A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

04
Dez 10

 

A atitude egoísta e desafiadora de Carlos César, face aos sacrifícios pedidos à generalidade dos portugueses, não pode, nem deve, ficar impune.

 

Eliminar parte de uma Lei aprovada na Assembleia da República (Orçamento do Estado), não pode vingar a coberto de qualquer poder regional, por muito digno e legítimo que seja.

 

O Presidente do Governo Regional dos Açores pode vir dar as explicações que entenda, mas, o que resulta da aplicação do chamado “regime compensatório” aprovado na região e beneficiando 3700 funcionários açorianos, é uma discriminação relativamente ao todo nacional.

 

Se do ponto de vista legal, as instituições da República não poderem travar esta “iluminada” ideia, pelo menos, arranjem maneira de, em 2011, cortarem nas verbas a transferir, o equivalente ao que agora vão gastar com o pagamento da “compensação”.

 

Do ponto de vista partidário, Sócrates, tão cioso da sua determinação, faça valer o seu poder (se ainda o tem) dentro do PS e, trate de puxar as “orelhas” ao seu correligionário açoriano.

 

SBF

(Imagem: Wikipédia)

publicado por voltadoduche às 18:50

 

É comum ouvir dizer-se que, se Sá Carneiro não tivesse morrido naquela altura, hoje, não estaríamos neste poço sem fundo.

Podia ter acontecido e com estes pressupostos pode especular-se até onde a imaginação nos levar, mas é impossível saber se teria sido assim, e, os que o dizem, muitas vezes só pretendem justificar as suas fraquezas.

Francisco Sá Carneiro ficará na história do nosso País como Grande português. Quis o destino que a sua vida terrena fosse curta, mas, mesmo assim, deu muito a Portugal e aos portugueses.

Foi na política que se destacou, ainda antes de 25 de Abril de 1974, e estavam criadas todas as condições – quando aconteceu Camarate – para assumir por inteiro a sua parte na recuperação de Portugal em direção à democracia consolidada.

Foi corajoso, quando aceitou o convite de Marcelo Caetano e, com outros adeptos do sistema democrático, assumiu a chamada “Ala Liberal” da União Nacional na antiga Assembleia Nacional. Foi corajoso porque acreditou nas boas intenções do sucessor de Salazar, e também o foi ainda mais quando decidiu bater com a porta, em virtude das promessas “primaveris” do regime, não passarem afinal de um bem preparado embuste.

A sua postura depois de Abril, com a criação do antigo PPD e entrega de corpo e alma à vida política portuguesa, com todos os seus rasgos inconformistas, algumas vezes até contra a sua família partidária, arrastou multidões de apoiantes que nele confiaram e que o acompanharam até à queda do “cessna”, no final da pista no aeroporto de Lisboa, naquele dia 4 de Dezembro de 1980 quando, em mais uma ação da campanha presidencial de Soares Carneiro, se dirigia ao Porto.

 

Morreram todos os ocupantes, entre eles, o Ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, dirigente do CDS.

 

As dúvidas que persistem quanto às causas do desastre, são uma grande mancha negra que paira sobre a polícia de investigação e o sistema judicial português. Finalmente, no primeiro semestre de 2011, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem vai pronunciar-se sobre o “caso Camarate”. No âmbito político, também as inúmeras Comissões de Inquérito Parlamentar nunca resolveram o que há trinta anos é reclamado: A verdade!

 

SBF

(Imagem: Sá Carneiro - Wikipédia)

publicado por voltadoduche às 00:57

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