em intenções genuínas e sinceras de transmitir apoio e conforto aos pobres e sem-abrigo na “pele” de Presidente da República e não, como os adversários querem fazer querer, de simples ações de campanha.
Considerando como possível uma ou outra razão, foi politicamente incorreto a referência de Sócrates a este assunto no discurso de Sábado passado. Está-lhe no sangue… a provocaçãozinha… precisava de quebrar a onda “de não agressão” que já durava há alguns dias, depois que não se queixe, “tiros no pé”, são diretamente proporcionais à quebra de muitos milhares de votos!
SBF