A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

29
Abr 10

 

 

Eu acho que o projecto «União Europeia», está muito perto do fracasso.

 

Ninguém no seu perfeito juízo hoje, deixará de ter dúvidas sobre o futuro duma Europa unida.

 

Ouvi, como todos os europeus ouviram, aquele senhor escolhido para Presidente do Conselho, afirmar que estava a organizar uma reunião a nível de chefes de governo para o próximo dia 10 de Maio para resolver a crise grega. Mas o que é isto? Mais duas semanas? É uma autêntica palhaçada. Deixam um membro da “família” fritar em “lume brando”, praticamente há seis meses, e agora, que o óleo já está a ficar queimado, ainda vão esperar mais duas semanas?

 

E a Alemanha? Está à espera de quê? Que a fritura da Grécia incendeie o resto da Europa a começar pelo Sul? E que a moeda euro seja, da mesma forma, engolida pelas chamas, para depois voltarem com o “marco” cheio de força?

 

A Europa está a provar que (não) vive de indecisões porque cada um defende o seu quintal. Estas incertezas são o alimento dos especuladores. Eles são os verdadeiros vencedores, estão a comer a carne e vão roê-la até aos ossos.

 

Voltei a tirar da prateleira o livro de Saramago “A Jangada de Pedra”, para voltar a interiorizar a vocação marítima dos povos ibéricos. Como sempre aconteceu ao longo da nossa história, e como muito bem disse Cavaco Silva no dia 25 de Abril (Nunca pensei citar ou elogiar o actual Presidente), a nossa riqueza está do lado do Oceano Atlântico. O mar aberto, África, a América e principalmente a do Sul com o Brasil à cabeça, tem muito mais a ver connosco do que um checo (ainda por cima se for como o actual presidente), um polaco, um eslovaco, um dinamarquês ou mesmo um alemão.

 

É preciso recuperarmos a afinidade com os “mares”.

 

Da Europa, pouco mais podemos esperar, e, como a corda parte sempre pelo lado mais fraco, para além da Grécia, se não acordarmos a tempo, vamos ser nós, os espanhóis e todos os que estiverem mais em baixo, a levar com a pior parte.

 

SBF 

publicado por voltadoduche às 13:04

28
Abr 10

 

“O miúdo que pregava pregos numa tábua”, diz o autor, deve ser ele, Manuel Alegre, ou não?

Bom, o miúdo cresceu, e ao longo da vida, nos bons e nos maus momentos, nunca deixou de ter, sempre presente o seu ser, na infância da vida.

 

O Poeta deu-nos uma prosa maravilhosa.

 

Demorei menos de uma hora a devorá-lo, e quando acabei, apeteceu-me lê-lo outra vez. É um “ar” que se respira, e fica-se bem.

 

Manuel Alegre é o mais conhecido de todos os portugueses. Nasceu em Águeda a 12 de Maio de 1936. Foi para a guerra colonial em Angola e, durante a comissão, foi preso pela PIDE e esteve encarcerado seis meses em Luanda. É um histórico do PS, com vários cargos políticos desde 1974 e, em 2006, foi candidato à presidência da República.

 

“O miúdo que pregava pregos numa tábua” é uma edição da “Dom Quixote” em Março de 2010.

 

SBF

 

(Capa do livro)

publicado por voltadoduche às 17:31

25
Abr 10

“As Portas que Abril Abriu”

de Ary dos Santos

 ...

Foi esta força sem tiros

de antes quebrar que torcer

esta ausência de suspiros

esta fúria de viver

este mar de vozes livres

sempre a crescer a crescer

que das espingardas fez livros

para aprendermos a ler

que dos canhões fez enxadas

para lavrarmos a terra

e das balas disparadas

apenas o fim da guerra.

 

Foi esta força viril

de antes quebrar que torcer

que em vinte e cinco de Abril

fez Portugal renascer.

 

 (Continua)

 

SBF

 

(Dos Poemas sobre o 25 de Abril – Link PCP -CLICAR)

publicado por voltadoduche às 02:02

24
Abr 10

 

 

 

 

(Parte “As portas que Abril Abriu”

de Ary dos Santos)

 

 

Quem o fez era soldado

homem novo capitão

mas também tinha a seu lado

muitos homens na prisão.

 

Posta a semente do cravo

começou a floração

do capitão ao soldado

do soldado ao capitão.

 

Foi então que o povo armado

percebeu qual a razão

porque o povo despojado

lhe punha as armas na mão.

 

Pois também ele humilhado

em sua própria grandeza

era soldado forçado

contra a pátria portuguesa.

 

Era preso e exilado

e no seu próprio país

muitas vezes estrangulado

pelos generais senis.

 

Capitão que não comanda

não pode ficar calado

é o povo que lhe manda

ser capitão revoltado

é o povo que lhe diz

que não ceda e não hesite

– pode nascer um país

do ventre duma chaimite.

 

Porque a força bem empregue

contra a posição contrária

nunca oprime nem persegue

– é força revolucionária!

 

(Continua)

(Extraído do extraordinário poema “As portas que Abril Abriu” de Ary dos Santos, copiado de «Poemas sobre o 25 de Abril» da net/PCP)

 

SBF

publicado por voltadoduche às 18:48

«Na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, Salgueiro Maia limitou-se a mandar ter o material pronto para qualquer ação, sem no entanto dizer para quê.

 

Não era contudo muito difícil percebê-lo e os oficiais milicianos da sua maior confiança, adivinharam-no.

O entusiasmo posto no trabalho de afinação e preparação dos carros de combate foi tal, que o próprio comandante estranhou, mandou encerrar os Parques e simultaneamente deu alta aos trabalhos.

 

 

O pessoal todavia, continuou o seu trabalho, sem barulho, dentro dos próprios Parques, com as portas encerradas.»

 

(Texto extraído do livro “Origens e Evolução do Movimento dos Capitães” de Diniz de Almeida)

 

SBF

publicado por voltadoduche às 01:44

22
Abr 10

Naquele Abril revolucionário, todos os problemas se iam resolver, os portões do paraíso na terra estavam escancarados, nunca mais haveria fome, nunca mais haveria guerra, nunca mais haveria PIDE.

 

“As portas que Abril abriu” não mais se fechariam, os patrões e os empregados haveriam de se abraçar, o general e o soldado haveriam de comer à mesma mesa, o capitalismo e o estado social haveriam de estar juntos na recuperação económica, o político e o normal cidadão haveriam de vestir a mesma camisola.

 

Portugal levaria a lição ao mundo, e seriamos o povo mais feliz do universo.

 

A história cumpriu o seu dever e rezou, mas… Como é possível, tanto tempo contado em anos desde a revolução dos cravos, que se descubram inúmeras “portas” que, ou nunca chegaram a ser abertas, ou, depois de abertas, voltaram a fechar-se?

 

O Artigo primeiro da nossa Constituição diz assim:

 

Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

 

Será que estamos a falar do mesmo País?

 

 

“Capitão de Abril, Capitão de Novembro” do Coronel Sousa e Castro, demonstra com muita precisão alguns exemplos do que acima disse. Sousa e Castro faz um relato factual dos acontecimentos, desde a criação do Movimento dos Capitães em meados de 1973, até ao rescaldo do 25 de Novembro extensivo à revisão Constitucional de 1982, altura em que acaba o Conselho de Revolução. À medida que dá conta das ações em que interveio ou que conheceu, faz a sua interpretação objetiva e subjetiva, e acompanha com documentos.

 

O Capitão (à época) Sousa e Castro, fez parte do Grupo dos Nove, que, em pleno Verão Quente de 1975, se uniu em volta dum projeto moderado – Não alinhados com o Partido Comunista nem com a extrema-esquerda, e advogando respeito pelo resultado eleitoral de 25 de Abril de 1975 para a Assembleia Constituinte. Embora simpatizando com a ideia de “socialismo democrático”, nunca quiseram (enquanto grupo ou movimento) confundir-se com o Partido Socialista, antes pelo contrário, as relações com a direcção do PS, nem sempre foram calmas.

 

O Movimento dos Nove, que o autor (e a história) considera vencedor em 25 de Novembro, viria a ter dificuldade em travar a cavalgada de alguns setores militares conservadores que nunca foram entusiastas do que aconteceu em 25 de Abril. Sousa e Castro, Vasco Lourenço, Melo Antunes, Ramalho Eanes, Franco Charais, Pezarat Correia e principalmente o Presidente da República, General Costa Gomes e ainda outros defensores da mesma linha, foram decisivos para cortar “o passeio” da extrema-direita militar e civil neste Novembro de 1975.

 

No 36º aniversário do 25 de Abril, aconselho a leitura deste livro que é edição da “Guerra e Paz”, a primeira em Novembro de 2009.

 

O Coronel Rodrigo Sousa e Castro nasceu em 1944 no Alto Minho.

 

SBF

 


20
Abr 10

O problema da nuvem de cinza do vulcão Islandês, não é só o económico imediato.

 

 Todos sabemos que algumas das grandes mudanças climáticas do nosso planeta, tiveram associadas grandes erupções vulcânicas que provocaram noites permanentes, isolando a superfície terrestre do seu exterior.

 

A imponderabilidade da “mãe natureza” não tem limite!

 

CLICAR AQUI para ver a evolução real da nuvem negra.

 

SBF

 

(Dicas e Hiper do Expresso Online)

publicado por voltadoduche às 01:32

15
Abr 10

Há tolerâncias “difíceis” de entender…

 

(literalmente)

 

«O nosso Governo, é mais papista que o Papa» (CLICAR DN ONLINE)

 

SBF

publicado por voltadoduche às 19:22
tags:

«Antes que me perguntem, eu respondo: assim é a pesca, assim a vida e assim a escrita. Surpresa e dúvida.»

 

Na Pág 79 do livro “O miúdo que pregava pregos numa tábua” de Manuel Alegre.

 

SBF

 

(Foto: O Público Online)

 

publicado por voltadoduche às 01:38

  Os soaristas movimentam-se e ficaram alarmados com a notícia de apoio do PS à candidatura de Alegre. 

O aparelho do PS apressou-se a desmentir a notícia. 

O que espera Sócrates para declarar que Manuel Alegre é o seu candidato? 

Será decerto um sapo que engole mas, não tem alternativa. Também pode acontecer, hipótese que vem sendo admitida, que ele, com os seus pares conservadores mais os soaristas, prefiram a eleição de Cavaco.

Ontem, Sócrates, jantou ao lado de Mário Soares em Leiria.(CLICAR PARA VER)

 

SBF

(Foto e dicas: DN Online)

publicado por voltadoduche às 01:08

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