A Europa, ou pelo menos os mandantes da UE, estão a trilhar caminhos muito negros, não só do ponto de vista económico, financeiro e Estado-Social, mas também, no que diz respeito aquela máxima que, orgulhosamente, os líderes europeus de há 30 anos ostentavam: Sociedade Multicultural.
Não faltará muito para que, nas suas “tumbas”, Fernando e Isabel de Aragão e Castela, Manuel, o primeiro, de Portugal – inventores e executantes da “santa” inquisição contra os Judeus – e, mais recentemente, Hitler e seus apaniguados – exterminadores implacáveis de Judeus e outros povos por eles considerados impuros – batam palmas de contentes com as atuais políticas de limpeza étnica levadas a cabo pelo governo francês e, sub-repticiamente, pelo governo alemão.
Depois do “tratamento” dado por Sarkozy à comunidade Cigana, traduzido na expulsão de centenas de famílias, vem agora a chanceler alemã afirmar que: “O modelo de sociedade multicultural fracassou” e ainda “ Nós sentimo-nos ligados aos valores cristãos. Quem não os aceita não encontra lugar aqui. (na Alemanha)”.
Ou seja, para a sra Merckel, a Alemanha e a Europa, considerando a sua atual posição de mandante, não deve ser mais uma sociedade moderna e aberta a todas as culturas e religiões do mundo mas, ao contrário, voltar a fechar-se sobre si própria, e, porventura, proceder a “limpezas” seletivas para quem não se submeter à ordem vigente.
Eu não quero uma sociedade assim!
A Multiculturalidade é uma conquista da humanidade e, os seus detratores, devem ser contrariados. O meu amigo, o meu vizinho, o meu colega de trabalho e o meu familiar é só isto e não: cristão, judeu, islâmico, budista, branco, preto ou amarelo. Esta realidade está presente numa grande parte das cidades do nosso País e faz parte da nossa abertura ao mundo que, infelizmente, muitas vezes não coincide com a Europa para lá dos Pirinéus.
Em Portugal também há quem pense como o sr Sarkozy e a sra Merckel. O pior é que fazem parte daquilo a que se costuma chamar: “arco do poder” e, por isso, a qualquer momento, podem ter condições para passar do pensamento à prática.
SBF