A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

13
Set 10

 

Não há melhor altura para apanhar uma forte constipação do que agora…

 

É verdade, dando como adquirida toda a carga negativa que uma constipação tem, encaixa bem nesta fase do ano que agora começa, que chamamos Outono.

 

Não gosto dos dias a ficarem mais curtos e com a noite a “mandar” cada vez mais, em nós. O brilho dos dias decresce rapidamente e o cinzento começa a cobrir tudo.

 

O cinzento é uma “não cor” que me deita abaixo como se, todos os dias ao levantar, levasse uma “paulada” na cabeça, e andasse por aí com o escuro da noite a mandar em mim…

 

SBF

publicado por voltadoduche às 17:03
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09
Set 10

 

Não era preciso esta última decisão do visto prévio nos orçamentos nacionais pela Comissão Europeia, para sabermos que a nossa soberania, a pouco e pouco e se nada fizermos, está a ir para o “beleleu”!

 

Como há muito tempo acontece, a nossa posição está enfraquecida e não temos margem para nos batermos em Bruxelas pelo quer que seja. A nossa soberania foi sendo “cedida” logo desde a adesão, com a implementação de políticas da CEE restritivas à produção nalguns setores industriais e, principalmente, na agricultura e nas pescas, em troca do pagamento de subsídios compensatórios e dos fundos estruturais que, numa grande parte, foram mal utilizados.

 

O resultado foi a destruição do nosso aparelho produtivo – Eliminação da nossa frota pesqueira, da indústria naval (temos o maior mar da Europa), da agricultura, da siderurgia, da construção de comboios, indústria vidreira, dos têxteis, etc., etc. – Que, a par das novas tecnologias e de outros bens transacionáveis, fariam com não estivéssemos tão dependentes como estamos.

 

Os milhões que todos os dias, desde há muitos anos, chegaram ao nosso País, foram como “peixe já pescado”, e fomo-nos habituando a não precisar de o ir pescar. E agora? Agora vamos ter de o pagar, e bem pago! Com o visto prévio de Bruxelas no orçamento, até o papel higiénico vai ser gasto à medida da Comissão Europeia!

 

Para darmos a volta a isto e podermos dizer NÃO à UE, temos que produzir muito mais para exportar e para o mercado interno – se consumirmos nacional, evitamos importar – recuperando alguma agricultura e todas as indústrias ligadas ao mar, incluindo a pesca e a construção e reparação naval. Paralelamente, o saneamento financeiro das contas públicas tem de ser real.

 

SBF

publicado por voltadoduche às 02:21

06
Set 10

 

Pelo rescaldo da Revolução dos Cravos, lá por 1976 e 1977, com a energia dos meus 22/23 anos, aí andava eu com outros camaradas, a bradar aos portugueses o preâmbulo da Constituição da República Portuguesa aprovada na Assembleia da República em 2 de Abril de 1976.

 

Para o campo da minha luta, à época, o documento passou de tolerado a conquista revolucionária e, por isso, defendido em todos os palcos da Nação.

 

O alinhamento dos textos que transmitíamos durante as apresentações, era uma seleção coletiva do grupo que incluía diversos autores portugueses e não só. Lembro-me por exemplo, que o “Operário em construção” de Vinicius de Moraes, fazia parte do programa.

 

O que comecei por dizer, vem a propósito do livro que li este fim-de-semana – SITA VALLES Revolucionária, Comunista até à Morte  – porque associo sempre esta minha fase de andarilho pelas festas e comícios, aos acontecimentos de 27 de Maio de 1977 em Angola. A forma como as coisas se desenrolaram na ex-colónia naqueles dias, eram motivo de conversa entre os elementos do grupo.

 

O desconforto era grande e maior ficou, quando se percebeu que Sita Valles – até dois anos antes, militante do PCP e dirigente de topo da UEC em Portugal – estava presa em Luanda.

 

Lendo a narrativa da autora “Leonor Figueiredo”, percorro lembranças da minha geração durante aqueles anos carregados de voluntarismo e generosidade.

 

Naquela época, “o sonho comandava a vida”, no caso da Sita, comando-a para a morte e, à excepção da família e dos amigos, não teve nada nem ninguém, que lhe salvasse os sonhos.

 

SBF

 

(Links: Aletheia e Parlamento)

publicado por voltadoduche às 19:25

03
Set 10

 

Ontem ouvi em directo, como grande parte dos portugueses, um membro do Governo comparar a “Autoridade Antidopagem” à GNR ou PSP na forma de atuar!

 

Mas que é isto?? «Ou eu não estou cá… ou não vinha cá há muito tempo…»

 

Toda a gente sabe que a GNR e a PSP não “julgam” ninguém. Fazem a detenção do suspeito e apresentam-no ao juiz, o que, salvo alguma invenção de última hora, não foi o que aconteceu com o selecionador nacional. A “Autoridade antidopagem” não deteve o Professor (porque não pode) e não foi presente a nenhum Juiz.

 

Este imbróglio todo, porque o selecionador proferiu uma frase em tom de desabafo que, embora forte, é tão banal como tantas outras. Ainda assim, sentindo-se o visado ofendido como é seu direito, que diligenciasse juridicamente junto dos tribunais, não necessitando de envolver a seleção e muito menos o organismo a que preside.

 

A colheita da urina aos atletas foi feita e as análise efectuadas, pelo que é completamente deplorável tentarem meter no mesmo “saco”, o selecionador e outros violadores das regras antidoping.

 

É lugar-comum, é frase feita, mas é a mais adequada para definir mais esta história:

 

Contado, ninguém acredita!

 

SBF

 

(Foto: DN Online)

publicado por voltadoduche às 11:32

01
Set 10

 

Hoje, as notícias que me chegam de Maputo, ao contrário do habitual, não são nada boas! Estou preocupado como estarão todos os que gostam de Moçambique e dos moçambicanos. A bonança virá e, em paz, o Povo moçambicano encontrará o caminho certo para o progresso e nível de vida aceitável!

 

Li, no último fim-de-semana, o livro do moçambicano Mia Couto, “Pensageiro frequente”.

 

Não é um romance. Trata-se de uma compilação de crónicas escritas por Mia Couto, muito “saborosas”. São alguns textos publicados na revista das Linhas Aéreas de Moçambique, “a Índico”, desde 1999.

 

Considerando as circunstâncias e as características do leitor, os textos não têm nada a ver com a escrita dos romances de Mia Couto, mas, são 130 páginas muito agradáveis que nos ensinam mais alguma coisa sobre o País maravilhoso que é Moçambique.

 

Não deixem de ler este livro. Eu ainda tive uma prenda, consegui comprar na FNAC um dos exemplares autografados pelo autor.

 

Edição da “Caminho” em Maio de 2010.

 

Silvestre Félix

 

(Gravura: Capa do livro do site da editora)

publicado por voltadoduche às 22:57

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