A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

20
Out 09

No Teu Deserto
De Miguel Sousa Tavares
Como vem em subtítulo, trata-se de um “Quase Romance”. Fala de afectos e sentimentos de duas pessoas que o (quase) acaso juntou numa aventura pelo norte de África.
O autor conta uma das várias viagens que fez ao Sahara, sendo esta diferente de todas as outras. A companhia que levou no seu jipe, fez com que, vinte anos depois, decidisse, finalmente, partilhar estes quarenta dias com os seus leitores.
Esta história – “Passou-se comigo há vinte anos e muitas vezes pensei nela, sem contar a ninguém, guardando-a para mim, para nós, que a vivemos. Talvez tivesse medo de estragar a lembrança desses longínquos dias, medo de mover, para melhor expor as coisas, essa fina camada de pós onde repousa, apenas adormecida, a memória de dias felizes.”
Porque não se trata de um romance, não tem intriga, nem briga, nem bons, nem maus, só o autor, a acompanhante Cláudia, e pontualmente uma ou outra pessoa que se foram cruzando com eles, e são referidos, porque têm, duma maneira ou doutra, influência no resultado do encontro dos dois.
É uma leitura muito agradável, com muita ternura. O amor limpo e sadio, é incondicional. Não comporta cobrança ou ciúme. 
É uma edição de “Oficina do Livro” a 1ª em Julho de 2009.
Miguel Sousa Tavares, conhecido do grande público através da televisão, é, actualmente, cronista semanal no jornal Expresso e em A Bola, onde escreve sobre futebol, e na revista mensal GQ, onde publica um diário, além de comentador político na TVI.
SBF
(Gravura: Capa do Livro)

 

 

publicado por voltadoduche às 11:03

19
Out 09

 

Missão presidencial agendada e Primeiro Ministro indigitado. De coração limpo e mão estendida, o nosso Primeiro, lá pediu compreensão aos da oposição. Ninguém quer nada de compromissos e, assim, lá vamos indo até à instalação da Assembleia da República.
Que figuras!
Os da velha guarda, arrastando os esqueletos e com saudades dos tempos em que ainda ambicionavam chegar a líderes dos seus partidos, ou, pelo menos, do grupo parlamentar. Os estreantes, cheios de sonhos velhos.
O que mais me mexeu foram as afirmações do deputado JPP. “Os deputados não têm condições para trabalharem” o quê? O homem deve estar enganado no sítio…
“A verdade” do maior partido da oposição, continua em grande… O cabeça de lista por Braga, JDP, fez campanha, a senhora lá andou, foi eleito e, no próprio dia de tomar posse como deputado, renunciou ao mandato. Boa…, muito boa! Os eleitores é que não acharam graça nenhuma. É um contributo importante para a credibilização da nossa classe política…
O BE já anunciou a discussão das ditas “matérias fracturantes”! Será que as prioridades não estão invertidas?
SBF
publicado por voltadoduche às 00:15

16
Out 09

 

Os portugueses e os brasileiros são como “Siameses”, e não há mal-entendido, nem ignorância que nos separe. Somos como dois membros da mesma família, que, têm dias melhores que outros.
 Passados 2 ou 3 dias do choque “Matê”, já dá para ver melhor a coisa.
Esta senhora, que nunca na vida teve sentido de humor, pode desculpar-se as vezes que quiser e como quiser, mas que foi muito infeliz, foi!
«O tiro saiu-lhe pela culatra.»
«Quem semeia ventos, colhe tempestades.»
A senhora, com o “estatuto” que tem, não se pode referir a Sintra como: “vilazinha perto de Lisboa”. Então não leu os clássicos lusófonos do século IXX? Para uma actriz que fala Português, não pode ter deixado de ler Eça. Esta senhora que até é “escritora”, na presença dos túmulos de Camões, de Vasco da Gama e de Fernando Pessoa, no Mosteiro dos Jerónimos não se pode referir aos portugueses em geral da maneira como o fez. Onde é que está o humor?
A”cuspidela”, é, no mínimo, nojenta! A mulher queria fazer rir quem? Que pessoa, português ou brasileiro, consegue rir com uma imagem daquelas?
Há milhentas maneiras de fazer humor com os portugueses, com os brasileiros, com chineses ou quem se quiser, é preciso é saber fazê-lo e, esta senhora esteve muito mal. A atitude é criticável, vinda de uma brasileira em relação aos portugueses, ou de uma portuguesa em relação aos brasileiros. É uma “borrada” pessoal, e só assim deve ser encarada.
É claro que todas as moedas têm duas faces, e aqui também vale. Apareceram logo uns quantos portugueses, acho eu…, que desataram a acusar os brasileiros de todos os males do mundo, e que são isto, são aquilo, enfim, tão mal ou pior, do que foi feito pela senhora do vídeo. Existe na sociedade portuguesa muito xenófobo e, tal como em relação a outros imigrantes, estes não perdem nenhuma oportunidade de vomitar o seu veneno racista e fascista. Também gostava de ter visto mais gente a condenar este outro lado da moeda.
Bom, entretanto a senhora e a Globo já vieram pedir desculpa e era melhor que tudo ficasse por aqui e que não se repetissem episódios semelhantes.
SBF
 
publicado por voltadoduche às 19:12

15
Out 09

 

O milagre da internet em geral e o fenómeno da blogosfera em particular, transformou completamente a realidade do dia-a-dia de muitos milhões de pessoas por todo o mundo.
Como em tudo o que tem a ver com novas tecnologias, os prós são mais que muitos, mas, inevitavelmente, também existem contras.
Este mundo em rede, tem, como todos sabemos, muitas vulnerabilidades. A começar pelos riscos na utilização de diversos meios de pagamento on-line. Existem também os nossos conhecidos “vírus”, e, principalmente, o anonimato dos utilizadores. A coberto do anonimato, cometem-se muitos crimes de diversa natureza. Todos os dias, por todo o mundo, computadores são apreendidos e os seus proprietários e utilizadores presos.
Na particularidade do blogue, existe também um irritante vírus. Não me refiro aquele que ataca o disco ou a memória do nosso PC, mas sim à figura do “anónimo” com, ou sem nome.
Hoje, mais de dois anos de experiência de utilização e participação neste meio de comunicação, sou firmemente crítico e adversário primário de todos os blogues que não identificam o seu gestor e participantes, e de todos os comentadores que não assinam verdadeiro. Esta prática, continuando por muito mais tempo, vai descredibilizando a blogosfera e, feri-la de morte.
Quem estiver por bem e de boa fé, não pode ter medo de dar a cara. Ninguém pode admitir, por exemplo, que um gestor ou participante de blogue, para além de não estar identificado, depois ainda use uma série de outros nomes falsos para criar um falso contraditório nos comentários. Pelo meio, pode tomar diversas posições, e ainda caluniar quem muito bem entender.
Sei que há muita gente do meio que pensa como eu, e, infelizmente, também sei que há muitos blogues assim.
ABAIXO OS BLOGUISTAS ANÓNIMOS!
SBF
publicado por voltadoduche às 00:57

14
Out 09

Finalmente acabaram as campanhas e a contagem dos votos do último Domingo estão feitas, só ainda mexem as recontagens.
A expressão máxima do nosso sistema democrático, concretizou-se. Mesmo com todos os defeitos que podemos encontrar na nossa sociedade, ainda não conseguimos arranjar melhor. O Povo votou e falou! Durante os próximos quatro anos, os que ganharam vão ter que corresponderem ao que deles se espera. Se, se portarem mal, quando voltarem a ser avaliados, levam com o “negas”, e a vitória será doutros.
O engraçado, é que nas próprias noites eleitorais, os discursos de vitória simples, se transformam em vitórias estrondosas, e as derrotas viram “não vitórias”.
Ainda engraçado, é no dia seguinte virem à tona os que têm “mau perder”, tentando arranjar explicações para as derrotas, passando atestados de estupidez a quem votou nos vencedores, e prometendo (não sei a quem) que vão continuar a lutar até ao fim pelas suas promessas e pelos seus programas, nem que seja na rua.
Mas que raio de democracia é esta?
Vai a escrutínio. É escrutinado e perde, em consequência, outros ganham.
Democraticamente, o derrotado deve dar os parabéns ao vencedor e sair de cena, pelo menos daquela. No nosso sistema democrático, existem as Assembleias onde todos têm assento. É aí que devem defender os seus pontos de vista, e, exercer todos os direitos de oposição.
SBF
(Gravura: Internet)
publicado por voltadoduche às 00:37

13
Out 09

O Livro dos Hereges
De Aydano Roriz
Durante os reinados filipinos, de 1580 a 1640, um pouco por todo o império português, surgem ataques de outras potências que vão tentando apoderar-se territorialmente de algumas parcelas mais desprotegidas. Acontece nos caminhos dos oceanos Índico e Pacífico, nas costas do malabar, África oriental e ocidental, no Atlântico e em toda a costa brasileira.
O Livro dos Hereges”, conta a história dum desses ataques, que, neste caso, resulta em ocupação efectiva.
Narrou Aydano Roriz, que corria o ano de 1624, em pleno reinado de Filipe IV de Espanha e III de Portugal, quando sai da Holanda uma grande frota superior a 500 canhões e mais de 3 000 homens, com a intenção de conquistar o Brasil e de se apoderar de todas as suas riquezas. O financiamento foi garantido pela “Companhia das Índias Ocidentais”, organização Holandesa criada para apoiar financeiramente todas as descobertas e conquistas além-mar. Neste caso era, “Ocidental”, mas, para o mesmo efeito a oriente, tinham também uma outra “companhia” similar.
O autor parte do facto histórico, que foi a presença temporária holandesa nas zonas costeiras da Baía e Pernambuco, para recriar um maravilhoso romance, em que o personagem principal é Van Dorth, jovem fidalgo holandês, que está perdidamente apaixonado por uma princesa portuguesa, exilada na Holanda, de nome Louise.  
A imaginação faz correr a caneta e pela narrativa passam: Católicos, hereges, soldados, mercadores e a figura marcante do Padre António Vieira, e, naturalmente, os Jesuítas. Hereges aqui, eram os holandeses, só por serem protestantes e não católicos.
“O Livro dos Hereges” é para ler duma assentada, e, para quem gosta do género, é do melhor, tal e qual “O Fundador”, “O Desejado”, “Nova Lusitânia” e os seguimentos um e dois de “O Livro dos Hereges”,  do mesmo autor.
Aydano Roriz nasceu no Brasil em 1949, trabalhou em diversas revistas em S. Paulo e é proprietário da “Editora Europa”. Esta edição é da “Saída de Emergência” e a 1ª é de Fevereiro de 2006.
SBF
(Gravura: Capa do Livro)
publicado por voltadoduche às 01:12

12
Out 09

 

Em vez de um dia de reflexão, (estou a referir-me ao blogue) decidi tirar dois. É verdade, ou bem que se reflecte ou então não vale a pena e fazemos a coisa ao primeiro impulso.
Numa grande parte das vezes, mais valia assim. Talvez a consciência ficasse mais descansada, pelo menos tínhamos sempre essa desculpa
– Eh pá… não tive tempo de pensar, fui apanhado desprevenido, tinha acabado de ouvir o Pacheco na “quadratura”, durante o jantar “atazanaram-me” os ouvidos, etc, etc, e nunca mais acabam as desculpas.
Não é por nada, é que estamos sempre insatisfeitos, está pegado à pele, faz parte do nosso ADN.
Há muito tempo em anos contado, os nossos digníssimos e dedicados deputados da Nação, depois de longas discussões por noites “adentro” e de muita massa cinzenta massacrada, concluíram que os seus “representados”, que uns conhecem também por “eleitores” e outros ainda, por designação fácil e simples de “Zé Povinho”, que vingou no começo do último quartel do ido século IXX, mantendo-se até hoje que nem a ditadura conseguiu bani-lo das parangonas censuradas a azul, mas… ia dizendo, que os deputados tinham chegado à conclusão que os seus eleitores, haviam de ter necessidade de reflectir muito, mas mesmo muito, na véspera do dia sagrado, conhecido por “dia de voto na URNA”.
Não tenho intenção de conotar urna com qualquer tipo de fim. É verdade que muitos se “finam” com o que entra nas urnas das assembleias eleitorais, é a vida!
 – Para uns ganharem, têm outros de perder.
Mas para que raio serve o dito dia de reflexão?
SBF
publicado por voltadoduche às 18:34

09
Out 09

 

As entrevistas do Ricardo Araújo Pereira aos nossos políticos, estão a revelar-se o espaço televisivo mais importante da temporada.
Na verdade, menos de um mês desde o começo, os “Gato Fedorento esmiúça o sufrágio”, passaram a ser palco obrigatório para político que se preze. Já por lá passaram a maior parte dos mais importantes, incluindo os líderes dos partidos mais significativos e hoje, 6ª Feira, está anunciado o bastonário da Ordem dos Advogados.
Não tarda muito, e os “Gato Fedorento” vão ter que colocar uma máquina de senhas de vez, à porta do estúdio.
Todos eles são geniais, mas o RAP é génio elevado a dez ou mais. Este formato é a prova disso. Embora exista trabalho de casa, como qualquer outro entrevistador, o andamento das entrevistas é imprevisível, e a rede não está lá.
 Definitivamente, está consolidado mais um sucesso deste quarteto imbatível. Desta vez, e porque se trata de um programa diário de actualidade, está com certeza a exigir, muito trabalho e dedicação a toda a equipa.
SBF
publicado por voltadoduche às 01:12

07
Out 09

 

Todos os especialistas do fenómeno “Amália”, e que acompanharam a sua carreira, continuam a afirmar, que nunca em Portugal se fez ideia de quanto famosa a Amália era, por esse mundo fora.
Passaram 10 anos sobre a sua morte e continua a ser idolatrada como se viva fosse.
Depois da sua morte, uma nova geração de fadistas apareceu, todos com Amália na alma, e não é exagero dizer-se que, mesmo morta, a diva, dá uma nova vida ao fado.
“Estranha forma de vida” foi a da Amália. Mesmo na ressaca da revolução dos cravos havia de sofrer o reverso da conquista da liberdade. Não foi só Amália. Houve muita gente famosa e sem ser famosa, que sofreu as injustiças do novo poder. As coisas boas são sempre mais caras e, neste caso, a democracia teve o seu preço. Mas o PREC passou depressa e passado pouco tempo, as pazes estavam feitas. O Presidente Mário Soares condecorou Amália com o grau de oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Ironia das ironias. Na verdade Amália Rodrigues também era revolucionária. É verdade! Quando começou a cantar Camões, Bocage, Pedro Homem de Mello, David Mourão Ferreira, Ary dos Santos, Manuel Alegre, O’Neill, e outros, foi caluniada e até perseguida como traidora.
O Sucesso do fado hoje, é, em parte, resultado das opções revolucionárias de Amália.
SBF
(Foto: Amália – Fonte: Net)  
publicado por voltadoduche às 01:30

06
Out 09

 

A República Nunca Existiu!
De colectiva de autores
 
“Trata-se de uma antologia de contos sobre um Portugal onde o regicídio de 1908 falhou” (na capa do livro) e a República nunca foi proclamada.
Assente neste pressuposto, são 14 “histórias” diferentes, escritas, cada uma por seu autor.
São dignos exercícios de imaginação, encaixar personagens verdadeiras do nosso tempo, em República, nas histórias construídas pelos nossos autores. Imaginar um Oliveira Salazar, primeiro – ministro do reino, Sá Carneiro, liberal progressista do parlamento real, ou Álvaro Barreirinhas Cunhal ao serviço do Rei e da Monarquia de Portugal.
Também podia ter acontecido uma repetição da história, com a família real a voltar a exilar-se no Brasil que também não era República mas sim o grande Império da Casa de Bragança. O exílio teria acontecido em virtude da eminente invasão do reino pelas tropas espanholas de Franco.
A propósito deste 5 de Outubro, que fora diferente como o actual Presidente gosta, e que, com a aproximação das comemorações do centenário da proclamação de República, regressa a discussão sobre os meios utilizados há cem anos, incluindo o assassinato de D. Carlos e D. Luís Filipe em 1908, a leitura desta antologia tem redobrado interesse.
O Editor foi Luís Corte Real e de “Edições Saída de Emergência” em Janeiro de 2008
SBF
(Gravura: Capa do Livro)
publicado por voltadoduche às 01:36
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