As sucessivas (quase diárias) previsões e revisões em alta ou em baixa do desempenho económico de Portugal, do FMI, OCDE, UE, BdP, Agências de Rating, BCE, Eurostat, Manuel, Joaquim, Zé Ninguém e por aí fora, ou as variações constantes do PSI20 da bolsa, provocam nós na cabeça dos portugueses.
Como as variações são constantes, eles arranjam (se não há, inventam) sempre justificação para a subida, descida ou, nem uma coisa nem outra.
O mais engraçado é que, invariavelmente, as previsões são sempre revistas, e, se tivermos a paciência de tomar nota das últimas, concluímos que as instituições nacionais e estrangeiras que fazem estes exercícios, erram, mas erram s que chateia é que, em consequência destes “comunicados”, os especuladores tratam da sua “vidinha”, e acertam as estratégias para o dia seguinte. Os juros lá sobem ou descem (mas pouco) e, quem paga, é sempre o mesmo.
Ao mesmo tempo, os “abençoados” da comunicação social, especialmente das televisões, com o expediente e eficiência que se lhes reconhece, logo organizam, na “capital do império”, colóquios, debates de especialistas, fóruns sem limite de tempo para as intervenções, entrevistas com pivôs (não é “prego”, é moderador(a)) premiados internacionalmente, e outras formas de dar sentido inequívoco à singular democracia que se vive no nosso País.
E então, nessa conformidade, avançam para esses cuidados areópagos os habituais “cangalheiros” cá do sítio, vestidos, de preferência, de fato escuro os homens e, as mulheres, de saia e casaco, igualmente de cor escura. Vão, com muito sacrifício, materializar mais uns tempos de antena, para decifrarem, em abono do amado povo português, as revisões das previsões e as previsões do que há-de ser revisto!
SBF