A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

15
Nov 10

 

As tolerâncias de ponto concedidas pelo Governo a propósito das mais variadas situações, está a tornar-se um vício. Em circunstâncias normais já é um péssimo hábito, em tempo de crise é descabido e contraditório com todos os sacrifícios impostos pelo mesmo Governo.

 

A realização da cimeira da NATO em Lisboa vai com certeza quebrar algumas rotinas mas, daí a haver necessidade que os funcionários públicos fiquem em casa, porque é isso que vai acontecer, a distância é grande.

 

Melhor está o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, (CLICAR) que, resistiu às pressões e recusou a tolerância de ponto. O Presidente da Autarquia lisboeta está muito mais próximo da sociedade real do que os burocratas do Poder Central.

 

SBF

 

(Foto e Link: Económico Online)


14
Nov 10

 

Finalmente, (CLICAR) Aung San Suu Kyi, líder da oposição birmanesa e Nobel da Paz em 1991, foi libertada depois de duas décadas de privação de liberdade.

 

Suu Kyi, símbolo grande de resistência e luta contra a ditadura militar e repressão de um regime déspota que teima em manter-se no poder.

 

O mundo da liberdade está com Suu Kyi e o futuro também!

 

“…Em menos de uma hora, o barco estava a passar as bóias que assinalavam as línguas de terra pouco fundas que se projetavam da foz do rio Rangum, um de centenas de rios que drenavam o delta do Irrawaddy. …”

 

Passagem do romance “O Afinador de Pianos” de Daniel Mason. Chegada de Edgar Drake, afinador de pianos, à capital da Birmânia, Rangum. A ação passa-se no último quartel do século IXX e é só ficção destacando o antagonismo entre o colonizador Britânico e o colonizado Birmanês. A narrativa mostra-nos o que era a Birmânia naquela época, mas, quando se fala deste País na atualidade, sou levado sempre a lembrar-me do gosto que senti na leitura deste romance.

 

SBF

 

(Link: DN Online)

publicado por voltadoduche às 11:48

13
Nov 10

 

“Eu, o infante D. Henrique, regedor e governador da Ordem de Cavalaria de Nosso Senhor Jesus Cristo, duque de Viseu e senhor da Covilhã, faço saber aos que esta carta virem que, esguardando como ao cabo de Sagres vinham e vêm muitas carracas, naus galés e outros navios pousar por não acharem tempo de viagem…”

 

Este texto é o início da carta, de responsabilidade do Infante D. Henrique, feita menos de dois meses antes da sua morte, dando conhecimento da fundação da Vila do Infante, em Sagres.

 

O Infante D. Henrique, de Sagres, ou o Navegador, morreu a 13 de Novembro de 1460, fez hoje 550 anos. Filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, era o terceiro infante da “Ínclita Geração” depois de D. Duarte e de D. Pedro. Foi o grande obreiro das descobertas portuguesas. Instalou-se entre Sagres e Lagos, no Algarve, e daí organizava e comandava a saída das Naus pela costa africana, primeiro para o Mediterrâneo e depois para sul pela costa ocidental, e também para o mar largo na descoberta do Porto Santo e da Madeira em 1418 com João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira e a colonização dos Açores em 1445 com Gonçalo Velho Cabral. Quando morre, em 1460, as caravelas Lusas, na costa africana, já tinham chegado à entrada do Golfo da Guiné, para ocidente com Diogo Gomes perto da Terra Nova em 1542 e, pelo mesmo navegador e António da Nola, exatamente em 1460, à Ilha de Santiago em Cabo Verde.

 

A designação de ”Ínclita Geração”, aparece nos “Lusíadas” de Luís de Camões, assim:

 

“Não consentiu a morte tantos anos / Que de Herói tão ditoso se lograsse / Portugal, mas os coros soberanos / Do Céu supremo quis que povoasse. / Mas para defensão dos Lusitanos / Deixou, quem o levou quem governasse, / E aumentasse a terra mais que dantes, / Ínclita geração, altos Infantes.”

A cidade de Lagos lembrou, com festividades, o Infante D. Henrique neste aniversário da sua morte.

 

SBF

publicado por voltadoduche às 19:21

12
Nov 10

 

O Senhor do Adeus disse o último Adeus!

 

Algumas (CLICAR) centenas de Lisboetas quiseram homenagear João Manuel Serra que, com a sua morte, provocou uma onda de comoção a quem com regularidade recebia a sua saudação mas, também, a quem só agora, através da comunicação social, conheceu o Senhor do Adeus”.

 

A verdadeira bondade humana é uma coisa natural, a sociedade é que duvida disso e nos empurra para o litígio e para a competição.

 

Almas boas, grandes e esclarecidas, dão o melhor que têm à humanidade!

 

Foi decerto isso que fez o SENHOR DO ADEUS ao longo da melhor parte da sua vida!

 

SBF

 

(Foto e Link: DN Online)

publicado por voltadoduche às 14:01

11
Nov 10

 

Angola era, aquando do triunfo da revolução de 25 de Abril de 1974 em Portugal, palco de uma das frentes da Guerra Colonial que o antigo regime português teimava em manter.

 

Um dos principais objetivos dos revolucionários portugueses e que constava mesmo no programa do MFA, era o fim dos combates e iniciar negociações com os Movimentos de Libertação Nacionais para a autodeterminação e independência de cada uma das Colónias.

 

As duas primeiras intenções foram pacificamente atingidas mas, a seguir – dada a circunstância de Angola ter três Movimentos de Libertação ativos nas negociações e na ambição de chegarem ao poder – as coisas não foram fáceis, mas isso é outra história.

 

A data foi marcada e, antes da meia-noite deste dia 11 de Novembro de 1975, a bandeira portuguesa foi arreada, os últimos representantes da soberania portuguesa deixaram Luanda e, subiu ao mastro, a bandeira nacional de Angola.

 

Angola não se livrou da guerra com a independência em 1975. Os angolanos continuaram a ouvir os disparos das metralhadoras e os rebentamentos de minas, com os sacrifícios que isso implica, até 2002, ano em que, com a morte do líder da Unita, o confronto chegou finalmente ao fim.

 

Hoje, Angola é um dos principais Países africanos, com uma taxa de crescimento das mais elevadas, faz parte da “Lusofonia” integrando ativamente a CPLP, é um forte parceiro de Portugal a todos os níveis e, é um dos destinos prediletos dos portugueses para emigrarem.

 

De 1982 a 2002, fui muitas vezes a Angola e passei lá alguns períodos de dois ou três meses. Senti-me sempre em casa e tenho muitas saudades da terra e dos angolanos que tive o gosto de conhecer.

 

SBF

 

(Imagem: Wikipédia)


Nos meus tempos de Carga Aérea, os preços eram publicados pela IATA (Associação Internacional que regula o transporte aéreo de carga e passageiros) e vinculavam todas as transportadoras associadas e seus agentes. Os prevaricadores eram os que, clandestinamente, ofereciam preços diferentes.

 

Isto era no tempo (não foi na Idade Medieval) em que os mercados eram regulados. O ponto de partida era igual para todos e, por isso, a cativação de clientela, exigia muito mais imaginação. O cliente não decidia pelo preço mas sim pela qualidade do serviço. A fasquia era alta, nunca parava de subir e atingiam-se níveis de qualidade muito altos.

 

Hoje, com a desregulamentação, as pequenas e grandes decisões, resumem-se a simples atitudes economicistas. Não interessa nada a qualidade do produto ou do serviço, mas sim o preço de venda e as “luvas” que sobram. As políticas ultra-liberais, que têm dominado o ocidente nos últimos anos, promovem a mediocridade. A globalização só beneficia os chamados “emergentes”. É certo que estes Países mereciam ascender a melhores níveis de desenvolvimento mas, não deveria ter sido à custa da descida de outros. Hoje, as coisas estão diferentes, mas, ainda não há muito tempo, os produtos que por aí encontrávamos “made in China”, era como se tivessem um carimbo de “falta de qualidade”.

 

Com a eliminação das barreiras alfandegárias e os produtos dos “emergentes” a entrarem portas dentro, a economia ocidental tinha necessariamente de dar uma cambalhota. Uns aguentaram-se melhor que outros e, no que respeita à “decadente” União Europeia, só a Alemanha está forte do ponto de vista financeiro, económico e com todo o poder sobre os 27 que o usa quando quer e da maneira que mais lhe interessa em cada momento.

 

Bom, mas voltando à Carga Aérea. Soube-se ontem, que a Comissão Europeia, multou onze companhias de aviação de várias partes do mundo num total de 800 milhões de euros, por alegado desrespeito da lei da concorrência. São, as companhias em questão, acusadas de estabeleceram um cartel mundial no transporte de mercadorias entre 1999 e 2006.

 

Nota explicativa!

 

A Lufthansa e a sua filial Suíça (Swissair) receberam IMUNIDADE e não vão pagar nada porque colaboraram na investigação.

 

Palavras para quê? A Lufthansa é a companhia aérea de bandeira da ALEMANHA!

 

SBF

publicado por voltadoduche às 01:12

10
Nov 10

 

A ativista Aminatu Haidar, também conhecida por “Gandhi Sarauí”, que, há quase um ano, esteve 32 dias de greve de fome em Lazarote, veio a Portugal para receber a Medalha da Universidade de Coimbra e participar num debate na Reitoria da Universidade de Lisboa.

 

Nesta  já com Aminatu em Portugal, as tropas marroquinas atacaram um acampamento de protesto saurí nos arredores da capital do Saara, provocando dezenas de mortos e desaparecidos e quase um milhar de feridos.

 

Existem algumas semelhanças com Timor-Leste, na luta pela independência do Saara-Ocidental. Marrocos está para o Saara-Ocidental como a Indonésia estava para Timor-Leste.

 

O antigo colonizador, neste caso a Espanha, sai do território em 1975 na sequência da morte de Franco e início do processo de transição para a Democracia e, imediatamente, as duas potências regionais – Marrocos e Mauritânia – invadem a antiga colónia espanhola. Mais tarde a Mauritânia sai mas Marrocos fica.

 

A comunidade internacional tem esquecido esta situação irregular estes anos todos. Entretanto, e já numa aparente fase avançada de entendimento, em 1991, Marrocos e Frente Polisário, concordaram que se realizasse um referendo para que a população do território se decidisse pela independência ou pela integração em Marrocos. Ninguém, nem as forças das Nações Unidas no terreno, criaram condições para se realizar o referendo, até hoje.

 

SBF

 

(Foto e Link: DN Online)

publicado por voltadoduche às 00:58

09
Nov 10

 

O dia 9 de Novembro está colado à Alemanha por boas e más razões.

 

A comemoração feliz tem a ver com o que se pode considerar, o princípio do fim do Muro de Berlim. A 9 de Novembro de 1989, o governo da extinta “RDA - República democrática Alemã” ou “Alemanha Oriental”, anunciou que todos os cidadãos estavam autorizados a visitar a “Alemanha Ocidental” ou “República Federal Alemã. Nos dias e semanas seguintes, multidões de cidadãos da RDA juntaram-se aos alemães do ocidente e, no caso de Berlim, inventaram todas as maneiras de ultrapassar o muro que dividia a cidade em duas. Em pouco tempo, o Muro de Berlim tinha tantas partes derrubadas, que não se justificava continuar a usar as “fronteiras internas”, a mais famosa “Checkpoint Charlie”, que passou a ser um dos pontos turísticos mais visitados naqueles meses.

 

Menos de um ano depois, a Alemanha voltava a estar reunificada. Eu estive em Berlim, (CLICAR PARA VER) na Primavera de 1990, trouxe um bocado de muro  e o passaporte ainda carimbado com a RDA.

 

O outro 9 de Novembro ligado à Alemanha é pelas piores razões. Nesta noite, em 1938, que ficou conhecida pela “Noite dos Cristais”, os nazis de Hitler, mataram muitos Judeus e prenderam, pelo menos 30 mil, que de seguida foram levados para campos de concentração. Nessa mesma noite, os nazis reduziram a escombros 7.500 lojas e 1.600 sinagogas Judaicas. Foi na Noite dos Cristais que começou o longo calvário dos Judeus às mãos dos nazis.

 

SBF

publicado por voltadoduche às 19:32

 

Fico feliz com o vencedor do (CLICAR) Prémio Portugal Telecom Literatura 2010 anunciado hoje em São Paulo no Brasil. Chico Buarque com o “Leite Derramado”, deu-me algumas horas de prazer enquanto li a obra e ainda mais do que isso, deixou-me um gosto bom na Alma.

 

Em Agosto de 2009 fiz uma (CLICAR) postagem sobre este livro na “prateleira de Livros”, onde desabafei o quanto gostei de o ter lido.

 

Para conhecer melhor Chico Buarque e a sua escrita, para além do “Leite Derramado”, é importante que se leia “Budapeste” publicado em 2003. É uma história de amores, vivida duma forma pouco comum, entre o Rio de Janeiro e Budapeste.

 

Depois de ler o livro, já se pode ver o filme. Tem a direção de Walter Carvalho e, em tempo, a crítica foi generosa.

 

Junto de mim, tenho a 2ª edição de “Budapeste”, coleção BIS da Editora LEYA de Março de 2009.

 

(Dicas e Link: O Público Online)

 

SBF


08
Nov 10

Na sequência de corte no rating do BES, BCP, BPI e BANIF pela agência de notação financeira Fitch, o (CLICAR) BES, decidiu não renovar o contrato com esta agência por considerar não se justificar a revisão em baixa da sua notação financeira.

 

É uma atitude de quem OS tem no sítio!

 

SBF

publicado por voltadoduche às 19:42
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